sexta-feira, 12 de março de 2010
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DO SANGUE AO PACTO
Led Zeppelin em 2007, da esquerda: John Paul Jones, Robert Plant, e Jimmy Page | |
Informação geral | |
Origem | Londres, Inglaterra |
País | Reino Unido |
Gêneros | Heavy metal[1][2][3][4] Hard rock[3][5][6] Blues-rock Folk rock |
Período em atividade | 1968–1980 (reuniões parciais em 1985, 1988 , 1995 e 2007) |
Gravadoras | Atlantic Records Swan Song Records |
Página oficial | ledzeppelin.com |
Integrantes | |
Robert Plant Jimmy Page John Paul Jones John Bonham (falecido) |
Led Zeppelin foi uma banda britânica de rock, formada em setembro de 1968, por Jimmy Page (guitarra), John Bonham (bateria e percussão), John Paul Jones (baixo e teclado) e Robert Plant (vocalista e gaita).
O grupo foi um dos mais populares na década de 1970 e da história do rock. Célebre pela sua inovação e por ser um dos criadores do heavy metal,[2][3][4] a banda também incorporou elementos de gêneros como rockabilly, reggae, soul, funk, jazz, entre outros.
Seus álbuns venderam mais de 300 milhões cópias em todo o mundo,[7] (incluindo 109 milhões de vendas nos Estados Unidos[8]). Foram também os únicos a colocar todos seus álbuns no Top 10 da parada norte-americana Billboard.
Desde a morte do baterista John Bonham, em 1980, que colocou fim da banda, o Led Zeppelin reuniu-se em ocasiões especiais. A primeira delas foi em 1985 quando participaram do concerto beneficente Live Aid - com Phil Collins e Tony Thompson (Chic) na bateria. Três anos depois, com Jason Bonham na bateria, tocaram no aniversário de 40 anos da gravadora Atlantic. Em 10 de dezembro de 2007, os três membros originais do Led Zeppelin e Jason Bonham reuniram-se para um tributo a Ahmet Ertegün, fundador do selo Atlantic (morto em 2006), na O2 Arena, em Londres.[9][10][11]
Índice[esconder] |
Originalmente a banda foi formada pelo guitarrista Jimmy Page e pelo baixista Chris Dreja em Julho de 1968 com o nome de "The New Yardbirds" de modo a conseguirem cumprir um contrato feito para a realização de concertos na Escandinávia, assinado antes do último concerto dos Yardbirds. Terry Reid recusou a oferta de Page para ser o vocalista, mas sugeriu Robert Plant[12], conhecido pelo seu trabalho no grupo "The Band of Joy". Junto com ele veio o baterista John Bonham. Quando Dreja saiu para se tornar fotógrafo, John Paul Jones, estimulado pela esposa, procurou Jimmy Page, a quem conhecia por terem atuado juntos como músicos de estúdio, e se ofereceu para tocar baixo na nova banda. Oferta aceita, estava formado o quarteto que viria a se transformar em uma das mais bem sucedidas bandas de rock dos anos 70.
Após alguns concertos como "The New Yardbirds", a banda mudou o nome para Led Zeppelin. Esse nome surgiu depois que Keith Moon e John Entwistle comentaram que um "supergrupo" contendo eles dois, Jimmy Page e Jeff Beck (que era a idéia original de Page) cairia como um "balão de chumbo" (do inglês "lead zeppelin"). A palavra "lead" é propositadamente mal escrita para que a pronúncia correta seja usada (também poderia ser lida como "lid", que lhe daria outro significado).[13][14]
Pouco tempo após a sua primeira apresentação (na Universidade de Surrey, Guildford, em 15 de Outubro de 1968) o grupo editou o seu primeiro álbum Led Zeppelin em 1969. Esse álbum resultava de uma combinação entre o blues, o rock e influências orientais com amplificações distorcidas, o que o levou a tornar-se um dos pivôs do surgimento do heavy metal,[2][3] embora Plant tenha declarado injusta a taxação do grupo como heavy metal, já que aproximadamente um terço de sua música era acústica. No final dos anos 60 e ínicio dos anos 70 a palavra heavy metal tinha uma conotação pejorativa, o que fez com que os artistas rotulados como heavy metal preferissem outros nomes como heavy rock, ou simplesmente rock and roll. O imediato sucesso do primeiro disco foi o pontapé de saída para a carreira da banda, especialmente no EUA, onde eles haveriam de actuar frequentemente, e onde as suas vendas de discos apenas foram suplantadas pelos Beatles. O segundo álbum, chamado simplesmente Led Zeppelin II, editado ainda no mesmo ano, seguiu o mesmo estilo, e incluía o sucesso "Whole Lotta Love", que, conduzido pela secção rítmica, definia o som da banda.
Page e Plant, como outros músicos de rock do cenário inglês, tinham uma formação fortemente enraizada no blues. Assim, o primeiro álbum do Led Zeppelin continha muitas releituras de músicas de blues. Porém, os créditos vinham para os músicos da banda. A história se repete com "Whole Lotta Love", que apresenta grandes semelhanças com "You need Love", de Willie Dixon. A banda foi depois acusada de ter usado as letras sem as creditarem a Dixon, e só 15 anos depois, devido a um processo posto pela "Chess Records", foi feito um acordo e efectuado o pagamento devido, com Willie Dixon sendo creditado nas devidas músicas. Por fim, Dixon acabou se tornando amigo de Page e Plant.
A banda também gostava do rock and roll americano e tocava músicas de Elvis Presley e Eddie Cochran em seus shows. As performances ao vivo do Led Zeppelin com frequencia alcançavam 2 horas ou mais de duração, e em alguns casos, como no "Texas Pop Festival" de 1969, a banda chegou a tocar por 4 horas seguidas.
Para a gravação do seu terceiro álbum, Led Zeppelin III, a banda retirou-se para "Bron-Yr-Aur", uma cabana remota em Snowdonia, no País de Gales, sem electricidade ou água encanada. Isto resultou num som mais acústico (fortemente influenciado pela música celta e a música folk, e que revelou uma face diferente do talento prodigioso de Jimmy Page). Em Novembro de 1970 a "Atlantic Records" editou "Immigrant Song" em single, sem a autorização da banda e contra a sua vontade. Incluía no lado B "Hey Hey What Can I Do". Foram editados mais nove singles, sempre sem a autorização da banda, que via os seus álbuns como indivisíveis. Curiosamente, "Stairway to Heaven" nunca foi editado em single, apesar do seu grande êxito nas rádios. A frustração da banda em relação aos singles provinha do seu empresário Peter Grant, que era um acérrimo defensor dos álbuns, e também devido ao facto da Atlantic ter feito uma reedição de "Whole Lotta Love", que foi cortada de 5:43 para 3:10 minutos. Para além disso a banda sempre evitou aparecer na televisão, preferindo que os seus fãs os vissem ao vivo.
As várias tendências musicais do grupo foram fundidas no seu quarto álbum, sem título, que é usualmente chamado de Zoso, Four Symbols ou simplesmente Led Zeppelin IV. Não apenas o álbum não tinha nome, mas o nome da banda também não aparecia em sua capa. O álbum incluía temas como "Black Dog", o misticismo folk de "The Battle Of Evermore" (cuja letra foi inspirada em "O Senhor dos Anéis") e a combinação dos dois estilos em "Stairway to Heaven", um sucesso estrondoso nas rádios, aclamada por muitos como sendo o maior clássico do rock de todos os tempos. O álbum contém ainda uma memorável regravação de "When The Levee Breaks" de Memphis Minnie.
O álbum seguinte, Houses of the Holy, lançado em 1973, continha músicas mais longas e experimentais, com o uso de sintetizadores e arranjos de cordas feitos por Jones em músicas como "The Song Remains The Same", "No Quarter" e "D'yer Mak'er". Esse álbum bateu os recordes de audiência, tendo chegado ser ouvido por mais de 50 mil pessoas. Três concertos no Madison Square Garden foram filmados para a realização de um filme, mas o projecto foi adiado por vários anos.
Em 1974 o quarteto lançou seu próprio selo, a Swan Song Records. Swan Song era o título de uma música do Led Zeppelin que nunca foi lançada, tendo sido gravada posteriormente com o nome "Midnight Moonlight" no primeiro álbum dos "The Firm", banda criada por Page após o fim do Led Zeppelin. Além dos álbuns do próprio Led Zeppelin a "Swan Song" editou álbuns de Bad Company, Pretty Things, Maggie Bell, Detective, Dave Edmunds, Midnight Flyer, Sad Café e Wildlife.
Em 1975 foi lançado Physical Graffiti, o primeiro álbum duplo para a "Swan Song". Este álbum incluía músicas que sobraram dos 3 álbuns anteriores e mais algumas novas. Mais uma vez a banda mostrou a sua enorme diversidade de estilos, que iam do folk e rock progressivo ao heavy metal.
Pouco tempo depois do lançamento de Physical Graffiti toda a produção anterior do Led Zeppelin atingiu a lista dos 200 mais vendidos, o que nunca tinha sido visto anteriormente. A banda embarcou para mais uma turnê pelos EUA, batendo novos recordes de audiência. No fim do ano, tocaram 5 noites seguidas no Earl’s Court (esses concertos foram gravados em vídeo e editados apenas 28 anos depois em DVD). Nessa altura, no pico da sua carreira, eram considerados por muitos como a "A Maior Banda De Rock Do Mundo".
Se a popularidade da banda em palco era impressionante, a sua fama pelos excessos era ainda maior. Eles viajavam num jato particular, alugavam pisos inteiros de hotéis, e tornaram-se objecto de algumas das histórias mais famosas, envolvendo danos materiais a quartos de hotel, aventuras sexuais, abuso de drogas e culto à magia negra.
Em 1976 a banda fez um intervalo nas turnês e começou a filmar segmentos fantásticos para o filme ainda não editado. Durante esse intervalo Robert Plant quebrou um tornozelo num acidente de carro; impedidos de fazer concertos, a banda entrou em estúdio para gravar o seu sétimo álbum, Presence. O álbum conquistou disco de platina antes de chegar às lojas, algo inédito para a época, e marcou mais uma guinada no estilo da banda, que abandonou os arranjos complexos dos álbuns anteriores se afastando gradativamente do heavy metal por eles criados. Mas o pior para Plant estaria por vir: durante a turnê do álbum nos EUA, seu filho Karac morreu de uma infecção estomacal.
No final de 1976 sai finalmente o filme The Song Remains the Same e a sua trilha sonora. Embora a gravação do concerto datasse de 1973, esse seria o único documento filmado do grupo lançado oficialmente durante os 20 anos seguintes. Uma curiosidade sobre a trilha sonora desse filme é que o "setlist" do concerto do filme não coincidia com as músicas no álbum: algumas músicas do filme não apareceram no álbum e vice-versa. Esse álbum seria o único disco ao vivo oficial disponível, até a edição de BBC Sessions em 1997.
Em 1978, a banda voltou ao estúdio para as gravações de In Through the Out Door, álbum lançado em 20 de agosto, aniversário de Robert Plant. Esse álbum continha "All My Love", dedicada a Karac, seu filho. Agora eram 8 discos no Top 200 da Billboard e shows com ingressos esgotados por todos os lados, provando que o Led Zeppelin ainda era uma banda forte. Embora o Led Zeppelin nessa época já fosse considerada uma banda antiga, eles ainda arregimentavam uma enorme legião de fãs, tendo esse álbum chegado ao topo da lista dos mais vendidos, tanto no Reino Unido como nos EUA. No entanto há que se notar que o Led Zeppelin desde o álbum Presence e então com In Through the Out Door começava uma série de experimentações que estavam deixando meio de lado o heavy metal que eles ajudaram a criar, seus riffs já não eram tão pesados e marcantes. In Through the Out Door foi um disco onde John Paul Jones e Robert Plant assumiram muito do controle criativo da banda. Jones maravilhado com a aquisição de novos teclados Yamaha acabou por levar a banda para um lado mais progressivo. Nessa época o Reino Unido vivia a ascensão do Punk Rock e o Led Zeppelin cada vez mais distante de seu som avassalador inicial era chamado pejorativamente de dinossauro pelos punks ingleses. Esse tipo de referência pejorativa que os garotos punks faziam ao Zeppelin, somados aos excessos de Jones e Plant nas gravações levaram John Bonham a demonstrar seu descontentamento com o referido disco. Em um pub inglês ele chegou a comentar com Jimmy Page que eles dois (Bonham e Page) deveriam assumir o controle da banda após In Through the Out Door e lançarem um disco pesado para dar combate ao então punk rock inglês, contudo esse fato nunca chegou a se concretizar devido a morte de Bonham em 1980.
Em setembro de 1980 John Bonham morreu asfixiado pelo próprio vômito em um quarto da mansão de Jimmy Page, dando fim à carreira do Led Zeppelin. Depois disso a banda foi desfeita, pois não haveria mais condições de continuar com o nome Led Zeppelin.
Dois anos após a morte de John Bonham a banda editou Coda, uma coleção de músicas não-editadas.
Em 13 de Julho de 1985, o Led Zeppelin reuniu-se para o concerto Live Aid, com Tony Thompson e Phil Collins na bateria. Um ano depois Page, Plant e Jones voltam a reunir-se com Tony Thompson, com o intuito de voltarem a tocar como Led Zeppelin, mas um grave acidente de carro envolvendo Thompson, pôs fim a esta intenção[carece de fontes?]. Eles voltaram a se reunir 1988, com Jason Bonham no lugar que foi de seu pai, para o 40º aniversário da Atlantic Records. Esta formação ainda voltou a tocar no 21º aniversário da filha de Bonham, Cármen, e no casamento de Jason[carece de fontes?].
Page e Plant, sem Jones, voltaram a reunir-se em 1994 para contribuir para a série "Unplugged", da MTV, intitulado "No Quarter". Jones não gostou de não ter sido chamado para essa gravação, especialmente porque o título do álbum, "No Quarter", vem de uma música de mesmo nome, que contém muito de seu trabalho. O estresse entre ele e Page e Plant foi ainda mais agravado quando, em uma entrevista coletiva Plant disse que ele estava "estacionando o carro"[15] .
Em 1997 foi lançado o primeiro álbum do Led Zeppelin em 15 anos, BBC Sessions. Esse álbum duplo incluía a quase totalidade das gravações que a banda tinha feito para a BBC, embora alguns fãs tenham notado a falta de uma sessão de 1969 que incluía a música nunca editada "Sugar Mama". A essa altura, a "Atlantic" editou um single de "Whole Lotta Love", que se tornou o único single da banda.
Em 2003 foi lançado o álbum How the West Was Won e o DVD Led Zeppelin. No fim do ano o DVD tinha vendido mais de 520 000 cópias.
Em 2006 a banda recebeu o Prêmio Polar de Música, um dos mais prestigiosos do mundo, como melhor banda de rock de todos os tempos. [16] [17]
No dia 10 de setembro de 2007, Jimmy Page, Robert Plant e John Paul Jones se reuniram em Londres e anunciaram seu retorno aos palcos em uma única apresentação para vinte mil pessoas em um show em homenagem a Ahmet Ertegun, fundador da Atlantic Records, morto em 2006[18] a renda da apresentação será destinada a uma instituição que concede bolsas. Eles anunciaram ainda que, no dia 13 de novembro de 2007, seria lançado um novo CD intitulado Mothership, uma coletânea de canções escolhidas pela própria banda e com nova remasterização, para substituir as coletâneas Early Days e Latter Days lançadas anteriormente e que não foram consideradas com o "padrão de qualidade" do Led Zeppelin. O concerto foi realizado em 10 de dezembro de 2007, em Londres, e contou com a presença de Jason Bonham na bateria.[9][10][11]
Em 7 de janeiro de 2009 o manager de Jimmy Page, Robert Mensch, declarou que planos de reviver a banda foram abandonados.[19][20]
As canções da banda foram, ao longo dos anos, alvo de muitas versões; os americanos Dread Zeppelin fizeram a carreira à custa de versões e paródias das músicas do Led Zeppelin; Alexis Korner fez uma versão de "Whole Lotta Love", que foi durante muitos anos o tema do "BBC Chart Show"; Tina Turner também fez uma versão da mesma música; e a London Philharmonic Orchestra fez um tributo que incluía "Stairway To Heaven", "When The Levee Breaks" e "Kashmir".
O guitarrista Stanley Jordan fez um boa interpretação instrumental de "Stairway To Heaven", canção cujos solos eram freqüentes em uma montagem cinematográfica dos anos 80 do livro de Marcelo Rubens Paiva, Feliz Ano Velho. Frank Zappa também gravou "Stairway To Heaven". Mais inusitada foi a versão axé music que a banda baiana Babado Novo fez em 2003 do clássico "D'yer Mak'er", peculiarmente misturando rock e reggae, mas despertando a ira de alguns dos fãs mais puristas do Led Zeppelin[carece de fontes?]. Outra banda brasileira fez uso de uma canção do Led Zeppelin foram os cariocas do Planet Hemp, que adicionaram à parte instrumental de "The Ocean" uma letra de autoria deles e o som foi batizado de "Adoled", que foi editado no disco Os Cães Ladram Mas A Caravana Não Para de 1997.
Em 1995 foi editado Encomium, um disco tributo ao Led Zeppelin com vários artistas modernos dos mais diversos estilos. Destacam-se no disco a versão notável de "Dancing Days" interpretada pelo grunge Stone Temple Pilots e as versões pesadissímas de bandas modernas de metal influenciadas pelo Led Zeppelin como Helmet em Custard Pie e Rollins Band com Four Sticks.
A influência do Led Zeppelin se mostrou poderosa em bandas de heavy metal, trash metal e metal alternativo dos anos 90 (alternative metal) que regravaram em estúdio ou ao vivo diversas covers da banda. Muitas destas assumiram publicamente ter o Led Zeppelin como sua maior influência. Dentre as bandas influenciadas tivemos regravações diversas como Tool gravando "No Quarter" no CD/DVD Salival de 2000, Korn com "Whole Lotta Love" e "Immigrant Song" nos ensaios de seu acústico para MTV, os já citados Helmet com "Custard Pie" e Rollins Band com "Four Sticks" no disco Encomium, Crowbar ao vivo com "No Quarter", Down ao vivo com "Dazed and Confused" em 2007, Megadeth com "Out on Tiles" nas edições especiais do disco United Abominations de 2007[21], Soundgarden com diversos covers ao vivo como "Whole Lotta Love", "Communication Breakdown" e "Stairway to Heaven"[22]. O grupo brasileiro Angra regravou "Kashmir" para um CD tributo ao Led Zeppelin em 2002. O Oasis costumava tocar o riff de "Whole Lotta Love" após o encerramento da música "Cigarettes & Alcohol" em seus shows, performance que pode ser encontrada no CD e DVD ao vivo Familiar To Millions, editado em 2001.
Ao contrário de muitos dos seus contemporâneos, a banda sempre foi muito protetora das suas músicas, e raramente autorizava que elas fossem usadas para outros fins. Mais recentemente foram-se tornando mais flexíveis, podendo-se ouvir música dos Zeppelin em filmes como Almost Famous e School of Rock.
A banda chamava ao seu empresário, Peter Grant, de o "quinto elemento"
Antes da gravação de Led Zeppelin, todos os elementos participaram em sessões para o álbum Three week hero de P.J. Proby em 1969. A única faixa em que tocam todos juntos é "Jim's Blues".
Após a banda ter deixado de gravar foram editados os seguinte álbuns:
O Led Zeppelin nunca lançou muitos singles, o que mais tarde não seria necessário visto que alguns de seus maiores sucessos comercias não foram lançados em singles, como Stairway to Heaven e Kashmir (canção).
Kiss em 2004 E-D: Gene Simmons, Tommy Thayer, Paul Stanley e Eric Singer. | |
Informação geral | |
Origem | Nova York, NY |
País | Estados Unidos |
Gêneros | Hard rock[1], heavy metal |
Período em atividade | 1973 - atualmente |
Gravadoras | Casablanca (1973-1982) Mercury (1982-2003) Sanctuary (2003-2008) Roadrunner Records (2009-atualmente) |
Afiliações | Wicked Lester Frehley's Comet Vinnie Vincent Invasion |
Influências | Humble Pie Marc Bolan Grand Funk Railroad Rod Stewart Cream Alice Cooper Black Sabbath Jimi Hendrix The Beatles The Yardbirds The Stooges The Kinks Mott the Hoople T.Rex David Bowie The Who The Rolling Stones Jeff Beck New York Dolls Slade Led Zeppelin |
Página oficial | KissOnline |
Integrantes | |
Paul Stanley Gene Simmons Eric Singer Tommy Thayer | |
Ex-integrantes | |
Peter Criss Ace Frehley Eric Carr (Falecido) Bruce Kulick Vinnie Vincent Mark St. John (Falecido) |
Kiss (ou KISS) é uma banda de hard rock dos Estados Unidos, formada em Nova York em 1973. Conhecida mundialmente por suas maquiagens, e por seus concertos muito elaborados e até exagerados que incluem guitarras esfumaçantes, cuspir fogo e sangue, pirotecnias e muito mais. O Kiss já recebeu 24 discos de ouro.[3] As vendas da banda excedem os 200 milhões no mundo inteiro.[4]
Constitui um dos maiores impactos culturais da década de 1970, valendo-se de roupas, e sobretudo, maquiagens nunca antes vistos, e que marcariam a história da música. Seus dois fundadores são Gene Simmons (baixo e vocal) e Paul Stanley (guitarra rítmica e vocal), que ficaram frustrados com o fim de uma banda que formaram, chamada Wicked Lester, assim, decidindo procurar novos integrantes para uma nova banda, encontraram tais integrantes através de anúncio de jornal, Ace Frehley (guitarra solo e vocal) e, pela revista Rolling Stone, Peter Criss (bateria e vocal).[5][6][7]
Índice[esconder] |
Depois do fim do grupo Wicked Lester, Paul Stanley e Gene Simmons decidiram criar uma nova banda para ser um super grupo e para isso colocaram anúncios e em jornais e revistas para achar novos músicos. A um destes anúncios respondeu o baterista Peter Criss para fazer o teste. Como o rapaz estava bem vestido, eles lhe perguntaram: "Se num show a gente lhe pedir para ir fantasiado de mulher, você vai?", com uma resposta afirmativa ele entra na banda. E precisavam de mais um integrante para a banda. No dia do teste apareceu um rapaz que chegou cortando fila, e vestido de forma estranha, com um tênis de cada cor,e calça rasgada. Gene até achou que era um mendigo se não fosse ele estar segurando uma guitarra. E o alertaram que ele não podia cortar fila e ele se dirigiu ao final da fila, mas quando chegou a sua vez, ele impressionou a todos e assegurou um lugar na banda. Seu nome era Ace Frehley.
Faltava o nome para a banda,e escolheram o nome inspirado num concurso de Nova Iorque, Kiss. A maquiagem foi definida se baseando em elementos referentes a verdadeira personalidade de cada um. Gene Simmons adora filme de terror e assumiu uma maquiagem que o deixaria com cara de mau. Paul pintou uma estrela em seu olho direito pois sonhava em ser um astro do rock. Ace concebeu sua maquiagem baseada no espaço sideral e numa estética futurista por ser uma pessoa "aérea" e dispersa. Por adorar felinos, Peter adotou uma imagem de homem-gato, acredita ainda que tenha sido um gato em outras encarnações.
Eles assumiram essa personalidade como sendo essencial para o sucesso do grupo, escondendo assim por anos a fio a verdadeira identidade de seus músicos. Para definir o figurino da banda, mesclaram elementos de super-heróis em quadrinhos com personagens do teatro japonês. Usando botas com saltos enormes que davam um ar de super heróis titânicos ao grupo e se tornariam então: "The Starchild" (Paul Stanley), "The Demon" (Gene Simmons), "Space Man" (Ace Frehley) e "The Catman" (Peter Criss).
Os primeiros concertos do KISS, já maquilhados e trajados a seu modo, ocorreram no "New York Coventry Club", cujo cachê correspondeu a U$ 35,00 por noite. Continuaram fazendo shows pelas noites de Nova Iorque, tocando músicas próprias, quando em 1973 foram descobertos por Bill Aucoin e no mesmo ano assinaram contrato com a recém-inaugurada Casablanca Records.
Uma coisa que se tornou um ícone da banda é a língua de Gene Simmons e para os shows efeitos especiais sonoros, de luzes e fumaça aliados a velas acesas e um imenso letreiro luminoso contendo o logótipo da banda. Em 1973, na cidade de Nova Iorque aconteceria o primeiro show de grande porte do Kiss. Para tanto, eles contrataram a popular banda Brats para abrir o show e mandaram convites a imprensa em nome do Kiss e como se já não bastasse, mesmo endividados até o último fio de cabelo, alugaram uma limusine para chegar ao local do show em grande estilo. Tudo isso para tentar passar ao público e a imprensa a imagem de que o Kiss já era uma banda famosa.
Em 1974 lançaram seu primeiro álbum intitulado apenas Kiss com um toque de humor, sensualidade e provocação que caracterizam a maioria das faixas do disco. Recheado de clássicos, que a banda tocou por toda a carreira. Para promover o disco, a gravadora realiza um concurso inspirado no mesmo que deu nome a banda. Ao som de "Kissin´ Time", um dos temas do disco, premiariam o casal que permanecesse mais tempo se beijando. O primeiro disco não chegou a ser um sucesso, assim como o segundo mais este já obteve mais aceitação por parte do público, Hotter Than Hell, lançado no mesmo ano um disco mais pesado com uma sonoridade mais agressiva. Na contra-capa surge uma foto de Paul Stanley fazendo sexo ao luar com uma prostituta, outra de Peter Criss também realizando a mesma ação e de Gene Simmons com uma taça de vinho, inferindo um banquete. Durante os shows várias características ficariam marcadas, como as danças sensuais, pulos balançar dos longos cabelos. O Kiss era uma banda destinada apenas em divertir as pessoas, falavam de amor, sexo, festa e rock'n roll em suas músicas mas mesmo assim adotariam atitudes que serviam de contestação como quebrar instrumentos e balançar a cabeça, coisas já feitas por outras artistas. Mas a banda também criou atitudes que se tornaram as mais esperadas durante os shows. Além de movimentar vorazmente a sua língua para provocar o público, Gene Simmons praticaria números de cospe-fogo e cospe-sangue e voa no meio dos shows.
Para o cospe-fogo Gene Simmons, com querosene na boca, pega uma tocha em forma de espada formando uma enorme chama. E para o cospe-sangue lentamente pequenas gotas de sangue começam a escorrer pelo canto da boca, até se transformar em um jorro abundante. Como trilha sonora para esta atitude, Gene toca seu baixo, utilizando efeitos de eco e distorção, além do som de correntes sendo arrastadas e de vento, o que cria uma atmosfera tensa. E além destes a banda também usa vários outros números como a guitarra de Ace Frehley que no meio do solo começa a soltar fumaça e vários rojões e depois começa a voar. A bateria também voa nos shows. A partir de Hotter Than Hell Tour, uma mensagem acompanha todos os shows da banda. Sempre ao início de cada apresentação, um mestre de cerimônias berra a seguinte frase: "You Wanted the Best and You Got the Best. The Hottest Band in the World, Kiss!" - , traduzindo: "Vocês queriam o melhor e vocês conseguiram o melhor, a banda mais quente do mundo, Kiss". Esta repetição constante de mensagem tornou-se emblemática na carreira da banda.
Em fevereiro de 1975, lançaram Dressed To Kill, disco que continha composições da época do Wicked Lester ("Love Her All I Can" e "She"), e foi neste disco que gravaram o clássico "Rock And Roll All Night". Dressed to Kill é mais um álbum em que a capa se tornou curiosa. Na foto aparecem os integrantes, devidamente maquiados, vestidos de terno e ainda pode notar-se que o terno de Gene Simmons é mais curto do que deveria ser, isso ocorreu porque a roupa que Gene vestia era do próprio dono da Casablanca Records. Isso devido ao fato de que mesmo diante de toda a produção, a banda ainda não tinha dinheiro suficiente para viver. Todos os demais ternos utilizados na foto foram emprestados por amigos ou parentes. Era o começo do estrelato de uma das maiores bandas dos anos 70's.
Aproveitando o momento de sucesso em 1975 lançaram Alive!, primeiro álbum da banda a obter Disco de Ouro. Kiss foi uma das primeiras bandas a lançar um álbum duplo gravado ao vivo. Alive! foi um marco para a indústria fonográfica e para a banda que anos depois lançou Alive II; em 1993, o Alive III; e em 2003, o Symphony: Alive IV, em um concerto que ocorreu junto com a Orquestra Sinfônica de Melbourne. Mas nenhum deles superou o enorme sucesso que foi o Alive!, que com mais de 15 milhões de cópias vendidas, foi um dos albuns mais vendidos do Rock.
Com o sucesso estrondoso de Alive! o Kiss entrou em estúdio para gravar um novo álbum, e em 1976 lançaram Destroyer, outro grande sucesso (a essa altura os 3 primeiros discos já haviam se tornado sucessos). A capa de Destroyer apresenta paradigmas típicos de revista em quadrinhos, retratando, através de uma ilustração, a imagem da banda como super-heróis que invadem Nova York ao cair da noite. Com Destroyer vem mais hits como "Detroit Rock City", "Shout It Out Loud", "God Of Thunder" e a balada, vencedora de vários prêmios, "Beth" composta por Peter Criss, um dos grandes sucessos do Kiss até hoje. O disco foi produzido por Bob Ezrin. A partir dai o Kiss ficou conhecido mundialmente, como Europa e principalmente Japão, com o sucesso no Japão a gravadora lança um box The Originals.
Com o sucesso o Kiss começa a aparecer freqüentemente nas TV americanas e vai criando uma legião de fãs apaixonados pela banda. Nesta fase, surge o empresário Bill Aucoin, renomado profissional que passa a controlar os negócios do Kiss, desde posters até camisinhas. Funda-se o Kiss Army, exército de fanáticos em todo o mundo que são comandados pela própria banda.
No segundo semestre do mesmo ano lançaram Rock And Roll Over com hits como "Hard Luck Woman" e "I Want You". Com a Rock And Roll Over Tour, o Kiss vai pela primeira vez para o Japão, país onde seriam idolatrados. É um ano calmo para a banda, que, a esta altura já está incluída na categoria de super-grupo, devido a magnitude de seus shows.
Em 1977 lançaram Love Gun. Neste álbum Ace canta pela primeira vez. A música é "Shock Me". A capa do disco é novamente referência a personagens de quadrinhos, no desenho estão os quatro integrantes da banda como super-heróis, sendo adorados por um séquito de mulheres devidamente maquiadas. Em um dos concertos desta turnê, Gene Simmons mais uma vez queima o cabelo. No mesmo ano lançaram Alive II, mais um ao vivo, só que este possui no lado B do segundo disco com 4 músicas inéditas. Ace só gravou a guitarra uma dessas músicas, "Rocket Ride", que ele mesmo canta. As outras, quem gravou foi Bob Kulick, amigo pessoal da banda. Foi pedido a Bob Kulick que tocasse de forma similar a Ace, para que o som não soasse diferente. Nessa época já havia muitos produtos do Kiss. A Marvel Comics lançou uma revista em quadrinhos do Kiss onde a tinta vermelha usada para fazer a revista tinha o sangue de cada um dos membros do grupo.
A turnê do Kiss começava a ganhar ares de monstruosa. Envolvia cerca de 50 pessoas na equipe, dentre elas havia um "batedor", cuja função era providenciar hotel, limusines e alimentação especial para cada um dos integrantes (Paul Stanley exigia comida japonesa, Ace preferia pratos vegetarianos, etc); um chefe de segurança; um produtor responsável pela movimentação da equipe e do equipamento; um manager de palco; um figurinista, responsável também pela maquiagem; um técnico em efeitos especiais; um técnico para guitarra, outro para baixo e um para bateria; três carpinteiros; um motorista; um tesoureiro e um produtor geral, responsável por toda a equipe. A parafernália usada nos shows não deixava por menos, eram: 16 toneladas de equipamento pessoal; 24 toneladas de som; 17 toneladas de luz; 18 toneladas de cenário. Tudo isso obviamente não ficava barato, e a produção se tornava milionária. Com o som e a iluminação eram gastos um milhão de dólares e só o custo do cenário estava avaliado em cerca de 1.100.000 dólares. Eram necessárias 24 horas de trabalho intenso para montar toda a estrutura do show. Tudo ficava pré-estabelecido nos contratos, desde a dimensão do local escolhido para a apresentação até caracterizações detalhadas sobre os camarins. E de escasso, o dinheiro passou a ser farto, nessa época a banda também já possuía seu próprio avião, chamado Of Course. Desde 1975 até 1980, o grupo Kiss já havia percorrido cerca de 3.000.000 km.
Em 1978 são lançadas duas coletâneas Double Platinum e no Japão sai o box The Originals II. E a banda alcança seu auge, dá um tempos no concertos e cada integrante decide lançar um álbum solo (mas ainda com a assinatura da banda), o que mostrava que o ambiente não era dos melhores e a vaidade de cada um falava mais alto na época. Esse foi o começo da saída de Peter Criss e Ace Frehley. Neste período, a banda começa a associar a sua imagem em quase tudo, o que fazia que ficassem cada vez mais populares e arrecadassem mais dinheiro. No mesmo ano, a banda é convidada a realizar um filme, com o propósito de serem transformados em super-heróis. Kiss Meets The Phantom Of The Park, tem o roteiro baseado em mostrar os quatro heróis travando uma luta contra um vilão de um parque de diversões que criou bonecos iguais a eles para fazerem o mal.
Com a crise entre os membros um pouco controlada, convidam para o próximo disco o produtor Vini Poncia, o mesmo responsável pela produção do disco solo de Peter Criss. Eles deixam o rock pesado de lado e passam a flertar com a música disco (pop dançante). Em 1979, durante a gravação de Dynasty, os outros integrantes decidiram que Peter Criss não continuaria as gravações do álbum (pois já estava se afundando em álcool e drogas), e então convocaram Anton Fig (que havia tocado no álbum solo de Ace Frehley) para gravar o álbum. Apesar disso, não deixaram com que os fãs soubessem, tanto que Fig toca fora do seu estilo, seguindo mais a linha de Criss. Peter só chegou a gravar "Dirty Livin'", música que ele mesmo canta e que já estava pronta antes de decidirem que ele não deveria mais tocar no álbum. Esse disco trazia o hit "I Was Made For Loving You", que seguia levemente a tendência disco da época e fez um enorme sucesso, apesar de desapontar os fãs mais tradicionais da banda. Também contou com 3 músicas cantadas por Ace, uma delas, cover dos Rolling Stones, "2.000 Man".
Mais problemas começam a surgir, a banda continua a investir numa música comercial, em Unmasked, gravado ainda em 1979, mas lançado em 1980, Peter não participou da gravação de nenhuma música, e novamente, Anton Fig tocou em seu lugar. Peter Criss aparece tocando no videoclipe de "Shandi" e na capa de álbum, mesmo sem ter participado de nenhuma gravação. Logo após o lancamento do videoclipe, Peter Criss saiu da banda, e em seu lugar entrou o baterista Eric Carr, que participou da turnê do disco. Esse álbum, assim como o anterior, foi altamente atacado por ser mais pop que os anteriores.
Em 1981 para rebater as críticas sofridas e tentar finalmente agradar aos críticos mostrando que eram músicos competentes, o Kiss lança o criticadíssimo Music From "The Elder", também conhecido por apenas The Elder. Neste álbum, o Kiss muda radicalmente seu estilo, e não agrada ao público em geral. Pela primeira vez desde seu surgimento, via-se uma foto da banda com os integrantes de cabelos curtos e com roupas mais discretas, apesar de continuarem utilizando as maquiagens. Contrataram novamente o produtor Bob Ezrin (produtor do Destroyer), que idealizou o álbum. Ace (que gravou suas participações no disco em um estúdio montado em sua casa) e Eric não concordaram com o lançamento, diziam que não era Kiss. Eric Carr, baterista tradicional de rock, teve dificuldades em seguir as orientações rígidas do produtor em relação a percussão, sendo substituído na faixa "I" por Allan Schwartzberg, baterista autônomo que tocara no álbum solo de Gene Simmons. O álbum tinha como base ser um disco conceitual baseado na história de um menino que é escolhido para lutar contra as forças do mal. Todas as letras eram relacionadas a esse mesmo tema (recurso utilizado pelos grupos de música progressiva da época). Lou Reed, ex-Velvet Underground, ajudou a escrever três faixas: "Dark Light", "Mr. Blackwell" e "A World Without Heroes". Na verdade, esta mudança de posicionamento foi tomada não apenas como prova de competência musical, mas, sobretudo, como uma jogada estratégica para, como sempre, surpreender e chocar público e críticos. Por seu grande fracasso, este álbum não teve turnê, limitando-se à duas músicas executadas ao vivo durante um programa de televisão. Após isso, o Kiss só tocou novamente uma música desse álbum durante uma apresentação. Foi no MTV Unplugged, de 1996, 15 anos após o lançamento do álbum. Até hoje fans debatem se esse é o pior álbum ou um dos melhores da fase mascarada, com músicas de excelente sonoridade como The Oath e A World Without Heroes.
No começo de 1982, por insistência da gravadora, lançaram a coletânea Killers com 4 músicas inéditas, o álbum não foi lançado nos EUA. Ace não participou de nenhuma delas, Bob Kulick gravou as músicas em seu lugar. Um pouco antes das gravações de Creatures Of The Night, em 1982, Ace Frehley sofreu um acidente de automóvel e não pôde gravar o álbum e também por problemas com drogas e alcool, então vários outros guitarristas foram chamados para substituí-lo. Ace não toca em nenhuma música do álbum. Após o lançamento do álbum Ace participou do videoclipe de "I Love It Loud" que emplacou nos EUA, mas não tocou o solo da música, mas sim Paul Stanley. Após isso, saiu da banda, por problemas de alcoolismo e drogas. Ace foi substituído por Vinnie Vincent, conhecido da banda que já havia participado anteriormente da composição de algumas músicas e tocado no Creatures Of The Night. E a sonoridade mudou bastante estava muito mais pesada (inclusive, um dos recursos utilizados durante a mixagem do disco para conferir mais "peso" foi colocar o som da bateria bem alto). Vinnie participou da turnê, que terminou em 1983 com três concertos no Brasil. No Rio de Janeiro ocorreu o maior público em um concerto do Kiss.
Depois da turnê, o Kiss, em um golpe publicitário, decidiu tirar a maquiagem e lançar um novo álbum, Lick It Up. Essa Turnê passa por Portugal no dia 11 Outubro de 1983, e marca a história já que é o primeiro show de sempre da banda sem as maquiagens.
Após a turnê, Vinnie sai da banda, e Mark St. John, um guitarrista canadense, entra para gravar Animalize (1º disco do Kiss lançado simultâneamente em CD), mas devido a seu problema de artrite nas mãos não consegue gravar todas as músicas. Bruce Kulick, irmão de Bob Kulick, gravou essa última música. Na turnê, St. John não conseguia tocar durante o concerto inteiro, então Bruce Kulick era chamado para substituí-lo. Durante todo o tempo em que fez parte da banda, Mark St. John só conseguiu tocar um único concerto inteiro. No meio da turnê, Mark St. John sai definitivamente do Kiss, e Bruce assume seu lugar. Essa época tem como ponto marcante as roupas extremamente coloridas, chegando a lembrar Twisted Sister. Mark St. John morreu no dia 5 de abril de 2007, aparentemente de uma hemorragia cerebral. A doença que o impediu de continuar tocando era uma espécie de artrite que provocava inchaço nas mãos e braços.
Em 1985 lançaram o álbum Asylum, que teve a música Tears Are Falling, outro grande sucesso. Ainda no mesmo ano, Gene cria sua gravadora, Simmons Records. Depois de 1 ano sem lançar nenhum disco voltaram para o estúdio, e gravaram o álbum que seria lançado em 1987, Crazy Nights.
Depois de 10 anos o Kiss voltou ao Japão, em 1988, com a "Crazy Nights Tour", turnê do álbum Crazy Nights. Neste mesmo ano lançaram a coletânea Smashes, Thrashes & Hits, com duas músicas inéditas, Let’s Put The X In Sex e (You Make Me) Rock Hard e uma nova versão para Beth cantada dessa vez por Eric Carr.
No ano de 1989 Paul Stanley saiu em turnê solo pelos Estados Unidos, tendo em sua banda Bob Kulick na guitarra e Eric Singer na bateria. Ainda nesse mesmo ano, voltaram ao estúdio e lançaram o álbum Hot In The Shade que tem o hit Forever.
Em Abril de 1991, Eric Carr, que havia substituído Peter Criss, descobre que possuia um raro tipo de câncer no coração. No dia 24 de Novembro, seis meses após descobrir a doença, morre. Após sua morte, é substituído por um baterista de mesmo nome, Eric, Eric Singer, que havia tocado na turne solo do Paul Stanley.
Ironicamente a morte de Eric Carr da uma nova vitalidade a Banda que começa a subir nas paradas e na opinião da crítica. Isso é comprovado com as altas nas vendas do então CD Revenge.
No ano seguinte, 1993, aproveitando a turnê de Revenge, lançaram mais um ao vivo, Alive III.
Em 1995, a MTV convida o Kiss a fazer um álbum acústico, da série Unplugged da MTV. Gravado no dia 9 de Agosto de 1995, nos estúdios da Sony, o álbum Kiss Unplugged contou com a presença dos integrantes originas, Peter Criss e Ace Frehley. O álbum ganhou uma versão em DVD e, posteriormente, um DVD sem cortes.O KISS já vinha fazendo essas apresentações em eventos organizados pelos fãs, as KISS Conventions, partido dai o interesse da Mtv em convidalos para o especial.
O Kiss percebeu que seria uma boa ideia voltar à formação original e com as maquiagens. E foi assim, Gene e Paul, agora novamente com Peter e Ace, e as maquiagens, saíram em uma turnê mundial que recebeu o nome de Alive/WorldWide Tour. No primeiro concerto dessa turnê, no estádio do Tiger em Detroit, os 77 mil ingressos oferecidos foram vendidos em 45 minutos, a tour foi considerada a mais lucrativa de todo o biênio 1996 e 1997 apareçendo até mesmo na conceituada revista de economia, a Forbes. Em 1997 o Kiss lança Carnival Of Souls: The Final Sessions, mas ainda com Bruce e Singer.
Psycho Circus, lançado em 1998, volta com a formação original, e com uma nova turnê. Posteriormente foi lançada uma versão dupla do álbum, cujo segundo disco continha músicas gravadas durante um concerto da turnê. A "Psycho Circus Tour", turnê do álbum, teve dois concertos no Brasil, um em Porto Alegre no Jockey Club e outro no Autódromo de Interlagos, em São Paulo.
No ano de 2000 o Kiss anuncia uma Farewell Tour, que seria a turnê de despedida da banda. No meio da turnê Peter Criss teve que se ausentar por problemas de artrite, e em seu lugar voltou o ex-baterista da banda Eric Singer, desta vez com a maquiagem de Peter. Após a turnê, que deveria ser a última, o Kiss decide fazer um novo álbum ao vivo, este que seria junto com a Orquestra Sinfonica de Melbourne.
Ace Frehley sai da banda e não participa do concerto. Em seu lugar, entra Thommy Thayer, que já havia produzido alguns álbuns da banda. Peter Criss, já recuperado, volta para fazer o concerto. No dia 28 de Fevereiro de 2003, em Melbourne, o Kiss faz um concerto para entrar para história.
Após o concerto Eric Singer volta para a banda, e parte para uma nova turnê, a "World Domination Tour" que foi realizada juntamente com outra banda de Hard Rock americana, o Aerosmith. Mais tarde, no ano de 2004 é dado o ínicio á turnê "Rock The Nation Tour", que rendeu até um DVD que foi gravado em 2004, mas foi só lançado no final de 2005.Continuando em 2004, o Kiss teve sua música "Strutter" presente na trilha sonora do jogo "Grand Theft Auto San Andreas", podendo ser ouvida na rádio K-DST, do próprio jogo com Axl Rose como locutor da rádio. Um dos pontos atrativos deste DVD, é que em algumas músicas, pode-se escolher entre assistir ao vídeo normalmente, ou escolher qualquer um dos quatro integrantes, para ver imagens de câmeras focadas apenas neles. Ainda em 2005, Gene e Paul anunciam "férias" da banda e que durariam 2 anos, com a desculpa de que não tiravam férias desde o início da banda.
Em Outubro de 2006 Paul Stanley lançou seu segundo álbum solo, Live To Win e saiu em turnê para divulgação. Uma curiosidade, um dos guitarristas que o acompanhou Paul nessa tour, é o curitibano Rafael Moreira, que com 18 anos saiu de Curitiba e se desenvolveu tocando guitarra nos Estados Unidos. O álbum teve uma boa repercusão. Ainda em 2006, a banda licenciou sua música "Lick It Up" para o jogo "Grand Theft Auto: Vice City Stories", podendo ser ouvida na rádio V-ROCK; a música "Strutter" voltou a estar presente nos games, desta vez no jogo "Guitar Hero 2".
O baterista original do Kiss, Peter Criss, lançou um novo disco solo chamado One For All no dia 24 de julho de 2007, pela Silvercat Records. Além de prestar homenagem ao seu ex-companheiro de banda, Ace Frehley, com a faixa Space Ace, o disco vem com músicas que apresentam títulos como: Last Night, Heart Behind The Hands, Send In The Clowns, Doesn't Get Better Than This e Faces In The Crowd. Peter passou os últimos dois anos preparando as músicas para esse projeto, que vai ser o quarto de sua carreira solo. Os outros são Out of Control (1980), Let Me Rock You (1982) e Criss Cat #1 (1994).
Em 2007 o KISS se apresentou em uma mini turnê (Hit N' Run Tour) pelos Estados Unidos com quatro concertos. No último concerto desta mini turnê, o frontman do Kiss, Paul Stanley horas antes do concerto sofreu uma aritmia cardíaca que impediu que o mesmo pudesse tocar. O que resultou no primeiro concerto em "trio" da história do Kiss. Um emocionante concerto em homenagem a Paul Stanley que dias depois já havia se recuperado completamente. Continuando em 2007, a banda esteve mais uma vez presente no Série Guitar Hero; desta vez a música licenciada foi o seu "hino" "Rock And Roll All Nite, podendo ser tocada no Guitar Hero 3.
Em 16 de março, teve início a temporada de Fórmula 1 com o Grande Prêmio da Austrália. O Kiss fechou o evento com um show no Melbourne Park para mais de 50.000 pessoas. A partir desta data, deu-se início a Kiss Alive/35 World Tour.
No dia 29 de novembro de 2008 Paul Stanley disse, durante uma entrevista, que no verão americano de 2009 o KISS irá voltar a gravar um álbum em estúdio com músicas inéditas fato que não acontecia desde 1998 com o álbum Psycho Circus. Paul disse que o álbum será no estilo do bom e velho rock dos anos 70', "de volta às raízes".
Em 2009, a banda se apresentou no Brasil, ainda pela "Kiss Alive 35 World Tour". Foram dois shows, o primeiro em São Paulo, dia 7 de abril, na Arena Anhembi e na Praça da Apoteose, no Rio de Janeiro, no dia seguinte.
Em 6 de outubro do mesmo ano o álbum Sonic Boom foi lançado; segundo o baixista Gene Simmons esse seria o melhor álbum do grupo em 30 anos. Logo em seguida a banda iniciou turnê pela América do Norte, com o término apenas no dia 15 de Dezembro. No meio desta mesma turnê, os integrantes do Kiss anunciaram uma turnê pela Europa.
Atualmente o Kiss se encontra em férias, esperando o começo da turnê Sonic Boom Over Europe, no dia 1 de maio de 2010.
1973-1980 | |
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1980-1982 | |
1982-1984 | |
1984 | |
1984-1991 | |
1991-1997 | |
1997-2001 | |
2001-2002 | |
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Maquiagens utilizadas pelos membros da banda:
The Starchild - Paul Stanley* | The Demon - Gene Simmons* | The Spaceman - Ace Frehley e Tommy Thayer** | The Catman - Peter Criss e Eric Singer** |
The Fox - Eric Carr*** | The Ankh Warrior - Vinnie Vincent*** |
* Utilizadas atualmente pela banda
** Tommy Thayer e Eric Singer utilizam atualmente as mesmas maquiagens criadas originalmente para Ace Frehley e Peter Criss
*** Maquiagens não mais utilizadas pela banda
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Motörhead em concerto. | |
Informação geral | |
Origem | Londres, Inglaterra |
País | Reino Unido |
Gêneros | Heavy metal, speed metal, rock and roll[1][2] |
Período em atividade | 1975 - atualmente |
Página oficial | www.iMotorHead.com |
Integrantes | |
Lemmy Kilmister Phil Campbell Mikkey Dee | |
Ex-integrantes | |
Larry Wallis "Fast" Eddie Clarke Brian Robertson Würzel Lucas Fox Phil "Philthy Animal" Taylor Pete Gill Tommy Aldridge |
Motörhead é uma banda de rock inglesa, formada em 1975 pelo vocalista, letrista e baixista Lemmy Kilmister. É conhecida pelo seu peso e velocidade, que influenciou muitas bandas de heavy e thrash metal.
Índice[esconder] |
O baixista Lemmy Kilmister começou na música ainda na década de 60, como roadie da banda de Jimi Hendrix. A sua estreia profissional no meio artístico daria-se com a banda de rock psicodélico Hawkwind que alcançou alguns hits na década de 70.
Mais tarde Lemmy viria a ser despedido dos HawKwind por ter sido barrado no aeroporto do Canadá por porte de drogas (na verdade se tratava de anfetamina). Lemmy não baixa os braços e decide então montar a sua própria banda com o baterista Lucas Fox e Larry Wallis, chamando esta nova banda de Bastards, mas em seguida mudando o nome para Motörhead (uma gíria americana usada por viciados em anfetaminas) que foi o nome de sua última contribuição para os HawKwind. Lucas Fox foi trocado por Phil ("Philthy Animal") Taylor que era um músico amador e amigo de infância de Lemmy. Depois da gravação do que seria o primeiro álbum, On Parole, que não chegou a ser lançado pela gravadora por ser considerado pouco comercial, decidem chamar um segundo guitarrista para a banda, "Fast" Eddie Clarke. Larry Wallis logo sairia da banda, que voltaria então a ser um trio.
O primeiro álbum (auto-intitulado) foi finalmente lançado em 1977 por uma gravadora pequena. Overkill, segundo álbum, foi o primeiro lançado por uma gravadora grande, em 1979, gerando o primeiro hit da banda, o cover "Louie Louie".
Com Bomber (1979) e Ace Of Spades (1980) a banda alcançou o grande público e teve relançada a gravação inédita do princípio de carreira, On Parole, que havia sido desprezada pelas gravadoras quando de sua gravação original.
Em 1982 o guitarrista original Fast Eddie abandonou a banda, sendo substituído por Brian Robertson (que havia tocado com o Thin Lizzy), que não esquentou lugar em virtude da péssima recepção por parte dos fãs (e por se negar a tocar algumas faixas antigas), sendo substituído por uma dupla de guitarristas, Mick Wurzel e Phil Campbell.
O baterista original Philty Taylor também foi substituído por Pette Gill nesta mesma época. Philty ficaria fora da banda por pouco tempo, voltando logo após a gravação do clássico Orgasmatron de 1986 (cuja faixa título foi regravada pelo Sepultura). Com seu baterista original gravariam os discos Rock and Roll e 1916. Na tour de 1916 Philty novamente abandonou a banda, sendo substituído por Mikkey Dee, baterista da banda de King Diamond (vocalista do Mercyful Fate).
Em 1992 lançaram March or Die, seu maior sucesso comercial, com participação do guitarrista Slash (Ex-Guns N' Roses) em diversas canções e uma parceria com Ozzy Osbourne na canção "Hellraiser" (também lançada por Ozzy no álbum No More Tears), presente no game Grand Theft Auto San Andreas e fartamente divulgada em rádios e MTV.
Após desentendimentos com a gravadora Sony lançaram Bastards (1993) por um pequeno selo germânico, tendo pouca repercussão, assim como os discos que se seguiram.
Após o lançamento do álbum Sacrifice o guitarrista Mick Wurzel abandonou a banda, que voltou a ser um trio.
Álbum que saiu em outubro de 1980, é considerado por muitos como o máximo, o melhor momento registrado pelo Motörhead, o álbum que capturou a banda no seu pico. Com esse Álbum a banda ganhava pela primeira vez visibilidade, aparecendo na capa do LP, no lugar da rotineira ilustração, fato que iria se repetir somente 1996 com o Overnight Sensation. Ace of Spades, foi gravado com o produtor mais requisitado da época, Vic Maile.
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Formação atual
Membros Anteriores
Membros convidados
Aerosmith | |
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Aerosmith em perfomance ao vivo no Quilmes Rock, Argentina, 15 de abril de 2007. | |
Informação geral | |
Origem | Boston, Massachusetts |
País | Estados Unidos |
Gêneros | Hard rock Heavy metal[1] Blues-rock[2] |
Período em atividade | 1970 - atualmente |
Gravadoras | Columbia Records Geffen Records Sony Music |
Afiliações | The Joe Perry Project |
Página oficial | www.aerosmith.com |
Integrantes | |
Joe Perry Tom Hamilton Brad Whitford Joey Kramer Steven Tyler | |
Ex-integrantes | |
Ray Tabano Jimmy Crespo Rick Dufay |
Aerosmith é uma banda de hard rock dos Estados Unidos da América, formada em Boston, Massachusetts no ano de 1970, tendo desfrutado de grande popularidade durante meados da década, final dos anos 1980 e início dos anos 1990. É a banda americana de rock que mais vendeu discos na história, [3], com vendas estimadas em mais de 150 milhões de cópias no mundo inteiro incluindo 66.5 milhões de cópias nos Estados Unidos [4] A Banda também tem o recorde de mais álbuns ouro/multi platina por uma banda americana.
Índice[esconder] |
O Aerosmith surgiu em 1969, da junção de duas bandas: Chain Reaction, do vocalista Steven Tyler, e Jam Band, do guitarrista Joe Perry e do baixista Tom Hamilton. Joe Perry trabalhava em uma lanchonete de Sunapee, New Hampshire. Lá ele conheceu o cliente Steven Tyler. Quando Steven viu a Jam Band tocando Rattlesnake Shake, surgiu o embrião do Aerosmith.
A formação da banda se completou com a entrada do guitarrista Ray Tabano e do baterista Joey Kramer. Ray era um velho amigo de Steven e Joey vinha da mesma cidade dos dois, tendo, inclusive, estudado na mesma escola que Steven. Pouco tempo depois, Ray foi substituído por Brad Whitford, e assim surgiu a formação clássicado Aerosmith. Joey sugeriu o nome "Aerosmith", que, segundo ele, não tem nenhum significado especial: era apenas uma palavra que ele gostava de escrever nos seus cadernos da escola.
Após alguns espectáculos ao vivo nos bares de Boston, que lhes proporcionaram fama imediata, o Aerosmith assinou um contrato com a editora Columbia Records em 1972 e gravou o seu álbum de estréia Aerosmith em duas semanas; dele se extraiu o single "Dream On" e clássicos como "Mama kin", "Somebody", "Movin' Out" e "One Way Street". O álbum, na estréia, foi um fracasso de vendas (posteriormente, alcançou platina dupla - 2 milhões de cópias).
Após uma primeira turnê, a banda lançou Get Your Wings (1974), que também não gozou de grande sucesso nas tabelas de vendas - com o tempo, atingiu quatro vezes platina (quatro milhões de cópias); trazia os clássicos "Same Old Song And Dance", "Train Kept A Rollin'", "Lord Of The Thigs" e a super balada "Seasons Of Wither".
Em 1975, a edição de Toys in the Attic fez deles definitivamente estrelas do rock n' roll internacional: nessa época, o Aerosmith começava a lotar seus shows. O álbum, uma mistura bem sucedida de heavy metal, hard rock e toques de punk, constituiu um êxito imediato, tendo canções que marcaram época e jamais serão esquecidas, como "Adam's Apple" e "Walk This Way", que representam bem o hard rock, além de clásicos como "Toys in The Attic", "No More, No More" e "Big Ten Inch Record" e o mega sucesso "Sweet Emotion". O álbum já alcançou as 11 platinas (11 milhões de cópias).
O álbum seguinte, Rocks, influência de toda uma geração do hard rock americano, foi o primeiro disco de platina do Aerosmith, iniciando uma série de discos que alcançariam esta vendagem por vários anos seguidos; Rocks já atingiu 4 platinas (4 milhões de cópias) e foi o primeiro disco sem nenhuma cover. Joe Perry faz a guitarra cavalgar em "Back In The Saddle" (que foi recentemente regravada por Sebastian Bach no álbum Angel Down e contou com a participação especial de Axl Rose, também fã declarado do Aerosmith - a versão ficou "ok"); Brad Whitford arrasa com o riff inicial e os solos de "Last Child", que provam que ele não merece ser chamado de "guitarrista base"; há canções rápidas como "Rats In The Cellar" e pesadas como "Nobody's Fault" (outra composição de Brad em parceria com Steven) e experimentais como "Sick As A Dog" (de Tom Hamilton e Steven), em que os membros chegam a trocar de instrumentos: Tom toca guitarra-base enquanto Joe Perry toca baixo; depois, no meio da música, Steven assume o baixo e Joe volta para a guitarra, tudo em apenas 1 take! O disco fecha com a linda balada "Home Tonight", uma rock-ballad suja com destaque para o piano de Steven e os solos do Joe. Há ainda "Combination", quarta música do álbum e escrita por Perry, que cantaria sozinho a canção - idéia abandonada devido ao fato de considerarem Rocks um álbum crucial para a banda (Joe então dividiu os vocais com Steven). Em qualquer lista de hard rock e heavy metal não pode faltar o Rocks, um dos clássicos absolutos do Rock.
Após o estardalhaço de Toys In The Attic e Rocks, é lançado Draw the Line em 1977, que atingiu disco de platina mais rápido que os primeiros e alcançou dupla platina (2 milhões de cópias). Não foi tão bem recebido pela crítica quanto seus anteriores, mas não deixou a desejar. "Draw The Line" é a faixa título e tem um riff inesquecível, pode considerado um dos maiores clássicos do Aero, e "Kings And Queens" é um tipo de rock um pouco "épico", que fala do governo, da igreja e da anarquia. E vale a pena lembrar de "I Wanna Know Why" e a blues-rock "Milk Cow Blues". É um disco com canções dançantes como "Get It Up" e "Sight For Sore Eyes", e traz a primeira música apenas com Joe Perry nos vocais, a ótima "Bright Light Fight".
Em 1978, o Aero canta para mais de 400 mil pessoas em Boston e lança seu primeiro álbum ao vivo, Live! Bootleg, com os seus sucessos e duas canções retiradas de um bootleg de um show de 1973: "I Ain't Got You" e "Mother Popcorn" - "Draw The Line" está "escondida" depois de "Mother Popcorn" e não é listada na contra-capa do disco. No mesmo ano, o grupo participou do filme Sgt. Pepper's Lonely Hearts Club Band, para o qual regravaram "Come Together" dos Beatles.
Em 1979, durante as gravações de Night in the Ruts, Joe Perry deixou a banda após mais uma briga com Steven, que começou por causa de um copo de leite; formou o The Joe Perry Project, que lançou três discos. Após um acidente de moto sofrido por Steven Tyler, que o deixou "fora de ação" por alguns meses, foi lançada a coletânea Greatest Hits", um verdadeiro estouro de vendas (mais de 10 milhões de cópias).
Night in the Ruts é lançado em 1979, e apresenta três covers: "Remember (Walking in the Sand)", "Think about it" e "Reefer Head Woman"; foram feitos vídeos de "Chiquita" e "No Surprize". O álbum não foi bom de vendas, alcançando apenas 1 disco de platina após vários anos de seu lançamento. Substituto de Joe Perry, Jimmy Crespo toca apenas um solo em "Reefer Head Woman" (Joe tocou na maioria das outras canções).
Brad Whitford deixou a banda em 1981 e se uniu a Derek St. Holmes, vocalista da banda de Ted Nugent, para dar origem ao projeto Whitford/St. Holmes, que lançou um disco auto-intitulado.
Com a parceria Perry-Tyler desfeita, Rock in a Hard Place é lançado em 1982 e que teve como destaque o single e o vídeo de "Lightning Strikes", que ainda contava com Brad Whitford (a música foi gravada antes de sua saída). O disco foi um fracasso de venda e de crítica, apesar de ter grandes canções como "Bitch's Brew", "Bolivian Ragamuffin" e "Cry Me A River".
Após esta fase conturbada, Perry e Whitford regressaram à banda, em 1984 – teve então lugar uma turnê para comemorar a reunião dos membros do grupo, a "Back In The Saddle Tour". Joe Perry, em entrevista à revista Rolling Stone na época: "Eu sei que todo mundo pergunta se nós voltamos a tocar juntos pelo dinheiro, e claro que não é verdade. Não, é legal ter dinheiro, mas a razão [pela qual voltaram a se reunir] é que temos prazer em tocar juntos outra vez". Contudo, durante essa mesma turnê, Tyler chegaria a desmaiar em palco devido à dependência de drogas, afetando negativamente a imagem do grupo.
No ano seguinte, a banda lança Done With Mirrors, um dos melhores álbuns do Aerosmith desde o final durante toda a carreira, porém um fracasso de vendas, idem ao anterior.
Em 1986, sai o 2° álbum ao vivo Classics Live! Vol. 1, ao mesmo tempo em que Steven e Joe apareceram no bem sucedido cover dos rappers do Run D. M. C. de "Walk This Way", combinando rock n' roll e rap e se tornando um clássico, marcando o início do regresso do Aerosmith aos grandes êxitos.
Em 1987, sai o 3° ao vivo Classics Live! Vol. 2, seguido do disco Permanent Vacation, que incluía hits como "Dude (Looks Like a Lady)", "Rag Doll" e "Angel", reestabelecendo o Aerosmith nas paradas americanas novamente e vendendo 5 milhões de cópias só nos EUA.
Nessa mesma época, a banda finalmente se livrou das drogas. O último a largar foi Tom Hamilton, que deu sua última "cheirada" nas gravações de Permanent Vacation.
Contudo, o verdadeiro álbum de regresso aos topos de vendas foi Pump, de 1989, que fez a banda entrar na década de 1990 com força total, causando um estardalhaço; desse disco se extraíram três êxitos que chegaram ao Top 10 nos Estados Unidos: "Janie's Got a Gun" (que vence o 1° Grammy do Aero), "What It Takes" e "Love in an Elevator". Pump foi ao topo das paradas americanas, chegando a marca dos 9 milhões de cópias.
Get a Grip (1993) foi igualmente um sucesso de vendas, chegando a casa dos 12 milhões de cópias, tendo reestabelecido definitivamente os Aerosmith como uma potência musical. Com singles como "Livin' On The Edge" (que vence o 2° Grammy do Aero), "Eat The Rich", "Crazy" (vencedora do seu 3° Grammy) e "Cryin'", o Aero explode na década de 1990.
Nine Lives, de 1997, foi um álbum marcado por inúmeros problemas (mesmo alcançando o topo das paradas e vendendo 3 milhões de cópias), como o despedimento do produtor do grupo, Tim Collins. O disco continha singles de sucesso como "Falling In Love (Is Hard On The Knees)" e "Pink" (que vence o 4° Grammy do Aero). Em 1998, a banda lança o disco duplo ao vivo A Little South Of Sanity e, no ano seguinte, seu primeiro single a alcançar o primeiro lugar da Billboard, o tema romântico da trilha sonora do filme Armageddon, I Don't Wanna Miss A Thing (escrito por Joe Perry e Diane Warren, ainda que Perry não seja creditado como tal).
Em 2000, o Aerosmith vai para a Calçada da Fama do Rock 'n' Roll, ou melhor, o "Rock 'N' Roll Hall Of Fame". Em 2001, é lançado Just Push Play, que vai aos topos das paradas dos EUA com singles como "Jaded".
Em 30 de Março de 2004, o seu há muito prometido álbum de blues, Honkin' on Bobo, foi finalmente lançado, um regresso às raízes; o álbum nasceu no final de 2003 durante a turnê em conjunto com os Kiss e a jam especial de blues que acontecia nas apresentações. No mesmo ano, sai o DVD "You Gotta Move"
Em 2005, a gravadora lançou Rockin' the Joint, uma compilação de uma apresentação ao vivo realizada em 2002 durante a turnê de Just Push Play.
Mais recentemente, em 2006, com o fim do contrato com a Sony BMG iminente, a mesma lançou outra coletânea, Devil's Got a New Disguise: The Very Best of Aerosmith, com grandes sucessos da banda em toda sua história, além de duas canções inéditas, "Devil's Got A New Disguise" e "Sedona Sunrise", outtake do álbum Pump.
Em 2007, a banda voltou ao Brasil para uma única apresentação no dia 12 de abril, abrindo a Aerosmith World Tour 2007. Para o delírio dos mais de 70 mil fãs que lotaram o estádio do Morumbi numa quinta-feira, a banda tocou seus clássicos por quase 2 horas, com destaque para a abertura com "Love In An Elevator", a blueseira "Baby Please Don't Go" e "Draw The Line" - esta última com Joe Perry batendo na guitarra com sua camisa e se jogando na bateria em seguida, um dos pontos altos do show. A banda mostrou que ainda tem energia de sobra para fazer uma grande apresentação, com destaque para a dupla Steven e Joe.
Em 2008, o Aerosmith tira umas férias e Joe Perry aproveita para fazer alguns shows com a banda de seus filhos, TAB The Band. Enquanto Steven e Joe se recuperam de cirurgias (o primeiro realizou uma no pé; o segundo, uma no joelho), é lançado o jogo Guitar Hero: Aerosmith, o primeiro da franquia com apenas uma banda em destaque.
Em novembro de 2009, de acordo com o jornal americano Las Vegas Sun, Steven Tyler rompeu seu vínculo com a banda Aerosmith. As relações entre Tyler e o resto do grupo começaram a ter problemas após um acidente em agosto deste ano, quando o vocalista caiu de um palco durante um show nos EUA. Tyler quebrou o ombro e teve que dar pontos na cabeça, cancelando parte dos shows do Aerosmith. A última apresentação do grupo foi no dia 1º de novembro, antes do Grande Prêmio de Fórmula 1 de Abu Dhabi, nos Emirados Árabes.
"Ele não falou comigo ou com os outros membros da banda. Eu desci do avião dois dias atrás e vi na internet que ele estava dizendo que sairia da banda. Eu não sei por quanto tempo, indefinidamente ou qualquer coisa", completa Perry.
O guitarrista também reclama que Tyler teria perdido o interesse na banda. "Obviamente, ele não estava dando 100% de si havia um bom tempo. (…) Eu não queria que ele cancelasse mais shows. Nós realmente queríamos fazer essas últimas apresentações".
Ele diz ainda que a banda deve continuar com um novo vocalista. "Nós provavelmente vamos achar outra pessoa e vamos seguir com o Aerosmith", termina.[5] Lenny Kravitz teria sido contatado para substituir Tyler, mas negou.[6]
Porém, segundo a revista Rolling Stone, na noite de terça, 10 de Novembro, Steven Tyler fez uma aparição-supresa em um show de Joe Perry e declarou: "Nova York, quero que você saiba que não estou deixando o Aerosmith." [7][8]
Mesmo com essa aparição, ainda há rumores de uma saída de 'férias' para Steven Tyler de aproximadamente dois anos para escrever um livro e gravar um disco solo.[9]
Em 23 de dezembro de 2009 Steven Tyler entrou em uma clínica de reabilitação para se tratar no seu vício por analgésicos, desenvolvido após dez anos tomando remédios para lidar com a dor causada por sua performance e acidentes sobre o palco (na turnê do álbum Nine Lives o microfone caiu em seu joelho rompendo um ligamento e foi aí que tudo começou, ou até mesmo mais recentemente com sua queda do palco). O cantor declarou que estaria ansioso para voltar a trabalhar com seus colegas de banda.[10] Mas, atualmente o guitarrista Joe Perry confirmou a procura de um novo vocalista que virá a substituir Steven Tyler. Afirmou tambem que será algum cantor com caracteristicas próprias e não um clone do atual.
Ronnie James Dio | |
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Dio em apresentação no Rio de Janeiro jul/2006 | |
Informação geral | |
Nome completo | Ronald Padavona |
Data de nascimento | 10 de Julho de 1942 (67 anos) |
Origem | Portsmouth, New Hampshire |
País | Estados Unidos |
Gêneros | heavy metal |
Instrumentos | voz, teclado |
Período em atividade | 1958 - hoje |
Afiliações | Dio Black Sabbath Elf Rainbow |
Ronnie James Dio é vocalista de heavy metal, nascido nos Estados Unidos. Ficou famoso por cantar em bandas como Rainbow e Black Sabbath, e atualmente toca com o Heaven And Hell.
Índice[esconder] |
Ronnie James Dio é americano e seu verdadeiro nome é Ronald Padavona. Assumiu o nome "Dio" em homenagem a seus familiares italianos. Cantou e tocou baixo na sua primeira banda mais importante, Elf (com a qual gravou 3 álbuns). Outras bandas no seu início de carreira foram: Vegas Kings (formada por colegas da sua escola), que mais tarde mudou seu nome para Ronnie and the Rumbles e depois para Ronnie and the Redcaps. Tocavam em bailes universitários, etc. Mais uma vez mudam o nome da banda para Ronnie Dio and the Prophets. Mudaram o nome mais vezes, para The Eletric Elves, depois para The Elves e finalmente ELF.
Foi chamado para cantar no Rainbow de Ritchie Blackmore (ex-Deep Purple), onde gravou quatro álbuns. Após deixar o Rainbow, foi convidado pelo guitarrista Tony Iommi para ocupar o posto de vocalista no Black Sabbath. Gravou ao todo três álbuns e mais um após sua volta à banda em 1992. Saiu do Black Sabbath em 1983 devido a problemas de ego e uma "suposta" sabotagem na mixagem final de Live Evil (ao vivo do Sabbath). A tradicional sonoridade do Sabbath com a acentuação da linha de baixo, se ouvia nitidamente mais fraca, enquanto o vocal de Dio era mais "alto". Supostamente foi esta a sabotagem alegada na época. Contudo, as divergências musicais, bem como a promoção do vocalista em seu projeto solo, podem ser fatores muito mais convincentes que a sabotagem.
No mesmo ano de sua saída do Black Sabbath, 1983, lança aquele que para muitos é um dos melhores discos de heavy metal de todos os tempos: Holy Diver. Nele estão Vinny Appice, que também tinha saído do Sabbath e acompanhou Dio, seu antigo companheiro de Rainbow Jimmy Bain e o excelente guitarrista Vivian Campbell (atual Def Leppard). Holy Diver foi muito bem aceito e deixou clássicos como a faixa-título, "Stand Up and Shout", "Don’t Talk to Strangers" e a mais famosa "Rainbow in the Dark".
Embalado com o sucesso atingido logo de cara, Dio solta mais um álbum em 1984 chamado The Last in Line. Também muito bem aceito pelo público e pela crítica, trazia a mesma fórmula de Holy Diver. Foi este álbum que levou a banda a uma enorme turnê mundial seguida do seu primeiro vídeo oficial. Os músicos são os mesmos mas no álbum ainda há um tecladista chamado Claude Schenell. Nele estão clássicos como a faixa-título, "We Rock" (um dos maiores sucessos), "Breathless", "Evil Eyes", Egypt (The Chains Are On), etc.
E para provar que era mesmo um fanático por duendes, dragões, magos, reis, rainhas e arco-íris, lança Sacred Heart em 1985. Um belíssimo trabalho que continuava a sustentar a banda como uma das melhores dentro do gênero, na época. A formação e a fórmula permanecem as mesmas desde 1983 e podemos reparar a versatilidade do guitarrista Vivian Campbell com toda sua harmonia. Notamos que seus grandes sucessos foram "King of Rock and Roll" (a única do disco que ainda é tocada atualmente), a faixa-título, "Rock and Roll Children", "Just Another Day" e "Fallen Angels". Desta turnê também sai um vídeo chamado Sacred Heart Live.
Em 1986 sai um EP ao vivo chamado Intermission com seis músicas onde as que se destacam são "King of Rock and Roll", "We Rock" e "Rainbow in the Dark" e uma faixa inédita de estúdio "Time To Burn" apresentando o novo guitarrista Craig Goldie que substituiu Vivian Campbell durante a tour de Sacred Heart.
Em 1987 é lançado então o álbum Dream Evil, que é conhecido como um álbum problemático pelo próprio Dio. Apesar dos problemas, as músicas continuam sendo delirantes. "Night People", "Dream Evil" (uma das melhores), "Sunset Superman", "Faces in the Window" e a linda "All The Fools Sailed Away" se destacam.
Depois do sucesso contínuo e dos problemas em 1987, Dio sumiu do mapa e voltou a aparecer em 1990 com Lock up the Wolves. A formação da banda é totalmente diferente das passadas. Os músicos são Rowan Robertson, um garoto inglês de apenas 18 anos de idade e que, segundo o próprio Dio, foi selecionado após um teste com (diz a lenda) milhares de guitarristas. Mas independente disso, Rowan mostra uma incrível versatilidade e rapidez em seus solos, mostrando que não estava para brincadeira. Para a bateria foi chamado ninguém menos que Simon Wright (ex-AC/DC), um novaiorquino chamado Teddy Cook para o baixo e um dos maiores tecladistas do metal, o sueco Jens Johansson (ex-Malmsteen e atual Stratovarius).Não foi seu melhor disco mas com certeza destacam-se a porrada "Wild One", "Hey Angel", a bela faixa-título, "Walk on Water", "Born on the Sun" e "My Eyes".
Em 1992 Dio volta ao Black Sabbath e grava mais um álbum chamado Dehumanizer, bastante pesado, com destaque para "Computer God" , "TV Crimes", "Time Machine" e "I". Infelizmente alguns problemas acabaram com a reunião da banda. Neste mesmo ano sai uma coletânea intitulada Diamonds The Best Of com vários clássicos da banda Dio.
Após isso o "nanico" volta com Strange Highways em 1993, que seguia a mesma linha de Dehumanizer. Não foi um de seus melhores álbuns e os problemas com a separação do Black Sabbath o deixaram meio desanimado. Mesmo assim podemos destacar algumas músicas bem legais como "Jesus, Mary & The Holy Ghost", a faixa título, "Firehead" e "Give Her The Gun". A formação era Dio nos vocais, Tracy G (guitarra), Jeff Pilson (baixo) e Vinny Appice (bateria).
Em 1996 sai Angry Machines, e mais uma vez Dio mostra o quanto gostou de ter feito Dehumanizer (1992) junto ao Black Sabbath. Chegou a declarar que não falava mais de reis e rainhas por que preferia tratar da realidade. Algumas músicas de Angry Machines que marcaram foram a porrada sonora de "Don’t Tell the Kids" (onde Vinny Appice simplesmente detona sua bateria!), "Institutional Man", "Hunter of the Heart" (a única que foi tocada nos shows aqui no Brasil) e "Dying in America". A banda era composta por Dio nos vocais, Tracy G (guitarra), Jeff Pilson (baixo) e Vinny Appice (bateria).
Vieram ao Brasil para tocar junto com Bruce Dickinson, Jason Bonham Band e Scorpions no final de 1997. Os fãs o aclamaram mas criticaram duramente o desempenho do guitarrista Tracy G. Neste mesmo ano saiu uma coletânea chamada Anthology. Em 1998 sai um CD duplo ao vivo chamado Dio’s Inferno - The Last in Live, que traz clássicos como, "Holy Diver", "Don’t Talk to Strangers", "The Last in Line", e "The Mob Rules" (homônima do disco do Black Sabbath), "Mistreated" (do Deep Purple) e "Catch the Rainbow" (do Rainbow) entre outras. Sem dúvidas foi um sucesso bem vendido no país. Algo relativo à volta do Rainbow havia sido mencionado mas com a morte do baterista Cozy Powell, a notícia permaneceu apenas como boato.
Em 2000 lança Magica, um álbum conceitual que traz de volta o estilo clássico de Dio compor, com letras sobre Magia, Dragões e Bruxas. Sons como "Fever Dreams" (bem ao estilo "Holy Diver"), "Turn to Stone", "Challis" (arrasadora!), "Losing my Insanity", e a balada "As long as it's Not About Love", conquistaram em cheio o público.
Sua banda contou com a volta do magnífico Craig Goldie (guitarra), o seu fiel escudeiro Jimmy Bain (baixo), Simon Wright (bateria) e Scott Waren (teclados). No final de 2001 Goldy decide deixar a banda alegando problemas familiares e para seu lugar é recrutado o guitarrista Doug Aldrich. Com novo line up, Dio entra em estúdio e em 2002 sai Killing the Dragon que procurou repetir a mesma forma do anterior porém com um pouco mais de rapidez e peso. Destaques: "Push", "Scream" (bem ao estilão Heaven and Hell!) "Throw Away Children" e, é claro, a faixa título (candidata a novo clássico!).
Em 2003 sai seu primeiro DVD oficial, Evil Or Divine. E em 2004 saiu o último trabalho de estúdio, "Master Of The Moon", que contou com o seguinte line-up: Ronnie James Dio no vocal, Craig Goldy na guitarra, Jeff Pilson no baixo, Simon Wright na bateria e Scott Warren nos teclados; porém, quem ocupou o posto de baixista na turnê foi Rudy Sarzo.
Em 15 de julho de 2006 Dio voltou ao Brasil, desta vez trazendo a tour Holy Diver Live em comemoração aos 23 anos de lançamento do clássico disco Holy Diver. Uma apresentação impecável e magnifica do deus do Hard Rock.
Em 2007 reuniu-se com os antigos companheiros de Black Sabbath, Tony Iommi, Geezer Butler e Vinny Appice, para excursionarem na promoção do álbum "Black Sabbath - The Dio Years". Neste álbum estão grandes clássicos como "Neon Knights", "Die Young", "Falling Off The Edge Of The World", "The Mob Rules" e três músicas novas compostas especialmente para este disco: "The Devil Cried", "Ear in the Wall" e "Shadow of the Wind".
Para promoverem a coletânea os quatro se reuniram sob o nome "Heaven and Hell" para uma turnê mundial de um ano. Um dos shows em Nova Iorque da turnê é gravado e lançado sob o nome de "Live From Radio City Music Hall", dando uma "geral" em toda a discografia de Dio com o Black Sabbath. Em 2008, é lançado um box set com toda a discografia de Dio à frente do Black Sabbath, chamado "The Rules Of Hell", e os músicos anunciam que entrariam em estúdio para gravarem um novo álbum, batizado de "The Devil You Know", com previsão de lançamento para abril de 2009. O primeiro single deste trabalho, "Bible Black", já está disponível para audição na internet.
Em novembro de 2009 Dio é hospitalizado e é constatado um câncer estomacal em estágio inicial o que o força a cancelar a tour europeia prevista para esse período.
Judas Priest em concerto no Judas Priest Retribution 2005 | |
Informação geral | |
Origem | Birmingham, Inglaterra |
País | Reino Unido |
Gêneros | Heavy metal |
Período em atividade | 1969 - atualmente |
Gravadoras | Columbia Records |
Página oficial | Judas Priest.com |
Integrantes | |
Rob Halford K.K. Downing Glenn Tipton Ian Hill Scott Travis | |
Ex-integrantes | |
Tim "Ripper" Owens Dave Holland Les Binks Simon Phillips Alan Moore John Hinch |
Judas Priest é uma banda britânica de heavy metal que foi criada em meados de 1969, em Birmingham. O primeiro disco da banda (Rocka Rolla) foi lançado em 1974 pela Gull Records. A partir do disco Sin After Sin, o terceiro da banda, todos os seus trabalhos foram lançados pela Columbia/Sony até 1990. A banda vendeu cerca de 40 milhões de discos em 40 anos de existência, influenciando um número significativo de bandas de heavy metal e hard rock durante o processo. Podemos citar dentro dessas os mais diversos e diferentes grupos como Saxon, Slayer, Pantera, Accept, Iron Maiden, Metallica, Death, entre outros.
Adaptando peso, velocidade, melodia contagiante e roupas de cabedal com detalhes em metal, os Judas Priest fizeram história. Para a sua época, a banda tinha uma sonoridade nova, o que dificultou um pouco o crescimento da banda. Durante anos a banda não conseguiu sair do underground.
Índice[esconder] |
A banda Judas Priest pode ser considerada uma das precursoras do heavy metal moderno. O Judas priest foi uma das mais influentes bandas de heavy metal dos anos 70 encabeçando a New Wave Of British Heavy Metal ou simplesmente NWOBHM (Nova Onda do Metal Britânico) no final da década de setenta. Tratou-se da primeira banda a unir o peso e temática violenta criados pelo Black Sabbath à velocidade de grupos de metal como o Led Zeppelin, adicionaram uma frente de ataque com duas guitarras[1] e também foram os responsavéis pela retirada do blues[2] característico da primeira onda do metal britânico formado pela tríade Led Zeppelin, Black Sabbath e Deep Purple. Foram também responsáveis pela adoção das roupas de couro com adereços de metal cromados e correntes advindos do punk rock entre os apreciadores de rock.
Formada por originalmente Al Atkins (vocalista), K.K. Downing (guitarrista), Ian Hill (baixista) e John Ellis (baterista). O nome Judas Priest (baseado no nome de uma música de Bob Dylan, The Ballad Of Frankie Lee And Judas Priest) já havia sido usado por uma banda anterior de Atkins e Ellis, que logo sairiam da nova formação, dando lugar a Rob Halford (vocalista) e John Hinch (baterista) que tinham tocado na banda Hiroshima. Mais tarde se juntou à banda mais um guitarrista, Glenn Tipton (as guitarras dobradas seriam mais uma marca a ser imitada entre as bandas de heavy metal inglesas que se seguiram).
Durante anos, lançando discos por selos locais, a banda não conseguiu sair do underground (a sonoridade era realmente má) mas conseguiu juntar uma legião de seguidores e outras bandas que copiavam seu estilo.
Após o primeiro álbum, Rocka Rolla, de 1974, o baterista John Hinch abandonou a banda e foi substituído por Alan Moore (que havia tocado algumas vezes com o Priest logo após a saída de Ellis). Em 1976 gravaram Sad Wings of Destiny, cuja repercussão valeu à banda pela primeira vez um bom contrato com a gravadora CBS.
Com o álbum Sin After Sin de 1977 a banda apareceu pela primeira vez nas paradas inglesas, com pesos como Sinner, Dissident Aggressor e Call For The Priest, que até hoje são pedidas nos shows e a Diamonds and Rust, um cover da cantora de Folk Joan Baez. Com Stained Class de 1978 já eram considerados uma banda bastante influente, faixas como Exciter e Beyond the Realms of Death foram precursoras do sucesso alcançado pela banda em 1980, e com o álbum Killing Machine de 1978 (lançado nos Estados Unidos com o nome Hell Bent For Leather) se tornaram capitães da grande New Wave Of British Heavy Metal (Junto ao Iron Maiden), movimento que revelou praticamente todas as grandes bandas de metal clássico da Inglaterra, como Saxon, Grim Reaper, etc.
Dave Holland, ex-Trapeze, assumiu a bateria para o disco British Steel, considerado um dos discos mais influentes do Metal mundial, que teve pela primeira vez grande repercussão mundial, com os hits Breaking The Law e Living After Midnight, que viraram hinos e de fácil assimilação.O auge da carreira internacional da banda ocorreria com Screaming for Vengeance de 1982, com a clássica Electric Eye, obrigatória em qualquer show da banda, e o hit You've Got Another Thing Coming, e com o album posterior Defenders of the Faith de 1984, considerado um clássico do Heavy Metal, com sons pesados, rápidos e harmônicos.
O álbum Turbo, lançado em 1986 tratou-se do mais polêmico da banda, que em busca de sonoridades mais atuais havia incorporado instrumentos eletrônicos. Apesar da imensa vendagem (movida pelos excelentes álbuns anteriores) o disco não foi bem aceito por crítica nem público. Turbo incorporava avanços técnico-instrumentais oitentistas à sonoridade do Priest (o mais marcante seria o uso de guitarras sintetizadas), mas soava prejudicado pela temática das letras e pela sonoridade muito comercial, incompatível com a história da banda. O próprio visual da banda durante o período, com roupas, cortes de cabelo, postura e a produção de palco da turnê assemelhava-se as de outras bandas da época.
O álbum posterior, Ram It Down, foi um retorno à sonoridade e ao visual característico da banda, porém é acusado por muitos de ser um ponto ainda mais baixo na carreira do Judas, aprofundando radicalmente todos os aspectos negativos de seu antecessor, sem contar, entretanto, com as virtudes deste (como performances menos inspiradas, segundo os críticos). Até hoje, apesar das veementes negativas da banda, cogita-se que parte das baterias usadas na mixagem final seja eletrônica.
A volta por cima seria dada em 1990 com o excepcional Painkiller, um disco moderno, rápido e violento. Alguns fans mais ortodoxos, nao consideram "Painkiller" um álbum tão bom quanto os lendários Screaming For Vengeance e Defenders Of The Faith".Em algumas músicas, podemos perceber claramente a sonoridade típica do Judas Priest, como em "Night Crawler", "Leather Rebel","Battle Hymn"(esta última, instrumental). Mas em outros como a faixa título e "Metal Meltdown", vemos uma violência excessiva, muito pesado. Com o novo baterista Scott Travis, na ocasião também integrante do Racer X, a banda se apresentou no Brasil na segunda edição do Rock In Rio, em uma noite memorável junto com outros grandes nomes da cena como Megadeth e Queensrÿche, além do Sepultura "from Brazil".
Em 1992 porém Rob Halford abandonou a banda para montar o Fight que a princípio deveria ser apenas um projeto paralelo. Após um longo período de indecisão em 1996 o Judas Priest anunciou que iria voltar com um novo vocalista e para o lugar de Halford foi escolhido Ripper Owens que havia integrado no Winters Bane e durante anos em uma banda cover do Judas Priest (fato esse que inspirou o diretor Stephen Herek a compor e produzir o filme Rock Star.
Desta tentaviva coberta de sucesso, sai o álbum Jugulator, que trazia uma banda totalmente diferente de tudo que já havia feito. Um álbum muito mais pesado mesclando heavy com thrash além de elementos do Industrial Metal e diferente do Speed Metal de Painkiller. Os cultuados solos da banda, por exemplo, deixam de ser tão elaborados como em seu antecessor. O vocal de Ripper Owens nas partes agudas pode ser facilmente comparado com Rob Halford. De uma capacidade incrível, o novo vocalista mostrava seu poderio vocal em faixas como "Jugulator", "Cathedrall Spires", "Death Row" e "Burn in Hell". Seus detratores o consideram apenas um clone de Rob Halford (crítica impulsionada pelo fato de Ripper ter sido recrutado por causa de seu trabalho em uma banda cover de Judas Priest). Vale destacar também o conteúdo mais forte das letras. Muitas críticas positivas e outras nem tanto. Alguns setores da imprensa acusaram a banda de ter "fugido completamente" de seu estilo clássico de fazer hard rock, e outros consideravam um excelente disco.
Em 1998 sai '98 Live Meltdown. Um álbum duplo ao vivo com músicas antigas e canções recentes, todas adotando a nova sonoridade da banda, com forte influência do thrash. Ripper Owens se mostra versátil na interpretação das canções da era de Rob Halford, além de suas próprias músicas - uma de suas contribuições para o Judas Priest mais lembradas é a sua versão para "Diamonds & Rust" (originalmente de Joan Baez) do disco Sin After Sin.
Em 2001 sai Demolition. Seguindo as mudanças iniciadas em Jugulator, o Judas tende ao metal moderno (até por vezes alternative / new metal), sem olhar para trás. Demolition marca a consolidação de Ripper Owens como vocalista, e um estilo musical diferente. Novamente, gerou discórdias, com muitos fãs radicais não aprovando o resultado final.
Em 2003 começam boatos sobre a saída de Ripper e a volta de Halford ao Judas Priest. Os boatos se revelam verdadeiros meses depois. A banda faz uma turnê comemorativa e se apresenta em 2004 pela primeira vez no Ozzfest, nos Estados Unidos. Em 2005, sob ótima recepção e para concretizar a reunião da formação clássica, sai o aguardado novo álbum da banda com Halford nos vocais - Angel of Retribution é uma volta ao metal mais tradicional e característico da banda. A turnê desse disco trouxe o Judas Priest de volta ao Brasil em Setembro de 2005 e rendeu o DVD "Rising in The East", que foi gravado ao vivo no Budokan, em Tóquio, no Japão. Em 2008, a banda veio com um disco duplo e conceitual Nostradamus, que foi inspirado no profeta de mesmo nome que teria previsto o fim do mundo.
Fora do Judas, Ripper assumiu o posto de vocalista na banda Iced Earth, permanecendo por pouco tempo (2003 a 2007) e sendo demitido devido a volta do vocalista original, Matt Barlow. Atualmente integra a banda de Yngwie Malmsteen.
Em 1990 a banda se encontrou envolvida em uma ação judicial movida pela família de dois jovens de 20 anos no ano de 1985. James Vance e Ray Belknap cometeram o suicídio após se drogarem. Os pais dos garotos alegaram que a música Better By You Better Than Me do Stained Class de 1978 continha mensagens subliminares que induziram os jovens a se matarem. O caso foi explorado ao máximo e a banda apontada na medida do possível como bode expiatório e responsável pela morte dos garotos. Após anos de julgamentos e apelações felizmente ficou provado que o suicídio dos garotos teria sido resultado de problemas e violência domésticos. O fato porém marcou a imagem da banda definitivamente. Rob Halford alegou que se fosse para eles colocarem mensagens subliminares em suas músicas eles não colocariam para os jovens se matarem e sim para comprarem mais albuns da banda. Jay Leno, apresentador estado-unidense disse que as músicas da banda já falavam sobre canibalismo, morte, ira e sobre o próprio hard rock, então o que eles colocariam oculto? Vá para a igreja com sua família?
A musica Painkiller foi inserida no jogo Rock Band 2, e é a última música sendo a mais difícil comparada a tods as outras.
Eddie Vedder no centro durante um concerto da banda | |
Informação geral | |
Origem | Seattle, Washington |
País | Estados Unidos |
Gêneros | Rock alternativo, grunge, hard rock |
Período em atividade | 1990 - atualmente |
Gravadoras | J Records Epic Records |
Página oficial | PearlJam.com |
Integrantes | |
Eddie Vedder Stone Gossard Jeff Ament Mike McCready Matt Cameron | |
Ex-integrantes | |
Dave Krusen Matt Chamberlain Dave Abbruzzese Jack Irons |
Pearl Jam é uma banda de rock oriunda da cidade de Seattle, nos Estados Unidos da América, no auge do período do movimento grunge local, e é considerada uma das mais populares e influentes da década de 1990. Eles, junto com Nirvana, Soundgarden, Mother Love Bone, Alice in Chains e Mudhoney, ajudaram a popularizar o movimento grunge no início dos anos 90. Pearl Jam é uma das poucas bandas grunges que continuaram ativas até hoje, mesmo após o fim das suas outras bandas contemporâneas.
A banda detém uma marca inusitada: durante a turnê de Binaural, lançou nada menos que 72 CDs duplos, que traziam na íntegra cada um dos concertos da turnê. Suas atitudes em defesa dos fãs, tais como um processo movido contra a empresa Ticketmaster (que monopoliza o mercado de venda de ingressos em território americano) tornaram-se marcos. No caso contra a distribuidora de ingressos, a banda exigiu na justiça que a empresa reduzisse seus lucros, a fim de diminuir o preço dos ingressos de seus concertos, para que os fãs fossem beneficiados. Somando-se isso ao engajamento político e em causas de ajuda humanitária, o Pearl Jam tornou-se uma das mais idolatradas e respeitadas bandas da história do rock vendendo ate a data cerca de 30 Milhões de discos nos Estados Unidos[1], e 60 Milhões em todo o mundo.[2][3], e sendo a banda recordista de álbuns ao vivo[4]
O embrião do Pearl Jam foram outras pequenas bandas de Seattle. Na época a cidade ainda não era reconhecida como grande pólo do Rock 'n roll americano, sendo lembrada apenas por ser a terra natal de Jimi Hendrix.
O guitarrista Stone Gossard e o baixista Jeff Ament eram amigos e formaram uma banda de hard rock chamada Green River, ao lado do guitarrista Steve Turner e do vocalista Mark Arm, em 1984.[5] Chegaram a gravar e lançar um disco, chamado Rehad Doll, além de um EP, pelo selo local Sub Pop.
Mas em 1988, a banda resolve se separar, sendo que Arm e Turner formariam logo depois o Mudhoney, uma das bandas primordiais do grunge. Jeff e Stone continuam juntos e, juntamente com o baterista Jeff Turner e o vocalista Andrew Wood, formam uma nova banda, chamada Mother Love Bone. Assinam um contrato com a Geffen Records e lançam em 1989 o EP Shine e, em 1990, um álbum chamado Apple. A banda começa a fazer sucesso nos EUA, quando, logo depois do lançamento de Apple, em 16 de março de 1990, morre o vocalista Wood, vítima de uma overdose de heroína.
Chris Cornell, amigo de Andrew Wood, sugeriu um disco tributo para Wood. Nascia então o Temple Of The Dog, projeto que reuniu integrantes do Mother Love Bone e do Soundgarden. Para a guitarra solo, convocaram o ainda iniciante Mike McCready, que já tocava, nesse meio-tempo, com Jeff e Stone os instrumentais que Stone havia composto mas que ainda não haviam sido gravados. Stone, Jeff e Mike haviam, na época do Temple, recentemente encontrado um vocalista para os instrumentais que tocavam: Eddie Vedder, vocalista de Evanston, indicado por um amigo comum: Jack Irons, baterista da primeira formação do grupo californiano Red Hot Chili Peppers. Devido ao grande talento de Eddie Vedder, este fora convidado a gravar vocais de fundo para o Temple of the Dog. Este supergrupo de Seattle lançou seu disco homônimo em 1991 e emplacou a música Hunger Strike nas paradas. Porém, Stone, Jeff e Mike estavam agora mais centrados no conjunto que formaram com Vedder.
Conforme citado acima, Eddie Vedder juntou-se a Stone, Jeff e Mike por meio de Jack Irons, que posteriormente viria a ser o baterista do Pearl Jam no período entre 1994 e 1998. Irons enviou, após audição dos intrumentais de Stone e grupo (tocados com a ajuda de Matt Cameron, baterista do Soundgarden e do Temple of the Dog), um fita demo para Eddie Vedder. Os grooves cheios de energia e dinamismo de Stone inspiraram Eddie a compor as letras (todas no mesmo dia) para os três instrumentais contidos na fita (Eddie tinha as três letras na cabeça depois de uma tarde surfando). Tornaram-se assim as músicas que futuramente fariam-se sucesso na banda sendo duas do álbum "Ten": Alive, Once e Footsteps[6], esta lançada no single Jeremy. O que mais impressionou Stone e os outros foi o fato de que as letras que retornaram cantadas no canal sobressalente da fita eram marcantes, fortes e instigantes. E extremamente pessoais, cantadas por Eddie com extrema paixão, convicção, num modo tocantemente ligado ao cantar das letras; em ocasiões sussurando; por vezes cantando-as como se saíssem das visceras, do fundo de seu coração. Falavam de temas psicológicos envolvendo traumas familiares, conseqüências desses conflitos e a ausência da figura paterna. Alive fala do garoto que descobre, pela sua mãe, que seu pai verdadeiro não era o que conhecia. Que toda a sua vida o homem que acreditara ser seu pai (e há razões para acreditar que esse pai não o tratava muito bem) não era seu verdadeiro pai. A perturbação psicológica e o comportamento homicida manifestaram-se em Once, sua continuação. Em Footsteps temos o rapaz, já mais crescido, na cela de uma cadeia, completando a mini-ópera de Vedder. O tema é todo tocante e as interpretações as mais diversas. Fato é que essas canções permitiram que os rapazes montassem uma das mais importantes bandas do Rock and roll. A essas três canções, Eddie Vedder deu o título de Mamasan Trilogy.
No outono de 1990, surgiu o Mookie Blaylock que em novembro do mesmo ano viria a chamar-se Pearl Jam, nome sugerido por Vedder, que, numa brincadeira, disse ser uma homenagem a uma suposta geléia com poderes alucinógenos que sua avó (chamada Pearl) fazia. O significado mais provável, entretanto, é vindo do baixista da banda, Jeff Ament, segundo ele esse nome teria surgido depois dele assistir uma apresentação das bandas Sonic Youth e Crazy Horse, sem nenhuma relação com geléias ou coisas do tipo.
No DVD Immagine In Cornice, Eddie Vedder diz a um italiano para o qual discursava sobre o tipo de música que tocavam que não sabe o que o nome Pearl Jam significa ("I don't know what it means", em suas próprias palavras.).
O primeiro álbum do grupo, Ten (número da camisa de Mookie Blaylock no time de basquete New Jersey Nets), saiu em 23 de agosto de 1991 e é considerado um dos melhores álbuns do grunge, e do rock em geral nos últimos tempos.[7] Possui canções belas e inesquecíveis como Alive (o grande sucesso radiofônico do disco, que levou o Pearl Jam a ser conhecido nos quatro cantos do mundo), Oceans, Black e Release, outras pesadas e raivosas típicas do grunge, como Once e Why Go, além de outras excelentes por si só, como Jeremy (outro grande sucesso radiofônico, cuja letra trata de um garoto de que Vedder tinha ouvido falar, que havia cometido suicidio numa sala de aulas de uma escola americana[8]), Porch e Even Flow. Com a excessiva execução desse disco nas rádios e MTVs, a banda vai ficando bastante conhecida — logo Vedder começaria a sentir o peso desse sucesso —, e o álbum chega assim ao Top Ten americano. A banda ganha o prêmio de Video of the Year da MTV, com o clipe de Jeremy, que muitos consideravam apelativo, além de vários outros prêmios. O destaque final fica por conta das emotivas letras escritas por Vedder, responsáveis em parte pela sintonia imediata do público com a banda. Ele costuma dizer que suas letras são para serem interpretadas por cada um como bem entender, podendo até gerar interpretações distintas dependendo do ouvinte.
Em 16 de outubro de 1991, o baterista Dave Abbruzzese substituiu Dave Krusen, que, segundo consta, preferiu juntar-se à banda do programa "Saturday Night Live" (mal sabia ele que o Pearl Jam se tornaria um caso sério de sucesso).
Em 1992, a banda participa do filme Singles (Vida de Solteiro no Brasil), do diretor americano Cameron Crowe. Nesse filme, é feito um retrato da geração grunge de Seattle e várias bandas da cidade aparecem tocando, como por exemplo, o Alice in Chains. Alguns dos membros do Pearl Jam fazem parte da banda de Matt Dillon, chamada Citizen Dick, sendo que Vedder é o baterista.
A banda participa ainda de um mini-acústico para a MTV, em que eles tocam algumas canções do primeiro disco, além de uma música que saiu na trilha sonora do filme Singles (chamada State of Love and Trust, e que tinha o estilo de Ten) e uma música cover de Neil Young, chamada Rockin’ in the Free World (que a banda também tocou e toca até hoje em vários concertos).
Nessa apresentação, Vedder protagoniza um show particular ao final, quando sobe no banquinho em que estava sentado e com uma caneta escreve vários slogans em seu corpo, em particular, alguns a favor de um instituição ambiental chamada Earth First (ele possui uma tatuagem em sua perna com o logotipo dessa instituição, de que é sócio).
O grupo volta ao estúdio para gravar o seu segundo disco. Vs. foi lançado em 8 de outubro de 1993 e chegou ao primeiro lugar de vendagens em tempo recorde: 24 horas. Só na primeira semana, o disco vendeu mais de 950 mil unidades, quebrando com folga um recorde que antes era do Guns n' Roses.[9] A principio, ele iria se chamar 5 Against 1, mas, na última hora, a banda resolveu chamá-lo simplesmente de Vs. (aliás, esse título não está escrito em nenhum lugar do CD, a exemplo do que fez o Led Zeppelin em seu quarto disco).
A banda mostra definitivamente que pode ir além do que faz a maioria das bandas grunges, que nessa época já estavam fazendo muito sucesso. Possui excelentes canções como Animal, Daughter, Elderly Woman Behind a Counter in a Small Town, Rearviewmirror, WMA, Leash e Indifference. Cada canção transborda de sentimento e garra, mostrando uma banda bem entrosada.
Mas nem tudo são flores: Vedder experimenta cada vez mais o que é ser um rock star, e isso o incomoda. Mas a banda não diminui o ritmo intenso. Ainda em 1993, Eddie participa de um show no Rock and Roll Hall of Fame ao lado dos ex-membros do The Doors, Ray Manzarek, John Densmore e Robby Krieger. Lá, eles cantam três músicas do inesquecível grupo de Los Angeles: Roadhouse Blues, Break on Through e Light My Fire. Para fechar o ano, a banda aparece numa apresentação para o MTV Music Video Awards, para tocar a nova música Animal e com Neil Young no palco para a última música, Rockin’ in the Free World.
Em março de 1994, o grupo começou uma dura batalha com a Ticketmaster, a maior empresa de ingressos dos EUA. A banda pretendia baratear o preço das entradas dos seus shows de verão, já que os preços eram estipulados pela empresa, que ficava com a maior parte dos lucros. Sem conseguir encontrar lugares que não tivessem contratos exclusivos com a Ticketmaster e sem apoio efectivo dos outros grupos musicais, o Pearl Jam foi obrigado a cancelar a excursão.
O terceiro álbum do Pearl Jam, Vitalogy, foi lançado em 6 de dezembro de 1994. O álbum saiu primeiramente numa edição especial de vinil, passando a ser comercializado também em CD e cassete apenas duas semanas depois. Esse disco mostra um Pearl Jam ainda criativo e contagiante, com Vedder escrevendo ótimas letras e criando excelentes melodias e os instrumentistas bem afiados e mostrando muita garra (além de uma boa dose de experimentalismos, como nas faixas Bugs, Pry To, Aye Davanita e a estranhíssima última faixa, Stupid Mop). Algumas músicas que se destacam são Last Exit, Spin the Black Circle (uma das músicas com maior sonoridade punk do Pearl Jam – o título é uma referência ao fato de Vitalogy ter sido também lançado em vinil), Whipping (composta originalmente para sair no disco Vs), Better Man (que Vedder compôs nos tempos de Bad Radio), a belíssima Corduroy e a balada Immortality (que a banda insiste em afirmar que não é uma homenagem a Kurt Cobain).
Dave Abbruzzese é demitido, segundo consta, por ter um modo diferente de encarar a fama e o sucesso em relação aos outros integrantes da banda[10] e, em janeiro do ano seguinte, a banda anuncia oficialmente que Jack Irons (ex Red Hot Chili Peppers e Eleven) assume as baquetas no Pearl Jam, durante a transmissão do Monkey Wrench Radio Special. O programa de rádio contou ainda com Dave Grohl, Krist Novoselic, Soundgarden e Mudhoney.
A essa altura, Vs. já tinha seis discos de platina, Ten, nove e Vitalogy, cinco. No mesmo ano, o Pearl Jam excursiona com Neil Young. A turnê rende Mirrorball, disco solo do roqueiro, mas também Merkinball, composto pelas músicas I Got ID e Long Road. Em fevereiro de 1996, o Pearl Jam ganha seu primeiro Grammy, na categoria Melhor Performance de Hard Rock por Spin the Black Circle.
Na metade de 1995, a situação entre os membros da banda volta a ficar delicada, após um show em San Francisco, em que Eddie deixa o palco após a sétima música, alegando estar debilitado fisicamente por causa de algo que comera no hotel. Neil Young, que estava com a banda se preparando para divulgar Mirrorball, gentilmente termina o show no lugar de Eddie, mas sem evitar que a banda ficasse incomodada com seu vocalista. Eles decidem se separar por algum tempo, para descansar e tentar temporariamente levar uma vida normal, cancelando assim os próximos shows agendados.
Isso não ocorre. Os membros da banda aparentemente não conseguiram ficar longe da música e do Pearl Jam em si. Eles voltaram a se reunir uma semana após a separação e, depois de fazer as pazes e traçar novos objetivos, voltam à turnê que fora brevemente interrompida.
Em 1996, voltam ao estúdio e, em agosto do mesmo ano, lançam No Code, que pode ser considerado um marco na carreira da banda. É o disco mais eclético e variado do quinteto, no que diz respeito a influências, sonoridades e estilos. Possui excelentes músicas, como In My Tree (com uma batida tribal empolgante, parecida com a música WMA, do disco Vs., que já mostrava como a banda podia variar em suas músicas), Hail, Hail, Red Mosquito, Lukin (homenagem a Matt Lukin, então baixista do Mudhoney), a magnífica Present Tense (segundo algumas pessoas, o nome seria uma homenagem ao guitarrista Pete Townshend, da banda The Who), Smile, Who You Are.
A banda continua com sua política de não divulgar o álbum comercialmente pelos meios normais, nem lançando vídeos pela MTV (a banda só os fez para o disco Ten) nem dando entrevistas e nem se apresentando em programas de TV. A imprensa em geral, naturalmente, continua a boicotá-los, mas a banda não se comove e continua a fazer aquilo em que acredita. Enquanto a imprensa detona o quinteto (e principalmente Eddie Vedder), vários artistas os defendem, entre eles Michael Stipe, do REM, e Courtney Love, do Hole, dando assim mais credibilidade à banda e fazendo com que os fiéis e verdadeiros fãs do Pearl Jam continuem a segui-los.
Obviamente, No Code não foi um retumbante sucesso comercial, mas mesmo assim vendeu bem, e a banda parte para um nova turnê de quase dois anos, sempre com bons públicos. É importante dizer também que o grupo perdeu um pequena parcela de fãs antigos, que gostavam mais da época grunge do quinteto, com suas músicas raivosas e pesadas, mas mesmo assim o Pearl Jam continuou a ser uma das bandas mais conhecidas do mundo.
Depois da extensa turnê de divulgação, o Pearl Jam volta ao estúdio e passa o resto de 1997 trabalhando em novo material. O resultado, lançado em fevereiro de 1998, é chamado de Yield. Boas críticas e vendagens relativamente boas também marcam esse lançamento, mas sem a euforia que marcou os dois primeiros discos da banda, na época em que eles eram os principais destaques da MTV e do rádio.
Esse disco é bem parecido com No Code: mostra a banda mais madura e competente nas suas composições e arranjos instrumentais, com músicas mais voltadas ao Rock 'n roll normal, livrando-se definitivamente do estigma de banda grunge. São vários os destaques do disco, como Brain of J, Do the Evolution, Faithfull, Given to Fly (que tem uma levada muito parecida com Going to California do Led Zeppelin), In Hiding e MFC. Nesse disco, a banda volta atrás em uma das atitudes da postura anticomercial levada a cabo por eles, aquela mais afetou os fãs (e por isso mesmo eles acabaram cedendo): a não produção de clipes. Eles fazem um vídeo para a faixa Do the Evolution. Todo feito em desenho animado, produzido por Todd McFarlane, criador do personagem de revistas em quadrinhos e cinema Spawn, o clipe é transmitido exaustivamente pela MTV ao redor do mundo.
Depois do lançamento do álbum, Irons sai da banda por problemas de saúde, e Matt Cameron (que havia ficado sem banda depois do fim do Soundgarden) assume as baquetas. Ainda em 1998, dois novos lançamentos da banda: o vídeo Single Video Theory, onde a banda aparece tocando músicas do último álbum, e o primeiro disco ao vivo do grupo, Live On Two Legs (o título é uma referência a Death On Two Legs, primeira música do clássico álbum A Night at the Opera, do Queen). Nesse álbum, a banda aparece tocando músicas de todos os seus cinco discos e fecha com mais um cover de Neil Young, Fuckin’ Up.
No ano de 1999, o Pearl Jam participou de um disco em benefício das vítimas da guerra de Kosovo, chamado No Boundaries (no Brasil, Sem Fronteiras). O grupo aparece com as músicas Last Kiss e Soldier of Love. A primeira é uma balada, que na verdade não é do Pearl Jam, mas, sim, de um cantor dos anos 60, Wayne Cochran; o Pearl Jam apenas regravou a música quase quatro décadas depois, e ela sem querer se transformou no single de maior sucesso da banda.
Ainda em 1999, o Pearl Jam volta a trabalhar na gravação de um novo disco, o sexto de estúdio. O resultado é lançado em maio de 2000 e chama-se Binaural. Produzido por Tchad Blake e mixado por Brendan O 'Brian, Binaural pode ser comparado com Yield e No Code, por mostrar a banda mais contida, sem o peso e a agressividade de antigamente, mas ainda com muita criatividade e competência, sendo visível a maturidade das composições e melodias criadas pelo quinteto. Destaque para as músicas God's Dice, Nothing As It Seems (primeiro single do álbum, considerada por Mike a melhor composição da banda), Light Years, Soon Forget (apenas Eddie na voz e ukelele), Sleight of Hand e Grievance. A produção de Binaural realça em algumas músicas uma atmosfera meio depressiva e pesada, como em Nothing As It Seems e Sleight of Hand. As letras foram feitas por Stone Gossard, Eddie Vedder e Jeff Ament, diferente de antigamente, quando Vedder era o letrista quase que exclusivo. Vale destacar que o grupo continua a distribuir os seus álbuns em caixinhas especiais (isso acontece desde o terceiro disco, Vitalogy), para evitar que o trabalho chegue mais caro às lojas devido à tradicional caixinha de plástico que é produzida por uma única empresa nos EUA. Outra novidade é o lançamento de diversos "bootlegs oficiais": são discos contendo gravações de concertos da banda ao redor do mundo, por preços mais acessíveis.
No mesmo ano, uma tragédia marcou o grupo: durante sua apresentação no Roskilde, na Dinamarca, nove pessoas morreram esmagadas. Abalada, a banda decidiu que não tocaria em festivais ou em frente de grandes platéias por um período. Entre os concertos da banda naquele ano, este foi o único que não constou dos 72 "bootlegs oficiais".
Em 2002, a banda volta ao estúdio para gravar seu sétimo disco, ao lado do produtor de Adam Kasper. Em outubro sai o primeiro single, para a música I am Mine, e no mês seguinte é lançado Riot Act. A banda volta a apresentar também um clipe, para a canção I am Mine (o último tinha sido para Do the Evolution do disco Yield), além de anunciar que pretende novamente lançar os "bootlegs oficiais", a exemplo da turnê do disco anterior.
Em 2003, os lançamentos da banda foram a coletânea de b-sides Lost Dogs e o DVD Pearl Jam at the Garden, que traz uma apresentação do quinteto em Nova York (sexteto, se contarmos o tecladista Boom Gaspar), com participações especiais de Ben Harper, Steve Diggle e Tony Barber. Até aquele momento, o grupo já havia lançado dois vídeos: Touring Band, que traz a banda em ação durante a turnê de Binaural, além do já citado Single Video Theory, que traz os bastidores das gravações do disco Yield. Outro fato importante de 2003 foi o fim do contrato com a Epic, que lançara todos os discos do grupo até então.
Em 2004, a banda lança o disco duplo Live at Benaroya Hall, que traz uma performance acústica da banda realizada em outubro de 2003, em prol da organização beneficente Youth Care. No show, a banda apresenta uma música inédita, Man of the Hour, da trilha sonora do então recém-lançado filme Big Fish, do diretor Tim Burton. O show ainda conta com interpretações de dois grandes sucessos da banda, Immortality e Crazy Mary, esta com destaque para o solo de teclados de Boom Gaspar.
Em 2 de maio de 2006, a banda lançou Pearl Jam. O álbum, auto-intitulado, traz como destaque o excelente trabalho de guitarras de Gossard e McCready. O discurso do álbum, ao longo de suas 13 faixas, é na sua maioria antiguerra, criticando severamente, à semelhança de Riot Act, o governo de George W. Bush. O single World Wide Suicide foi disponibilizado meses antes do lançamento oficial do álbum de forma gratuita no site oficial da banda.
Pearl Jam foi o primeiro trabalho da banda fora da Epic. Quando perguntado sobre a simplicidade do nome do álbum, Eddie respondeu: "Há tanta informação nas canções e nas letras, que dá a sensação que mais um título seria pretensão demais." O primeiro single do álbum foi World Wide Suicide, e Inside Job foi a primeira letra de McCready a entrar em um álbum da banda. Como forma de divulgação do álbum, a banda tocou duas músicas do novo álbum (World Wide Suicide e Severed Hand) no humorístico Saturday Night Live. Fazia doze anos desde a última apresentação da banda no programa.
Entre 2006 e 2007 a banda realizou várias turnês pelos Estados Unidos e Europa para promover o álbum Pearl Jam. Em 2007 lançou o DVD Live in Cornice, relativo aos espectáculos da banda em 2006 na Itália. No inicio de 2008 Eddie Vedder realizou uma turné pelos Estados Unidos dando a conhecer o seu trabalho no projecto Into the Wild. No mesmo ano a banda começou também a sua turnê em solo norte-americano com doze concertos marcados, acabando por dar treze. Foi anunciado antes do inicio da turnê que todos os concertos iriam ser colocados a venda fazendo da banda recordista em discos ao vivo[4], sendo que algumas músicas de cada concerto seriam também disponibilizadas para telemóvel.[11] Também em 2008 foi confirmado por Mike McCready que a banda está a preparar um novo álbum, voltando a ter Brendan O'Brien como produtor.[12]
Em setembro de 2009 a banda lançou o seu nono álbum de originais, intitulado Backspacer, que alcançou o 1º lugar na Billboard Top 200 vendendo aproximadamente 350 mil cópias na primeira semana de vendas (sendo que nos dois primeiros dias vendeu 275 mil cópias), produzido por Brendan O'Brien, que já havia produzido Yield, de 1998. O primeiro single deste álbum teve o nome de The Fixer e foi lançado em agosto. No entanto, a primeira música a ser apresentada em público foi Got Some, tocada em directo no Tonight Show de Conan O'Brien. O álbum será lançado sem editora nos Estados Unidos, sendo distribuído no resto do mundo pela Universal Music Group.
Eddie Vedder no centro durante um concerto da banda | |
Informação geral | |
Origem | Seattle, Washington |
País | Estados Unidos |
Gêneros | Rock alternativo, grunge, hard rock |
Período em atividade | 1990 - atualmente |
Gravadoras | J Records Epic Records |
Página oficial | PearlJam.com |
Integrantes | |
Eddie Vedder Stone Gossard Jeff Ament Mike McCready Matt Cameron | |
Ex-integrantes | |
Dave Krusen Matt Chamberlain Dave Abbruzzese Jack Irons |
Pearl Jam é uma banda de rock oriunda da cidade de Seattle, nos Estados Unidos da América, no auge do período do movimento grunge local, e é considerada uma das mais populares e influentes da década de 1990. Eles, junto com Nirvana, Soundgarden, Mother Love Bone, Alice in Chains e Mudhoney, ajudaram a popularizar o movimento grunge no início dos anos 90. Pearl Jam é uma das poucas bandas grunges que continuaram ativas até hoje, mesmo após o fim das suas outras bandas contemporâneas.
A banda detém uma marca inusitada: durante a turnê de Binaural, lançou nada menos que 72 CDs duplos, que traziam na íntegra cada um dos concertos da turnê. Suas atitudes em defesa dos fãs, tais como um processo movido contra a empresa Ticketmaster (que monopoliza o mercado de venda de ingressos em território americano) tornaram-se marcos. No caso contra a distribuidora de ingressos, a banda exigiu na justiça que a empresa reduzisse seus lucros, a fim de diminuir o preço dos ingressos de seus concertos, para que os fãs fossem beneficiados. Somando-se isso ao engajamento político e em causas de ajuda humanitária, o Pearl Jam tornou-se uma das mais idolatradas e respeitadas bandas da história do rock vendendo ate a data cerca de 30 Milhões de discos nos Estados Unidos[1], e 60 Milhões em todo o mundo.[2][3], e sendo a banda recordista de álbuns ao vivo[4]
O embrião do Pearl Jam foram outras pequenas bandas de Seattle. Na época a cidade ainda não era reconhecida como grande pólo do Rock 'n roll americano, sendo lembrada apenas por ser a terra natal de Jimi Hendrix.
O guitarrista Stone Gossard e o baixista Jeff Ament eram amigos e formaram uma banda de hard rock chamada Green River, ao lado do guitarrista Steve Turner e do vocalista Mark Arm, em 1984.[5] Chegaram a gravar e lançar um disco, chamado Rehad Doll, além de um EP, pelo selo local Sub Pop.
Mas em 1988, a banda resolve se separar, sendo que Arm e Turner formariam logo depois o Mudhoney, uma das bandas primordiais do grunge. Jeff e Stone continuam juntos e, juntamente com o baterista Jeff Turner e o vocalista Andrew Wood, formam uma nova banda, chamada Mother Love Bone. Assinam um contrato com a Geffen Records e lançam em 1989 o EP Shine e, em 1990, um álbum chamado Apple. A banda começa a fazer sucesso nos EUA, quando, logo depois do lançamento de Apple, em 16 de março de 1990, morre o vocalista Wood, vítima de uma overdose de heroína.
Chris Cornell, amigo de Andrew Wood, sugeriu um disco tributo para Wood. Nascia então o Temple Of The Dog, projeto que reuniu integrantes do Mother Love Bone e do Soundgarden. Para a guitarra solo, convocaram o ainda iniciante Mike McCready, que já tocava, nesse meio-tempo, com Jeff e Stone os instrumentais que Stone havia composto mas que ainda não haviam sido gravados. Stone, Jeff e Mike haviam, na época do Temple, recentemente encontrado um vocalista para os instrumentais que tocavam: Eddie Vedder, vocalista de Evanston, indicado por um amigo comum: Jack Irons, baterista da primeira formação do grupo californiano Red Hot Chili Peppers. Devido ao grande talento de Eddie Vedder, este fora convidado a gravar vocais de fundo para o Temple of the Dog. Este supergrupo de Seattle lançou seu disco homônimo em 1991 e emplacou a música Hunger Strike nas paradas. Porém, Stone, Jeff e Mike estavam agora mais centrados no conjunto que formaram com Vedder.
Conforme citado acima, Eddie Vedder juntou-se a Stone, Jeff e Mike por meio de Jack Irons, que posteriormente viria a ser o baterista do Pearl Jam no período entre 1994 e 1998. Irons enviou, após audição dos intrumentais de Stone e grupo (tocados com a ajuda de Matt Cameron, baterista do Soundgarden e do Temple of the Dog), um fita demo para Eddie Vedder. Os grooves cheios de energia e dinamismo de Stone inspiraram Eddie a compor as letras (todas no mesmo dia) para os três instrumentais contidos na fita (Eddie tinha as três letras na cabeça depois de uma tarde surfando). Tornaram-se assim as músicas que futuramente fariam-se sucesso na banda sendo duas do álbum "Ten": Alive, Once e Footsteps[6], esta lançada no single Jeremy. O que mais impressionou Stone e os outros foi o fato de que as letras que retornaram cantadas no canal sobressalente da fita eram marcantes, fortes e instigantes. E extremamente pessoais, cantadas por Eddie com extrema paixão, convicção, num modo tocantemente ligado ao cantar das letras; em ocasiões sussurando; por vezes cantando-as como se saíssem das visceras, do fundo de seu coração. Falavam de temas psicológicos envolvendo traumas familiares, conseqüências desses conflitos e a ausência da figura paterna. Alive fala do garoto que descobre, pela sua mãe, que seu pai verdadeiro não era o que conhecia. Que toda a sua vida o homem que acreditara ser seu pai (e há razões para acreditar que esse pai não o tratava muito bem) não era seu verdadeiro pai. A perturbação psicológica e o comportamento homicida manifestaram-se em Once, sua continuação. Em Footsteps temos o rapaz, já mais crescido, na cela de uma cadeia, completando a mini-ópera de Vedder. O tema é todo tocante e as interpretações as mais diversas. Fato é que essas canções permitiram que os rapazes montassem uma das mais importantes bandas do Rock and roll. A essas três canções, Eddie Vedder deu o título de Mamasan Trilogy.
No outono de 1990, surgiu o Mookie Blaylock que em novembro do mesmo ano viria a chamar-se Pearl Jam, nome sugerido por Vedder, que, numa brincadeira, disse ser uma homenagem a uma suposta geléia com poderes alucinógenos que sua avó (chamada Pearl) fazia. O significado mais provável, entretanto, é vindo do baixista da banda, Jeff Ament, segundo ele esse nome teria surgido depois dele assistir uma apresentação das bandas Sonic Youth e Crazy Horse, sem nenhuma relação com geléias ou coisas do tipo.
No DVD Immagine In Cornice, Eddie Vedder diz a um italiano para o qual discursava sobre o tipo de música que tocavam que não sabe o que o nome Pearl Jam significa ("I don't know what it means", em suas próprias palavras.).
O primeiro álbum do grupo, Ten (número da camisa de Mookie Blaylock no time de basquete New Jersey Nets), saiu em 23 de agosto de 1991 e é considerado um dos melhores álbuns do grunge, e do rock em geral nos últimos tempos.[7] Possui canções belas e inesquecíveis como Alive (o grande sucesso radiofônico do disco, que levou o Pearl Jam a ser conhecido nos quatro cantos do mundo), Oceans, Black e Release, outras pesadas e raivosas típicas do grunge, como Once e Why Go, além de outras excelentes por si só, como Jeremy (outro grande sucesso radiofônico, cuja letra trata de um garoto de que Vedder tinha ouvido falar, que havia cometido suicidio numa sala de aulas de uma escola americana[8]), Porch e Even Flow. Com a excessiva execução desse disco nas rádios e MTVs, a banda vai ficando bastante conhecida — logo Vedder começaria a sentir o peso desse sucesso —, e o álbum chega assim ao Top Ten americano. A banda ganha o prêmio de Video of the Year da MTV, com o clipe de Jeremy, que muitos consideravam apelativo, além de vários outros prêmios. O destaque final fica por conta das emotivas letras escritas por Vedder, responsáveis em parte pela sintonia imediata do público com a banda. Ele costuma dizer que suas letras são para serem interpretadas por cada um como bem entender, podendo até gerar interpretações distintas dependendo do ouvinte.
Em 16 de outubro de 1991, o baterista Dave Abbruzzese substituiu Dave Krusen, que, segundo consta, preferiu juntar-se à banda do programa "Saturday Night Live" (mal sabia ele que o Pearl Jam se tornaria um caso sério de sucesso).
Em 1992, a banda participa do filme Singles (Vida de Solteiro no Brasil), do diretor americano Cameron Crowe. Nesse filme, é feito um retrato da geração grunge de Seattle e várias bandas da cidade aparecem tocando, como por exemplo, o Alice in Chains. Alguns dos membros do Pearl Jam fazem parte da banda de Matt Dillon, chamada Citizen Dick, sendo que Vedder é o baterista.
A banda participa ainda de um mini-acústico para a MTV, em que eles tocam algumas canções do primeiro disco, além de uma música que saiu na trilha sonora do filme Singles (chamada State of Love and Trust, e que tinha o estilo de Ten) e uma música cover de Neil Young, chamada Rockin’ in the Free World (que a banda também tocou e toca até hoje em vários concertos).
Nessa apresentação, Vedder protagoniza um show particular ao final, quando sobe no banquinho em que estava sentado e com uma caneta escreve vários slogans em seu corpo, em particular, alguns a favor de um instituição ambiental chamada Earth First (ele possui uma tatuagem em sua perna com o logotipo dessa instituição, de que é sócio).
O grupo volta ao estúdio para gravar o seu segundo disco. Vs. foi lançado em 8 de outubro de 1993 e chegou ao primeiro lugar de vendagens em tempo recorde: 24 horas. Só na primeira semana, o disco vendeu mais de 950 mil unidades, quebrando com folga um recorde que antes era do Guns n' Roses.[9] A principio, ele iria se chamar 5 Against 1, mas, na última hora, a banda resolveu chamá-lo simplesmente de Vs. (aliás, esse título não está escrito em nenhum lugar do CD, a exemplo do que fez o Led Zeppelin em seu quarto disco).
A banda mostra definitivamente que pode ir além do que faz a maioria das bandas grunges, que nessa época já estavam fazendo muito sucesso. Possui excelentes canções como Animal, Daughter, Elderly Woman Behind a Counter in a Small Town, Rearviewmirror, WMA, Leash e Indifference. Cada canção transborda de sentimento e garra, mostrando uma banda bem entrosada.
Mas nem tudo são flores: Vedder experimenta cada vez mais o que é ser um rock star, e isso o incomoda. Mas a banda não diminui o ritmo intenso. Ainda em 1993, Eddie participa de um show no Rock and Roll Hall of Fame ao lado dos ex-membros do The Doors, Ray Manzarek, John Densmore e Robby Krieger. Lá, eles cantam três músicas do inesquecível grupo de Los Angeles: Roadhouse Blues, Break on Through e Light My Fire. Para fechar o ano, a banda aparece numa apresentação para o MTV Music Video Awards, para tocar a nova música Animal e com Neil Young no palco para a última música, Rockin’ in the Free World.
Em março de 1994, o grupo começou uma dura batalha com a Ticketmaster, a maior empresa de ingressos dos EUA. A banda pretendia baratear o preço das entradas dos seus shows de verão, já que os preços eram estipulados pela empresa, que ficava com a maior parte dos lucros. Sem conseguir encontrar lugares que não tivessem contratos exclusivos com a Ticketmaster e sem apoio efectivo dos outros grupos musicais, o Pearl Jam foi obrigado a cancelar a excursão.
O terceiro álbum do Pearl Jam, Vitalogy, foi lançado em 6 de dezembro de 1994. O álbum saiu primeiramente numa edição especial de vinil, passando a ser comercializado também em CD e cassete apenas duas semanas depois. Esse disco mostra um Pearl Jam ainda criativo e contagiante, com Vedder escrevendo ótimas letras e criando excelentes melodias e os instrumentistas bem afiados e mostrando muita garra (além de uma boa dose de experimentalismos, como nas faixas Bugs, Pry To, Aye Davanita e a estranhíssima última faixa, Stupid Mop). Algumas músicas que se destacam são Last Exit, Spin the Black Circle (uma das músicas com maior sonoridade punk do Pearl Jam – o título é uma referência ao fato de Vitalogy ter sido também lançado em vinil), Whipping (composta originalmente para sair no disco Vs), Better Man (que Vedder compôs nos tempos de Bad Radio), a belíssima Corduroy e a balada Immortality (que a banda insiste em afirmar que não é uma homenagem a Kurt Cobain).
Dave Abbruzzese é demitido, segundo consta, por ter um modo diferente de encarar a fama e o sucesso em relação aos outros integrantes da banda[10] e, em janeiro do ano seguinte, a banda anuncia oficialmente que Jack Irons (ex Red Hot Chili Peppers e Eleven) assume as baquetas no Pearl Jam, durante a transmissão do Monkey Wrench Radio Special. O programa de rádio contou ainda com Dave Grohl, Krist Novoselic, Soundgarden e Mudhoney.
A essa altura, Vs. já tinha seis discos de platina, Ten, nove e Vitalogy, cinco. No mesmo ano, o Pearl Jam excursiona com Neil Young. A turnê rende Mirrorball, disco solo do roqueiro, mas também Merkinball, composto pelas músicas I Got ID e Long Road. Em fevereiro de 1996, o Pearl Jam ganha seu primeiro Grammy, na categoria Melhor Performance de Hard Rock por Spin the Black Circle.
Na metade de 1995, a situação entre os membros da banda volta a ficar delicada, após um show em San Francisco, em que Eddie deixa o palco após a sétima música, alegando estar debilitado fisicamente por causa de algo que comera no hotel. Neil Young, que estava com a banda se preparando para divulgar Mirrorball, gentilmente termina o show no lugar de Eddie, mas sem evitar que a banda ficasse incomodada com seu vocalista. Eles decidem se separar por algum tempo, para descansar e tentar temporariamente levar uma vida normal, cancelando assim os próximos shows agendados.
Isso não ocorre. Os membros da banda aparentemente não conseguiram ficar longe da música e do Pearl Jam em si. Eles voltaram a se reunir uma semana após a separação e, depois de fazer as pazes e traçar novos objetivos, voltam à turnê que fora brevemente interrompida.
Em 1996, voltam ao estúdio e, em agosto do mesmo ano, lançam No Code, que pode ser considerado um marco na carreira da banda. É o disco mais eclético e variado do quinteto, no que diz respeito a influências, sonoridades e estilos. Possui excelentes músicas, como In My Tree (com uma batida tribal empolgante, parecida com a música WMA, do disco Vs., que já mostrava como a banda podia variar em suas músicas), Hail, Hail, Red Mosquito, Lukin (homenagem a Matt Lukin, então baixista do Mudhoney), a magnífica Present Tense (segundo algumas pessoas, o nome seria uma homenagem ao guitarrista Pete Townshend, da banda The Who), Smile, Who You Are.
A banda continua com sua política de não divulgar o álbum comercialmente pelos meios normais, nem lançando vídeos pela MTV (a banda só os fez para o disco Ten) nem dando entrevistas e nem se apresentando em programas de TV. A imprensa em geral, naturalmente, continua a boicotá-los, mas a banda não se comove e continua a fazer aquilo em que acredita. Enquanto a imprensa detona o quinteto (e principalmente Eddie Vedder), vários artistas os defendem, entre eles Michael Stipe, do REM, e Courtney Love, do Hole, dando assim mais credibilidade à banda e fazendo com que os fiéis e verdadeiros fãs do Pearl Jam continuem a segui-los.
Obviamente, No Code não foi um retumbante sucesso comercial, mas mesmo assim vendeu bem, e a banda parte para um nova turnê de quase dois anos, sempre com bons públicos. É importante dizer também que o grupo perdeu um pequena parcela de fãs antigos, que gostavam mais da época grunge do quinteto, com suas músicas raivosas e pesadas, mas mesmo assim o Pearl Jam continuou a ser uma das bandas mais conhecidas do mundo.
Depois da extensa turnê de divulgação, o Pearl Jam volta ao estúdio e passa o resto de 1997 trabalhando em novo material. O resultado, lançado em fevereiro de 1998, é chamado de Yield. Boas críticas e vendagens relativamente boas também marcam esse lançamento, mas sem a euforia que marcou os dois primeiros discos da banda, na época em que eles eram os principais destaques da MTV e do rádio.
Esse disco é bem parecido com No Code: mostra a banda mais madura e competente nas suas composições e arranjos instrumentais, com músicas mais voltadas ao Rock 'n roll normal, livrando-se definitivamente do estigma de banda grunge. São vários os destaques do disco, como Brain of J, Do the Evolution, Faithfull, Given to Fly (que tem uma levada muito parecida com Going to California do Led Zeppelin), In Hiding e MFC. Nesse disco, a banda volta atrás em uma das atitudes da postura anticomercial levada a cabo por eles, aquela mais afetou os fãs (e por isso mesmo eles acabaram cedendo): a não produção de clipes. Eles fazem um vídeo para a faixa Do the Evolution. Todo feito em desenho animado, produzido por Todd McFarlane, criador do personagem de revistas em quadrinhos e cinema Spawn, o clipe é transmitido exaustivamente pela MTV ao redor do mundo.
Depois do lançamento do álbum, Irons sai da banda por problemas de saúde, e Matt Cameron (que havia ficado sem banda depois do fim do Soundgarden) assume as baquetas. Ainda em 1998, dois novos lançamentos da banda: o vídeo Single Video Theory, onde a banda aparece tocando músicas do último álbum, e o primeiro disco ao vivo do grupo, Live On Two Legs (o título é uma referência a Death On Two Legs, primeira música do clássico álbum A Night at the Opera, do Queen). Nesse álbum, a banda aparece tocando músicas de todos os seus cinco discos e fecha com mais um cover de Neil Young, Fuckin’ Up.
No ano de 1999, o Pearl Jam participou de um disco em benefício das vítimas da guerra de Kosovo, chamado No Boundaries (no Brasil, Sem Fronteiras). O grupo aparece com as músicas Last Kiss e Soldier of Love. A primeira é uma balada, que na verdade não é do Pearl Jam, mas, sim, de um cantor dos anos 60, Wayne Cochran; o Pearl Jam apenas regravou a música quase quatro décadas depois, e ela sem querer se transformou no single de maior sucesso da banda.
Ainda em 1999, o Pearl Jam volta a trabalhar na gravação de um novo disco, o sexto de estúdio. O resultado é lançado em maio de 2000 e chama-se Binaural. Produzido por Tchad Blake e mixado por Brendan O 'Brian, Binaural pode ser comparado com Yield e No Code, por mostrar a banda mais contida, sem o peso e a agressividade de antigamente, mas ainda com muita criatividade e competência, sendo visível a maturidade das composições e melodias criadas pelo quinteto. Destaque para as músicas God's Dice, Nothing As It Seems (primeiro single do álbum, considerada por Mike a melhor composição da banda), Light Years, Soon Forget (apenas Eddie na voz e ukelele), Sleight of Hand e Grievance. A produção de Binaural realça em algumas músicas uma atmosfera meio depressiva e pesada, como em Nothing As It Seems e Sleight of Hand. As letras foram feitas por Stone Gossard, Eddie Vedder e Jeff Ament, diferente de antigamente, quando Vedder era o letrista quase que exclusivo. Vale destacar que o grupo continua a distribuir os seus álbuns em caixinhas especiais (isso acontece desde o terceiro disco, Vitalogy), para evitar que o trabalho chegue mais caro às lojas devido à tradicional caixinha de plástico que é produzida por uma única empresa nos EUA. Outra novidade é o lançamento de diversos "bootlegs oficiais": são discos contendo gravações de concertos da banda ao redor do mundo, por preços mais acessíveis.
No mesmo ano, uma tragédia marcou o grupo: durante sua apresentação no Roskilde, na Dinamarca, nove pessoas morreram esmagadas. Abalada, a banda decidiu que não tocaria em festivais ou em frente de grandes platéias por um período. Entre os concertos da banda naquele ano, este foi o único que não constou dos 72 "bootlegs oficiais".
Em 2002, a banda volta ao estúdio para gravar seu sétimo disco, ao lado do produtor de Adam Kasper. Em outubro sai o primeiro single, para a música I am Mine, e no mês seguinte é lançado Riot Act. A banda volta a apresentar também um clipe, para a canção I am Mine (o último tinha sido para Do the Evolution do disco Yield), além de anunciar que pretende novamente lançar os "bootlegs oficiais", a exemplo da turnê do disco anterior.
Em 2003, os lançamentos da banda foram a coletânea de b-sides Lost Dogs e o DVD Pearl Jam at the Garden, que traz uma apresentação do quinteto em Nova York (sexteto, se contarmos o tecladista Boom Gaspar), com participações especiais de Ben Harper, Steve Diggle e Tony Barber. Até aquele momento, o grupo já havia lançado dois vídeos: Touring Band, que traz a banda em ação durante a turnê de Binaural, além do já citado Single Video Theory, que traz os bastidores das gravações do disco Yield. Outro fato importante de 2003 foi o fim do contrato com a Epic, que lançara todos os discos do grupo até então.
Em 2004, a banda lança o disco duplo Live at Benaroya Hall, que traz uma performance acústica da banda realizada em outubro de 2003, em prol da organização beneficente Youth Care. No show, a banda apresenta uma música inédita, Man of the Hour, da trilha sonora do então recém-lançado filme Big Fish, do diretor Tim Burton. O show ainda conta com interpretações de dois grandes sucessos da banda, Immortality e Crazy Mary, esta com destaque para o solo de teclados de Boom Gaspar.
Em 2 de maio de 2006, a banda lançou Pearl Jam. O álbum, auto-intitulado, traz como destaque o excelente trabalho de guitarras de Gossard e McCready. O discurso do álbum, ao longo de suas 13 faixas, é na sua maioria antiguerra, criticando severamente, à semelhança de Riot Act, o governo de George W. Bush. O single World Wide Suicide foi disponibilizado meses antes do lançamento oficial do álbum de forma gratuita no site oficial da banda.
Pearl Jam foi o primeiro trabalho da banda fora da Epic. Quando perguntado sobre a simplicidade do nome do álbum, Eddie respondeu: "Há tanta informação nas canções e nas letras, que dá a sensação que mais um título seria pretensão demais." O primeiro single do álbum foi World Wide Suicide, e Inside Job foi a primeira letra de McCready a entrar em um álbum da banda. Como forma de divulgação do álbum, a banda tocou duas músicas do novo álbum (World Wide Suicide e Severed Hand) no humorístico Saturday Night Live. Fazia doze anos desde a última apresentação da banda no programa.
Entre 2006 e 2007 a banda realizou várias turnês pelos Estados Unidos e Europa para promover o álbum Pearl Jam. Em 2007 lançou o DVD Live in Cornice, relativo aos espectáculos da banda em 2006 na Itália. No inicio de 2008 Eddie Vedder realizou uma turné pelos Estados Unidos dando a conhecer o seu trabalho no projecto Into the Wild. No mesmo ano a banda começou também a sua turnê em solo norte-americano com doze concertos marcados, acabando por dar treze. Foi anunciado antes do inicio da turnê que todos os concertos iriam ser colocados a venda fazendo da banda recordista em discos ao vivo[4], sendo que algumas músicas de cada concerto seriam também disponibilizadas para telemóvel.[11] Também em 2008 foi confirmado por Mike McCready que a banda está a preparar um novo álbum, voltando a ter Brendan O'Brien como produtor.[12]
Em setembro de 2009 a banda lançou o seu nono álbum de originais, intitulado Backspacer, que alcançou o 1º lugar na Billboard Top 200 vendendo aproximadamente 350 mil cópias na primeira semana de vendas (sendo que nos dois primeiros dias vendeu 275 mil cópias), produzido por Brendan O'Brien, que já havia produzido Yield, de 1998. O primeiro single deste álbum teve o nome de The Fixer e foi lançado em agosto. No entanto, a primeira música a ser apresentada em público foi Got Some, tocada em directo no Tonight Show de Conan O'Brien. O álbum será lançado sem editora nos Estados Unidos, sendo distribuído no resto do mundo pela Universal Music Group.
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The Rolling Stones | |
---|---|
Informação geral | |
Origem | Londres, Inglaterra |
País | Reino Unido |
Gêneros | Rock, rock and roll, rhythm and blues, blues |
Período em atividade | 1962 - atualmente |
Gravadoras | Decca, London, Rolling Stones, Virgin, ABKCO, Interscope, Polydor |
Página oficial | www.RollingStones.com |
Integrantes | |
Mick Jagger Keith Richards Ron Wood Charlie Watts | |
Ex-integrantes | |
Brian Jones, Mick Taylor, Bill Wyman |
Os Rolling Stones é uma banda de rock inglesa formada em 25 de Maio de 1962, e que está entre as bandas mais antigas ainda em atividade. Ao lado dos Beatles, foram considerados a banda mais importante da chamada Invasão Britânica ocorrida nos anos 1960, que adicionou diversos artistas ingleses nas paradas norte-americanas.
Formado por Brian Jones, Keith Richards, Mick Jagger, Bill Wyman e Charlie Watts, o grupo calcava sua sonoridade no blues. Em mais de quarenta anos de carreira, hits como Wild Horses, (I Can't Get No) Satisfaction, Start Me Up, Sympathy For The Devil, Jumping Jack Flash, Miss You e Angie fizeram dos Stones uma das mais conhecidas bandas do rock mundial, levando-a a enfrentar todos os grandes clichês do gênero, desde recepções efusivas da crítica até problemas com drogas e conflito de egos, principalmente entre Jagger e Richards. Os Rolling Stones já venderam mais de 500 milhões de álbuns no mundo inteiro.
Índice[esconder] |
Tudo começou em 1960, quando os dois amigos de infância, Mick e Keith, se reencontraram em um trem na estação de Dartford, Inglaterra, e descobriram um interesse em comum por blues e rock and roll. Foram convidados pelo guitarrista Brian Jones em 1962 a montar a definitiva banda de R&B branca, que se chamaria The Rolling Stones, inspirado no nome de uma canção de Muddy Waters, Rollin' Stone, cujo nome foi utilizado oficialmente, pela primeira vez, em sua apresentação no Marquee Club de Londres em 12 de julho de 1962.
O pianista Ian Stewart, amigo de Brian, seria o co-fundador da banda, mas porque sua imagem pessoal não tinha o devido sex-appeal, ele seria rebaixado a gerente de palco, com direito a gravar com a banda mas não de posar como membro. Bill Wyman, que embora já vivesse da noite há muito mais tempo que os demais, seria acrescentado à banda por um motivo fútil: possuía mais de um amplificador. Em janeiro de 1963, Charlie Watts assumiria definitivamente a bateria. A boa repercussão nas apresentações ao vivo somadas à habilidade promocional de seu empresário, levou a banda a um contrato com a Decca Records (então a piada do ano por ter recusado um contrato com os Beatles). Seu empresário promove a banda com uma imagem de rebeldes e cria a pergunta: Você deixaria sua filha se casar com um Rolling Stone?.
Os primeiros singles, um cover de uma canção de Chuck Berry e Muddy Waters de cada lado, Come On/I Want To Be Loved, e uma gravação para uma composição da dupla John Lennon e Paul McCartney, I Wanna Be Your Man, foram bem aceitos. O primeiro álbum, chamado simplesmente The Rolling Stones, saiu em abril de 1964, contendo apenas uma composição de Jagger e Richards. Apenas com Tell Me (You're Coming Back), lançado em junho de 1964, é que uma composição da dupla seria lançada como lado A de um compacto. A partir daí, pouco a pouco o material próprio começou a ser valorizado, tendo em Out Of Our Heads, de 1965, o primeiro de uma série de discos basicamente de composições da dupla Jagger-Richards. É nesse ano que a banda lança seu maior hit em todos os tempos, (I Can't Get No) Satisfaction.
Com o álbum Aftermath, de 1966, a banda começaria uma fase de músicas mais longas e de arranjos mais elaborados. O flerte com o rock psicodélico e experimental teria seu ápice em Their Satanic Majesties Request, de 1967. Com Beggar's Banquet (1968) haveria a volta ao estilo mais próximo ao R&B que os fizeram famosos. São desta época dois dos maiores hits da banda, Jumpin' Jack Flash, que só saiu como compacto e a controversa Sympathy For The Devil - que Mick disse ter se inspirado em uma visita a um centro de candomblé na Bahia - música responsável pela maior parte das acusações de satanismo que a banda iria sofrer desde então.
Em 1969 Brian Jones oficialmente abandona os Stones, sendo substituído por Mick Taylor (que havia tocado com o John Mayall's Bluesbreakers). Poucos dias depois de sua saída, Brian Jones seria encontrado morto afogado na piscina de sua casa em Sussex, em circunstâncias até hoje pouco esclarecidas. Existem duas versões: que ele se afogou sob influência de drogas e álcool, ou que ele foi afogado propositalmente por um dos empreteiros contratados para fazer obras na propriedade. Entretanto, em 1993, um empreteiro conhecido como Frank, assumiu em seu leito de morte ter assassinado Brian Jones através de afogamento. Embora houvesse sido planejado muito tempo antes, dias depois a banda realizou um concerto memorável no Hyde Park, em Londres, diante de um público de 300 mil pessoas, que acabou tendo um significado especial além da apresentação do pouco conhecido novo guitarrista, Mick Taylor. O show aconteceu num palco decorado com uma enorme foto colorida e estourada de Jones. Jagger, vestido de branco, interrompeu a apresentação para ler uma passagem do poema Adonais de Percy Bysshe Shelley, em memória do amigo problemático. Enquanto mais de 3.000 borboletas brancas eram soltas do palco para a platéia emocionada. Os Stones pareciam ter chegado ao fim de uma era. Sem imaginar que a próxima tragédia estava bem próxima.
Em 6 de dezembro de 1969, o grupo chegou a Altamont, na Califórnia, para uma grande apresentação ao ar livre - com uma platéia pelo menos duas vezes maior do que a do Hyde Park. Bem antes dos Stones subirem no palco já havia problemas. A segurança do espetáculo estava sob a responsabilidade de um bando de Hell`s Angels de São Francisco, uma gangue de motoqueiros grossos e arrogantes que não sentiam nada a não ser desprezo pela multidão de mais de 500 mil hippies. Qualquer um que tentasse subir no palco era agredido e escorraçado de volta para a platéia por Angels que portavam tacos de sinuca. Durante a apresentação da banda Jefferson Airplane, que antecedeu a atração principal, fãs estavam sendo carregados para as cabanas da Cruz Vermelha em maior quantidade do que os médicos de plantão podiam dar conta. Quando os Rolling Stones finalmente foram se apresentar, a multidão ficou histérica, e os Hell`s Angels reagiram ficando ainda mais selvagens. Durante a execução de Sympathy for the devil no momento em que Mick finalizava a canção, um jovem hippie Meredith Hunter negro,ataca os seguranças (hells angels) que desde muito antes tratavam o público com hostilidade e violência, em contra partirda, um hell angel apunhala o jovem pelas costas, matando-o . Os Stones tinham noção de que alguma coisa havia acontecido, embora do palco fosse difícil dizer exatamente o quê. No dia seguinte é que os Rolling Stones descobriram que quatro pessoas (incluindo Meredith Hunter) haviam morrido naquele dia. Há versões de que Meredith foi agredido pelos Hell`s Angels por estar acompanhado de uma linda loira, mas ele estava armado com um revolver e o assassino, Alan Passaro, foi julgado alguns anos depois e inocentado por legítima defesa. O que aconteceu naquele dia fatídico está registrado no filme Gimme Shelter, de 1970. Ainda em 1969 os Stones lançaram Let It Bleed (título geralmente visto como sátira a Let It Be, dos Beatles, disco que de fato só seria lançado seis meses depois). Em 1970 sai Get Your Ya-Ya's Out, o primeiro disco ao vivo, com estéreo autêntico e alta fidelidade, gravado de sua apresentação no Madison Square Garden, em Nova York.
Em 1971 a banda passa para a Atlantic Records, que lhes permite estrear o selo próprio, Rolling Stones Records. Nesse ano a banda lança um dos seus álbuns mais curiosos, Sticky Fingers, cuja capa foi idealizada por Andy Warhol com uma foto de uma pélvis atribuída a Jagger e cujo LP original possuía um zíper que podia ser aberto e mostrava uma figura de uma cueca (a despeito da banana do álbum Velvet Underground and Nico). Esse álbum também foi o primeiro a mostrar o famoso logotipo da boca que apesar de ter sido sempre atribuído a Andy Warhol na verdade foi produzido por John Pasche.
Keith Richards encontra-se no sul da França, na mansão utilizada pelos nazistas Villa Nellecote, pelo fato de todos os Stones estarem devendo uma fortuna de imposto de renda na Inglaterra. Esse período foi considerado como o exílio dos Rolling Stones. A intenção da banda, é compor todo o novo álbum (que viria a ser Exile on Main St) para, na sequência, promover uma grande turnê pelos Estados Unidos. O faturamento da tour serviria para quitar os impostos dos Stones na terra da Rainha. Entretanto, os problemas de Keith e sua esposa, Anita Pallemberg, com as drogas acaba por atravancar os trabalhos de composição. Após várias semanas pontuadas por incidentes e trabalhos infrutíferos, Keith e Anita são acusados de tráfico de drogas e obrigados a fugir da França às pressas. A maior parte do disco é composta e gravada em Los Angeles (EUA). Antes da conclusão do trabalho, no entanto, Keith Ricards passa por um severo programa de desintoxicação na Suíça. Após a mixagem lançam, em 1972, o álbum duplo Exile on Main Street, considerado por muitos, e pelo próprio Jagger, como o melhor álbum da banda pela sua consistência, plasticidade e versatilidade dos músicos, o qual produz, entre outras, a música Tumblind Dice, obrigatória em qualquer show dos Stones até os dias de hoje.
Com a excelente repercusão do disco anterior e embalados pela sua turnê de 1972/1973, os Stones entram mais uma vez no estúdio e lançam em 1973 o álbum Goats Head Soup, amplamente conhecido pelo hit Angie e pela polêmica Star Star. Interessante que a balada Waiting on a Friend foi composta e gravada durante as sessões deste álbum e lançada apenas oito anos depois no álbum Tattoo You (1981), a qual, devidamente remixada tornou-se um hit da banda, assim como a música Tops.
Em 1974 os Rolling Stones gravam o clássico It's Only Rock'n'Roll no estúdio do guitarrista Ronnie Wood (que tocava com a banda inglesa The Faces, liderada por Rod Stewart). Com a saída repentina de Mick Taylor para seguir carreira solo, Wood assume a segunda guitarra, embora só será oficialmente um membro efetivo dos Stones a partir da turne de 1975, cuja primeira apresentação com a banda ocorre em 1º de junho do mesmo ano em Baton Rouge, Lousiana, Estados Unidos, através dos acordes de Honky Tonk Women.
Embora a turnê de 1975 tenha sido batizada de Tour Of The Americas pois previa, além dos Estados Unidos e Canadá, shows no Brasil - Rio de Janeiro (14 e 17/08) e São Paulo (19 e 21/08) -, México (7 e 10/08) e Venezuela (28 e 31/08), estes não ocorreram por restrições políticas dos governantes desses países, preocupados com a imagem de desordeiros e drogados que a banda poderia passar além de desagradar os respectivos regimes de governo.
Lançam, então, Black & Blue (1976), um disco mais intimista com forte participações de convidados como Billy Preston, que já havia gravado Let It Be, dos Beatles e vinha participando de todos os álbuns dos Stones desde Sticky Fingers de 1971, e Ron Wood confirmado no comando da segunda guitarra, que obtém razoável sucesso. O álbum seguinte é Love You Live (1977), um duplo ao vivo gravado na turnê européia de 1976, bastante heterogêneo e com a formação básica da banda no palco. Em (1978) lançam Some Girls que é bem mais pesado do que os últimos trabalhos. Este disco é fortemente influenciado pelo movimento punk surgido na Inglaterra no ano anterior, com temas rápidos e agressivos como Respectable e When The Whip Comes Down, embora o disco seja mais lembrado pelo seu hit à la discoteque Miss You. Mostrando a vitalidade característica até os dias de hoje, ainda no mesmo ano saem, novamente, em turnê pelos Estados Unidos e já dão mostras da tendência que por eles será magistralmente explorada nos próximos anos: enormes palcos e infra-estrutura dos shows, jamais vistas até então. Em 1980 lançam um disco mais linear, Emotional Rescue, com o hit do mesmo nome do disco.
Em 1981 a banda larga Atlantic Records e assina com a EMI. O álbum de estreia é Tatoo You, tido por muitos como o melhor álbum da banda de todos os tempos e talvez o seu único grande triunfo para esta gravadora, visto ser o de maior sucesso comercial da banda até os dias de hoje. Destacam-se inúmeros hits da banda, como a explosiva Start Me Up, obrigatória em todos os shows, e a balada Waiting On A Friend, composta inicialmente em 1973 e não lançada no disco do mesmo ano.
Com a excursão americana no mesmo ano, os Rolling Stones definitivamente inauguram a moda de shows gigantescos de duração de três horas, palcos móveis e desmontáveis e toneladas de equipamentos de som e luz. Resumindo a turnê em solo americano lançam em (1982) o álbum ao vivo Still Life (American Concert 1981) e o filme Let's Spend the Night Together, que, sob a direção do renomado Hal Ashby, mostra o vigor juvenil de Jagger e a reabilitação de Richards das drogas, além do novo formato de apresentações ao vivo.
Em meio a especulações da mídia de possível separação da banda, no final de 1983 os Stones lançam o álbum Undercover, e, alimentando ainda mais estes rumores, a banda não sai em turnê e tampouco os músicos se pronunciam à respeito, cada um elaborando trabalhos individuais e não sendo vistos juntos em nenhuma ocasião.
Ian Stewart, pianista, gerente de palco e um dos fundadores da banda, acompanhando em todos os álbuns e shows, morre em 1985 em virtude de um ataque cardíaco. Tido como o sexto Stone, é homenageado com uma faixa no álbum da banda de 1986, Dirty Work, cujo álbum também não é acompanhado de turnê.
O relacionamento entre os membros restantes da banda não era dos melhores, com desentendimentos frequentes entre Jagger e Richards. Mick Jagger envereda em uma carreira solo gravando músicas dentro do estilo Rolling Stones e causa um desentendimento sério entre ele e seu sócio Keith Richards. Especulações sobre o fim da banda duram por seis anos, embora o clima ruim não impedisse que continuassem sendo lançados álbuns de repercussão cada vez maior. Jagger, Richards, Wood, Wyman e Watts lançaram vários álbuns solo durante a década de 80 e 90.
Os Stones adentraram a década de 90 com uma nova gravadora, a CBS, em meio a rumores de que Mick Jagger e Keith Richards não podiam nem mesmo dividir uma mesma sala sem se engalfinharem. Os constantes boatos sobre a dissolução da banda ajudaram a catapultar o interesse e a expectativa da turnê e as vendas do álbum Steel Wheels (1989), tornando-a a maior da banda em todos os tempos até então. Os problemas pessoais foram colocados de lado e a banda se apresentou como nos velhos tempos, auxiliada pela habitual parafernália de palco tendo participação durante a turne,do Guns N' Roses que estava explodindo no cenário musical,como banda de abertura. Reflexo disso é o álbum Flashpoint de 1990 que traz os Stones de volta aos palcos depois de sete anos.
Foi também à partir dessa turnê que os Stones tornaram-se experts nos negócios, transformando-se em uma banda multimilionária, com administração autônoma e profissional, alcançando espaços na mídia até então nunca vistos, tendência que permitiu as sucessivas bem-sucedidas turnês seguintes e um exemplo de exposição e fixação da "marca" The Rolling Stones.
O outro membro original, Bill Wyman, que deixa o grupo em 1993, ainda mantém fortes ligações com a banda, à exemplo de seu pub em Londres, o Sticky Fingers, totalmente decorado com inúmeras fotos, instrumentos e discos de ouro, entre outras lembranças dos Stones. Para o seu lugar é escalado o baixista Darryl Jones, que é apenas músico contratado, não sendo considerado membro oficial.
Em 1994, após um longo período de inatividade, é lançado com grande estardalhaço o álbum Voodoo Lounge, seguido pela turnê de mesmo nome (que passou pelo Brasil). A turnê que se iniciou em 19 de julho de 1994 em Toronto, Canadá, e foi encerrada em 30 de agosto de 1995 em Rotterdam, Holanda, arrecadou em torno de US$ 400 milhoes. Aproveitando a repercussão, todas as gravações da banda são relançadas em CD. O álbum de 1995, Stripped, foi mais intimista, com versões acústicas de vários de seus maiores sucessos e uma regravação gloriosa para "Like a Rolling Stone", clássico de Bob Dylan.
No ano seguinte lançam The Rock And Roll Circus, trilha sonora de um filme arquivado desde 1968. O CD inclui uma apresentação de diversos artistas, como Jethro Tull, The Who, Marianne Faithfull, então esposa de Jagger e The Dirty Mac que nada mais é que uma pré-versão da Plastic Ono Band. Essa formação incluiu, além de John Lennon e Yoko Ono, Eric Clapton, Keith Richards (no baixo) e Mitch Mitchell, baterista do The Jimi Hendrix Experience.
Ainda em 1997 sai Bridges of Babylon, com uma capa luxuosa e uma excursão mundial igualmente cara, completa, com dois palcos, um maior e outro menor instalado no meio do público. Inclui também uma ponte para a banda atravessar do palco principal para o menor, sendo que neste executam basicamente clássicos sem o acompanhamento de metais e backing vocals voltando às raízes da banda nos anos 60 e, assim, inauguram um novo estilo de apresentações que se seguiram nas turnês seguintes. Com dois shows no Brasil, um em São Paulo e o outro no Rio de Janeiro (com participação mais que especial de Bob Dylan, inclusive abrindo os shows para a banda), confirmaram o país com status de rota obrigatória. Retrato dessa turnê foi o lançamento do álbum ao vivo No Security, em 1998.
Para comemorar os 40 anos do grupo, em 2002 lançam o álbum duplo Forty Licks (1962-2002) que traz, além de 36 sucessos da banda, 4 novos hits (Don't Stop, Keys To Your Love, Stealing My Heart e Losing My Touch), sendo o primeiro uma espécie de resumo da perseverança característica da banda, atingindo bastante sucesso. Em 16 de agosto do mesmo ano com um show em Toronto (Canadá) os Stones lançam uma de suas maiores turnês - a Licks Tour (detalhe para a música Heart of Stone, não tocada ao vivo desde 5 de dezembro de 1965). Esta longa turnê passou por todos os continentes do planeta, tendo sido encerrada em 9 de novembro de 2003, em Hong Kong. Mantendo o status de maior banda de rock & roll do mundo e a tradição de suas espetaculares apresentações, montam estruturas distintas e específicas para shows em arenas, estádios e teatros, além de private shows. Ao final do mesmo ano lançam o esplêndido DVD quádruplo Four Flicks, mostrando cada um dos formatos de suas apresentações e toda a vitalidade dos músicos sessentões.
Quando todos imaginavam o fim da banda, devido a um câncer na garganta do baterista Charlie Watts diagnosticado em junho de 2004 e curado em fevereiro de 2005, o vigor incansável do quarteto com ênfase às belas letras de Jagger e Richards (conhecidos como The Glimmer Twins desde os anos 70, pela ligação existente entre eles, além das lendárias histórias que protagonizaram) produz um de seus melhores álbuns de estúdio de todos os tempos. Lançado em 2005 A Bigger Bang traz uma sonoridade crua e voltada às raízes da banda: rock and roll, blues e rhythm and blues, além das pegadas das guitarras da dupla Richards/Wood, bem como para a harmônica melodiosa de Jagger, as 16 fortes canções do álbum mostram a excelência e competência de Jagger/Richards/Watts/Wood. Para a divulgação do álbum, mais uma vez iniciando em Toronto (em 10 de agosto de 2005), a banda se lança na estrada com a turnê do mesmo nome.
Em 18 de fevereiro de 2006, os Rolling Stones voltaram ao Brasil para o show da turnê A Bigger Bang. O show, gratuito, foi realizado nas areias da praia de Copacabana, no Rio de Janeiro, para um público estimado em 1,5 milhão de pessoas, entrando para a história como o maior show da banda e um dos maiores concertos de rock de todos os tempos.
Após dois anos do lançamento da turnê A Bigger Bang, que passou pela América do Norte - em duas oportunidades (2005 e 2006) -, América do Sul (2006) e Europa (2006), e arrecadara, até novembro de 2006, em torno de US$ 437 milhões (recorde na história da música), os Stones anunciaram, em 22 de março de 2007, uma lista de novos shows pelo velho continente, que se iniciou em 5 de junho de 2007, com uma apresentação em Werchter, Bélgica e se encerrou em 26 de agosto de 2007 em Londres, apesar de rumores de que novos shows serão realizados em 2008. Com seu encerramento, os Stones realizaram a mais longa de suas turnês mundiais, com arrecadação de US$ 560 milhões (novo recorde), e, apresentando-se para quase 6 milhões de espectadores, mostraram a inesgotável energia que os move por mais de 45 anos de estrada. Ainda em 2006, a banda teve sua música "Can't You Hear Me Knockin'" presente no game Guitar Hero 2, em versão cover, o que desapontou muitos fãs pois a voz do cantor que faz esse cover no GH2 não é nada parecida com a de Mick Jagger. Em 12 de junho de 2007, foi lançado o DVD The Biggest Bang, que contém 4 discos com mais de sete horas de shows, incluindo a integra do realizado no Rio de Janeiro, no ano anterior, bem como em Austin, Texas, e materiais dos shows de Japão, Buenos Aires e Shangai, além de entrevistas exclusivas e reveladoras com os membros da banda. Nesse mesmo ano, os Stones voltariam a ter outra música de sucesso na série Guitar Hero, desta vez a música era "Paint It Black", presente no Guitar Hero 3 Legends of rock. Em 04 abril de 2008, estreou nos cinemais mundiais o filme The Rolling Stones Shine a Light (distribuído no Brasil pela Imagem Filmes), concebido e dirigido pelo premiado diretor Martin Scorsese - um declarado fã da banda - que, em duas apresentações no Beacon Theatre de Nova York, em novembro de 2006, com dezesseis câmeras focadas diretamente nos músicos, registrou com profundidade a bela performance da banda em um repertório levemente diferenciado das apresentações normais. Conta, ainda, com a presença de Jack White, do grupo White Stripes, da cantora Christina Aguilera e do bluesman Buddy Guy. Ainda, de forma genial mescla imagens de arquivo desde o início da banda, nos anos 60, confrontando com declarações atuais, como a pretensão de Mick Jagger em manter-se ativo aos sessenta.
Segue abaixo uma lista de todas as turnês realizadas pelos The Rolling Stones, e os shows realizados no Brasil:
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Rock and roll | |
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Instrumentos musicais utilizados no rock and roll; à esquerda, a bateria, e, à direita, a guitarra elétrica. | |
Informações gerais | |
Origens estilísticas | Blues • Gospel • Folk • Country • Jump blues • Chicago blues • Swing • Boogie-woogie • R&B • Doo Wop |
Contexto cultural | 1940s Estados Unidos |
Instrumentos típicos | Guitarra elétrica, contrabaixo ou mais tarde baixo elétrico, bateria, piano, saxofone (ocasionalmente) |
Popularidade | Um dos estilos musicais mais populares desde a década de 1950 |
Formas derivadas | Rock, rockabilly, soft rock, pop |
Outros tópicos | |
Rock and Roll Hall of Fame |
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O rock and roll (também conhecido como rock 'n' roll) é um tipo de música que surgiu nos Estados Unidos da América no final dos anos 1940 e início dos anos 1950, com raízes em sua maioria em gêneros musicais afro-americanos, e rapidamente se espalhou para o resto do mundo.
Os instrumentos mais comuns no rock and roll são uma ou duas guitarras elétricas (uma base e outra solo), um contrabaixo (depois de meados dos anos 1950, um baixo elétrico) e uma bateria. Nos primórdios do rock and roll, entre o final dos anos 1940 e início dos anos 1950, também se utilizava o piano ou o saxofone freqüentemente como instrumentos bases, mas estes foram substituídos ou suplantados geralmente pela guitarra a partir da metade dos anos 1950.
A batida é essencialmente um blues boogie-woogie com um contratempo acentuado, este último quase fornecido por uma caixa clara. A enorme popularidade e eventual visão no mundo inteiro do rock and roll deu-lhe um impacto social único. Muito além de ser simplesmente um gênero musical, o rock and roll - como visto nos filmes e na televisão, e de acordo com a mídia que se desenvolvia àquela época - influenciou estilos de vida, moda, atitudes e linguagem. Ele começou a gerar vários sub-gêneros - muitas vezes sem o contratempo característico originário- que são mais propriamente chamados simplesmente Rock.
Índice[esconder] |
As origens do rock and roll remontam ao final dos anos 1940 e início dos anos 1950 através de uma combinação de diversos gêneros musicais (predominantemente afro-americanos) populares naquele momento. Estes incluíram o gospel norte-americano, a folk music e o blues - em especial as formas elétricas desenvolvidas em Memphis, Chicago, Nova Orleans, Texas, Califórnia e outros lugares - à base de um boogie woogie tocado no piano e um jump blues que foram se tornando conhecidos coletivamente como rhythm and blues. Também neste caldeirão, adicionaram-se influências de country music e jazz.
No entanto, elementos de rock and roll podem ser ouvidos em gravações country da década de 1930 e blues dos anos 1920. Durante aquele período muitos brancos norte-americanos experimentaram o jazz e o blues afro-americanos. Freqüentemente, a música "negra" era relegada a condição de produto musical racial (código da indústria fonográfica para estações de rádio de rhythm and blues) e raramente era ouvida pela corrente majoritária branca. Poucos músicos negros de rhythm and blues, notadamente Louis Jordan, The Mills Brothers e The Ink Spots, alcançaram algum sucesso, embora em alguns casos (como o da canção 'Choo Choo Ch'Boogie', de Jordan), este êxito tenha sido alcançado com canções escritas por compositores brancos. O gênero Western swing da década de 1930, geralmente tocado por músicos brancos, também seduziu fortemente o blues e diretamente influenciou o rockabilly e o rock and roll, como pode ser ouvido, por exemplo, na canção Jailhouse Rock, de Elvis Presley, de 1957.
Voltando ainda mais longe, o rock and roll pode traçar uma linhagem para o velho distrito Five Points, em Manhattan, em meados do século XIX, cenário da primeira fusão pesadamente rítmica de danças africanas com a melodia de gêneros europeus, especialmente de origem irlandeses.
Em 1956 no filme Rock, Rock, Rock, Alan Freed interpreta a si mesmo, diz ao público que "Rock and roll é um rio musical que tem absorvido muitos riachos: rhythm and blues, jazz, ragtime, canções de cowboy, canções country e música folk. Todos contribuíram para o big beat. "
A tabela abaixo aponta algumas (mas não todas) das principais influências sobre rock and roll. Qual deve ser salientado é que, antes do rock and roll, a música foi categorizada por raça, nacionalidade, localização, estilo, instrumentação, técnicas vocais, e mesmo de religião. No entanto, com a imensa popularidade e sucesso comercial de Elvis Presley em 1956, Rock and roll se tornou um objeto angular da indústria da música na América. Nunca mais a música foi definida e categorizada desta forma. Pelo contrário, tornou-se inclusive de quase todos os tipos de música que tinha ganhado uma certa quantia de popularidade.
Influências da Música Country | Influências do Rhythm & Blues | Outras Influências |
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Em 1951, em Cleveland, Ohio, o DJ Alan Freed começou a tocar rhythm and blues para uma audiência multi-racial. Freed é creditado como o primeiro a utilizar a expressão 'rock and roll' para descrever a música. No entanto, o termo já tinha sido introduzido ao público dos EUA, especialmente na letras de muitas gravações rhythm and blues. Três diferentes canções com o título 'Rock and Roll' foram gravadas no final dos anos 1940: uma em 1947 por Paul Bascomb, outra por Wild Bill Moore, em 1948, e ainda outra em 1949 por Doles Dickens, e a expressão estava em constante uso nas letras de canções R&B da época. Um outro registo onde a frase foi repetida durante toda a canção foi em Rock and Roll Blues, gravado em 1949 por Erline 'Rock and Roll' Harris.
A expressão foi também incluída nos anúncios para o filme Wabash Avenue, estrelado por Betty Grable e Victor Mature. Um propaganda para o filme que circulou em 12 de abril de 1950 anunciou Ms. Grable como …the first lady of rock and roll e Wabash Avenue como …the roaring street she rocked to fame.
Até então, a frase rocking and rolling (balançar e rolar), conforme uma gíria laica negra para dançar ou fazer sexo, apareceu em gravações pela primeira vez em 1922, na canção My Man Rocks Me Com Um Steady Roll, de Trixie Smith. Mesmo antes, em 1916, o termo rocking and rolling foi usado com uma conotação religiosa, no registro fonográfico de The Camp Meeting Jubilee, gravado por um quarteto masculino desconhecido.
A palavra rock teve uma longa história no idioma inglês como uma metáfora para to shake up, to disturb or to incite ("sacudir, perturbar ou incitar"). Em 1937, Chick Webb e Ella Fitzgerald gravaram "Rock It for Me", que incluía na letra o verso So won't you satisfy my soul with the rock and roll. (Então, você não vai satisfazer a minha alma com o rock and roll.). Rocking era um termo usado por cantores negros gospel no Sul dos Estados Unidos para dizer algo semelhante ao êxtase espiritual. Pela década de 1940, no entanto, o termo foi usado como um duplo sentido, referindo-se pretensamente a dançar, mas também com o significado de implícito de sexo, como em "Good Rocking Tonight", de Roy Brown.
O verbo roll era uma metáfora medieval que significava ter relações sexuais. Durante centenas de anos, escritores têm utilizado expressões como They had a roll in the hay ou I rolled her in the clover. Os termos eram muitas vezes utilizados em conjunto (rocking and rolling) para descrever o movimento de um navio no mar, por exemplo, como na canção Rock and Roll, das Irmãs Boswell, em 1934, que apareceu no filme Transatlantic Merry-Go-Round' (literalmente, Transatlântico Carrossel), naquele mesmo ano, e na canção "Rockin 'Rollin' Mama", de Buddy Jones, em 1939. O cantor country Tommy Scott se referia ao movimento de um trem na ferrovia em Rockin e Rollin, de 1951.
Uma versão alternativa alegação é a de que as origens de rocking and rolling pode ainda remontar aos trabalhadores que trabalhavam nas ferrovias Reconstruction South. Esses homens cantariam canções na batida do martelo para manter o ritmo do seu instrumento de trabalho. Ao final de cada linha em uma canção, os homens balançariam seus martelos para baixo para furar um buraco na rocha. Os shakers - homens que ocupavam as pontas de aço perfuradas pelo martelo humano - balançariam o prego para frente e para trás para limpar a pedra ou rolar, girando o prego para melhorar a 'mordida' da broca.
"Rockabilly", geralmente (mas não exclusivamente) se refere ao tipo de rock and roll, que foi tocado e gravado em meados dos anos 1950 pelos brancos cantores, como Elvis Presley, Carl Perkins e Jerry Lee Lewis, que tinha bastante influência da música country. Muitos outros cantores populares de rock and roll da época, tais como Fats Domino, Chuck Berry e Little Richard, vieram da tradição do rhythm and blues negro, faziam músicas que atraim a platéias brancas, e normalmente não são classificados como "rockabilly".
Em julho de 1954, Elvis Presley gravou um hit regional "That's All Right (Mama)" pela gravadora de Sam Phillips, a Sun Records em em Memphis. Dois meses antes, em Maio de 1954, Bill Haley e Seus Cometas gravaram "Rock Around the Clock". Embora apenas tenha sido um hit menor quando lançado, quando usado na sequência de abertura do filme "Blackboard Jungle", um ano mais tarde, ela realmente passou a definir 'boom' do rock and roll em movimento. A canção se tornou um dos maiores sucessos na história, e frenéticos grupos adolescentes para ver Haley e os Cometas tocar, causavam em algumas cidades. "Rock Around the Clock" foi um avanço tanto para o grupo e para todas as músicas de rock and roll. Se tudo que veio antes de lançar as bases, "Clock" introduziu a música para um público global.
Alan Freed, também conhecido como "Moondog", é creditado como o primeiro a utilizar a expressão "rock and roll" para descrever a música rhythm and [blues tocada para uma audiência multi-racial. Enquanto trabalhava como DJ na estação de rádio WJW, em Cleveland, ele também organizou o primeiro grande concerto de rock and roll, o "Moondog Coronation Ball", em 21 de março de 1952.
O evento era na verdade um conjunto de cinco espetáculos apresentados em Cleveland. Já no primeiro show, a procura por ingresso foi enorme e o concerto teve de ser encerrado devido à superlotação. Posteriormente, Freed organizou muitos concertos de rock and roll marcados pela presença tanto de brancos quanto de negros, contribuindo ainda mais para introduzir estilos musicais afro-americanos para um público mais vasto.
O rock and roll surgiu em uma época em que as tensões raciais nos Estados Unidos estavam próximos de vir à tona. Os negros norte-americanos protestavam contra a segregação de escolas e instalações públicas. A doutrina racista "separate but equal" foi nominalmente derrubada pela Suprema Corte em 1954, mas a difícil tarefa de fazer respeitar a decisão estava por vir. Este novo gênero musical combinando elementos das músicas branca e negra inevitavelmente provocou fortes reações.
Depois do "The Moondog Coronation Ball", as gravadoras logo compreenderam que havia mercado formado pelo público branco para a música negra que estava para além das fronteiras estilísticas do rhythm and blues. Mesmo o preconceito considerável e as barreiras raciais não podiam barrar as forças do mercado. O rock and roll tornou-se um sucesso de um dia para outro nos EUA, fazendo ondulações do outro lado do Oceano Atlântico e, talvez, culminando em 1964 com a "Invasão Britânica".
Os efeitos sociais do rock and roll foram massivos mundialmente, que influenciou estilos de vida, moda, atitudes e linguagem. Além disso, o rock and roll pode ter ajudado a causa do movimento dos direitos civis, porque tanto os jovens norte-americanos brancos como os negros adoravam o gênero, que ainda derivou muitos estilos musicais: progressivo, punk, heavy metal e alternativo são apenas alguns dos gêneros que surgiram na esteira diante do Rock and Roll.
Um ídolo teen geralmente era um artista que atraía um grande número de seguidores, principalmente adolescentes do sexo feminino, devido à sua boa aparência e ao seu apelo sexual, assim como suas qualidades musicais. Um bom exemplo é Frank Sinatra na década de 1940, embora um exemplo anterior possa ser Rudy Vallée. Com o nascimento do rock and roll, Elvis Presley se tornou um dos maiores ídolos teen de todos os tempos. Seu sucesso levou promoters a criação deliberada de novos ídolos 'rock and roll', tais como Frankie Avalon e Ricky Nelson. Outros músicos daquela época também atingiram popularidade.
Seguidos por muitos outros artistas com grande apelo para um público adolescente, incluindo os Beatles e os Monkees, estes ídolos teen não eram só conhecidos pela sua cativante música pop, mas também pela boa aparência que desempenhava um importante papel no seu sucesso. Foi por isso que algumas revistas, exclusivamente orientada para o público jovem ("16 Magazine", "Tiger Beat", etc), foram criadas. Essas revistas mensais tipicamente estampavam um ídolo teen popular na capa, bem como fotografias atraentes, uma seção de Perguntas & Respostas, e uma lista de predileções de cada ídolo (ou seja, cor favorita, legume favorito, cor do cabelo favorito, etc.). Os ídolos teen também influenciaram da produção de desenhos animados matutinos a brinquedos, entre outros produtos. No auge da popularidade do ídolo teen, não era incomum para ver perucas inspiradas no corte de cabelo dos Beatles, por exemplo.
Durante a guerra do Vietnã, o termo "Rock and Roll" se referia ao disparo com uma arma automática (geralmente o fuzil M-16), empunhando a arma no quadril como uma guitarra. Era muitas vezes utilizado o termo "Let's Rock and Roll".
Desde o seu início na década de cinquenta até o início dos anos sessenta, a música rock and roll gerou novos estilos de danças. Adolescentes encontraram no ritmo irregular do Contratempo a brecha para reavivar a dança jitterbug da era das big bands. Danças Sock-hops, de ginásio ou de festas em porões residenciais tornaram-se uma mania, e os jovens norte-americanos assistiam ao programa de televisão American Coreto, apresentado por Dick Clark, para se manter atualizados sobre os mais recentes estilos de dança e moda. A partir de meados dos anos 1960, quando o 'rock and roll' gradualmente tornou-se 'rock', este influenciou danças de gêneros musicais seguintes, começando pelo twist, e conduziu em direção ao funk, disco, house e techno.
O movimento trad jazz e viagem de artistas de blues para a Grã-Bretanha, e a versão de Lonnie Donegan para "Rock Island Line" em 1955 a música skiffle passou a inspirar muitos jovens a terem um caminho musical. Dentre eles, John Lennon e Paul McCartney, cujo grupo The Quarrymen formado em Março de 1957, iria mudar gradativamente e se transformar em The Beatles. Estes desenvolvimentos primário no Reino Unido era uma responda criativa ao rock and roll americano, que teve um impacto global. Na Grã-Bretanha, bandas de skiffle, gravaram em pleno florescimento da cultura entre os jovens antes da era do rock, cor e barreiras foram deixando de ser um problema com a idéia de separar "race records" já estava chegando ao fim. Inúmeros jovens britânicos escutavam R&B e os pioneiros do rock e começaram a formar suas próprias bandas. A Grã-Bretanha se tornou rapidamente um novo centro de rock and roll.
Em 1958 três adolescentes britânicos criaram Cliff Richard e os Drifters (mais tarde renomeado Cliff Richard e The Shadows). O grupo gravou um hit, "Move It", a marcação não só aquilo que é detido para ser o primeiro verdadeiro rock and roll feito na Grã-Bretanha, mas também o início de um som diferente, o rock britânico. Richard e sua banda introduziu muitas alterações importantes na Grã-Bretanha, tais como a utilização de uma "guitarra base" (Hank Marvin) e um baixo elétrico.
A cena britânica desenvolveu, com os outros, incluindo Tommy Steele, Adam Faith e Billy Fury vying para imitar as estrelas dos EUA. Alguns shows tiveram bastante popularidade na Grã-Bretanha, um exemplo os do Gene Vincent. Isto inspirou muitos jovens britânicos a comprar discos cada vez mais e seguir o cenário musical, lançando assim as bases para a Beatlemania.
No início dos anos 1960, a música instrumental foi muito popular no Reino Unido. Hits como "Apache" por The Shadows e "Telstar" pelo The Tornados (produzido por Joe Meek), formam uma filial britânica da música instrumental.
Ao mesmo tempo, no final dos anos 1950 e início dos anos 1960, fãs de R&B, como Alexis Korner criavam um autêntico blues americano em clubes londrinos, e em outros lugares, num momento em que esta música teve declínio de popularidade de nos EUA. Isto proporcionou diretamente formação de grupos como The Rolling Stones e The Yardbirds, em Londres, The Animals em, Newcastle, e Them, em Belfast. Nos EUA, esses grupos se tornaram conhecidos como parte da Invasão BritânicaJimi Hendrix | |
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Jimmy Hendrix ao vivo em 1967 | |
Informação geral | |
Nome completo | Johnny Allen Hendrix |
Data de nascimento | 27 de novembro de 1942 |
Origem | Seattle, Washington |
País | Estados Unidos |
Data de morte | 18 de setembro de 1970 (27 anos) |
Gêneros | Hard rock, blues-rock, acid rock, rock psicodélico, funk rock, blues |
Ocupação | Músico, compositor, produtor |
Instrumentos | Guitarra, vocal |
Modelos de instrumentos | Fender Stratocaster Gibson Flying V Gibson SG Custom |
Período em atividade | 1966 - 1970 |
Gravadoras | RSVP, Track, Barclay, Polydor, Reprise, Capitol, MCA |
Afiliações | The Jimi Hendrix Experience, Gypsy Sun and Rainbows, Band of Gypsys, The Isley Brothers, Little Richard, Curtis Knight and the Squires |
Página oficial | JimiHendrix.com |
James Marshall "Jimi" Hendrix (nascido Johnny Allen Hendrix; Seattle, 27 de novembro de 1942[1] – Londres, 18 de setembro de 1970) foi um guitarrista, cantor e compositor norte-americano. Frequentemente é citado por críticos e outros músicos como o maior guitarrista da história do rock,[2][3][4] e um dos mais importantes e influentes músicos de sua era, em diferentes diversos gêneros musicais.[5][6][7] Depois de obter sucesso inicial na Europa, conquistou fama nos Estados Unidos depois de sua performance em 1967 no Festival Pop de Monterey. Hendrix foi a principal atração, dois anos mais tarde, do icônico Festival de Woodstock e do Festival da Ilha de Wight, em 1970. Hendrix dava preferência a amplificadores distorcidos e crus, dando ênfase ao ganho e aos agudos, e ajudou a desenvolver a técnica, até então indesejada, da microfonia.[8] Hendrix foi um dos músicos que popularizou o pedal wah-wah no rock popular, que ele utilizava frequentemente para dar um timbre exagerado a seus solos, particularmente com o uso de bends e legato baseados na escala pentatônica. Foi influenciado por artistas de blues como B.B. King, Muddy Waters, Howlin' Wolf, Albert King e Elmore James,[9][10][11][12] guitarristas de rhythm and blues e soul como Curtis Mayfield, Steve Cropper, assim como de alguns artistas do jazz moderno.[13] Em 1966, Hendrix, que tocou e gravou com a banda de Little Richard de 1964 a 1965, foi citado como tendo dito: "Quero fazer com minha guitarra o que Little Richard faz com sua voz."[14]
O guitarrista mexicano Carlos Santana sugeriu que a música de Hendrix poderia ter sido influenciada por sua herança parcialmente indígena.[15] Como produtor musical, Hendrix também inovou ao usar o estúdio de gravação como uma extensão de suas ideias musicais. Foi um dos primeiros a experimentar com a estereofonia e phasing em gravações de rock.
Hendrix conquistou diversos dos mais prestigiosos prêmios concedidos a artistas de rock durante sua vida, e recebeu diversos outros postumamente, incluindo sua confirmação no Hall da Fama do Rock and Roll americano, em 1992, e no Hall da Fama da Música do Reino Unido, em 2005. Uma blue plaque (placa azul) foi erguida, com seu nome, diante de sua antiga residência, na Brook Street, de Londres, em setembro de 1997. Uma estrela na Calçada da Fama de Hollywood (Hollywood Boulevard, 6627) foi dedicada a ele em 1994. Em 2006 seu álbum de estreia nos Estados Unidos, Are You Experienced, foi inserido no Registro Nacional de Gravações, e a revista Rolling Stone o classificou como o melhor guitarrista na sua lista de 100 maiores guitarristas de todos os tempos, em 2003.[16] Hendrix também foi a primeira pessoa a fazer parte do Hall da Fama da Música Nativo-Americana.
Índice[esconder] |
O blues é fácil de tocar. Mas é difícil de sentir. | — Jimi Hendrix[17] |
Nascido em Seattle, Washington, Hendrix cresceu tímido e sensível, tendo de ser o responsável por cuidar de seu irmão mais novo, Leon Hendrix, profundamente afetado por problemas familiares, tais como o divórcio dos seus pais em 1951 e a morte de sua mãe em 1958, quando ele tinha apenas 16 anos. Era muito afeiçoado à sua avó materna, que possuía sangue cherokee, e que incutiu no jovem Jimi um forte sentido de orgulho de seus ancestrais nativos norte-americanos. No mesmo ano, o seu pai, chamado Al Hendrix, deu-lhe um ukelele (instrumento de 4 cordas, introduzido no Havaí pelos portugueses no século XVII), e posteriormente comprou, por apenas US$ 5 dólares, uma guitarra acústica, pondo-o no caminho da sua futura vocação.
Depois de tocar com várias bandas locais de Seattle, Hendrix alistou-se ao exército, juntando-se à 101-a Divisão Aerotransportada (101st Airborne Division) baseada em Fort Campbell, Kentucky, a 80 km da cidade de Nashville, no Tennessee, como pára-quedista. Ali ele serviu por menos de 1 ano e recebeu dispensa médica após fraturar o tornozelo em um salto. Mais tarde ele diria que o som do ar assobiando no pára-quedas era uma das fontes de inspiração para o seu som "espacial" na guitarra.
Não há nenhum registo médico no exército americano sobre a dispensa de Hendrix. Em 2005, Charles Cross, que foi autor da biografia do líder do Nirvana, Kurt Cobain, publicou no seu livro "Room Full of Mirrors", que o guitarrista alegou estar apaixonado por um dos seus colegas do seu agrupamento, numa visita ao serviço psiquiátrico em 1962, em Fort Campbell (Estado do Kentucky). Aquilo era mentira, segundo Cross, que relata a preferência do músico por mulheres. "Ele queria apenas escapar do exército para se dedicar à música."
Hendrix, que se alistou como voluntário para a guerra do Vietnã, nunca esteve em combate, porém as suas gravações tornaram-se as favoritas entre os soldados que lá lutavam. Inicialmente levou uma vida precária tocando em bandas de apoio a músicos de soul e blues como Curtis Knight, B. B. King, e Little Richard em 1965. Sua primeira aparição destacada foi com os Isley Brothers, principalmente no "Testify" em 1964.
Em 14 de outubro de 1965, Hendrix assinou um contrato de gravação por três anos com o empresário Ed Chaplin, recebendo US$1 e 1% de direitos em gravações com Curtis Knight. Este contrato causou mais tarde sérios problemas entre Hendrix e outras companhias de gravação[carece de fontes?].
Por volta de 1966, ele já tinha sua própria banda, Jimmy James and the Blue Flames (que incluia Randy Califórnia, mais tarde guitarrista do Spirit) e uma residência no Cafe Wha?, localizado na cidade de Nova Iorque. Foi durante este período que Hendrix conheceu e trabalhou com a cantora e guitarrista Ellen McIlwaine e também com o guitarrista Jeff "Skunk" Baxter (mais tarde integrante dos grupos Steely Dan e The Doobie Brothers) assim como o iconoclasta Frank Zappa, cuja banda The Mothers of Invention tocava no Garrick Theatre, no Greenwich Village novaiorquino. Foi Zappa que apresentou Hendrix ao recém-criado pedal de "wah-wah", um pedal de efeito sonoro do qual Hendrix rapidamente se tornou mestre notável e que se transformou em parte integrante de sua música.
Foi enquanto tocava com o "The Blue Flames" no Cafe Wha? que Hendrix foi descoberto por Chas Chandler, baixista do famoso grupo de rock britânico The Animals. Chandler levou-o para a Inglaterra, levou-o a um contrato de agenciamento e produção com seu produtor musical e ajudou-o a formar uma nova banda, The Jimi Hendrix Experience, com o baixista Noel Redding e o percussionista Mitch Mitchell.
Durante as suas primeiras apresentações em clubes de Londres, o nome da nova estrela espalhou-se como fogo pela indústria musical britânica. Os seus shows e musicalidade criaram fãs rapidamente, entre eles os guitarristas Eric Clapton e Jeff Beck, assim como os Beatles e o The Who, cujos produtores imediatamente encaminharam Hendrix para o selo que produzia o The Who: a Track Records. O primeiro "single" desta parceria, uma regravação de "Hey Joe", se tornou quase que um padrão para as bandas de rock da época.
Mais sucesso veio em seguida, com a incendiária "Purple Haze" e a balada "The Wind Cries Mary". Estas duas e ainda "Hey Joe" chegaram na época ao chamado "Top 10". Agora, finalmente estabelecido no Reino Unido como importante estrela de rock, Hendrix e sua namorada Kathy Etchingham mudaram-se para uma casa no centro de Londres, que um dia pertencera ao compositor barroco Georg Friedrich Händel (antigo compositor clássico).
Em 1967, o grupo, formado por Hendrix na guitarra e vocal, Noel Redding no baixo,eventualmente guitarra e vocais base, e Mitch Mitchell, na bateria, percussão e backing vocals lança seu primeiro álbum, Are You Experienced?, cuja mistura de baladas ("Remember"), pop-rock ("Fire"), psicodelia ("Third Stone from the Sun"), e blues tradicional ("Red House") seria uma espécie de amostra de seu trabalho posterior. O álbum fez muito sucesso, que só não alcançou o número 1 porque foi barrado pelo Sgt Peppers Lonely Heart Club Band dos The Beatles. O álbum é considerado por muitos o melhor debut álbum de todos os tempos, e foi eleito o quinto álbum mais importante da era do rock pela VH1 em 2001, além de estar em décimo quinto lugar na lista da revista Rolling Stones na categoria 500 Greatest Albums Of All Time (tradução livre: Os 500 melhores álbuns de todos os tempos). Outra edição da revista, publicada anos anteriormente em 1987, consagrou o álbum sendo o quinto na categoria Melhores Álbuns dos últimos 20 anos. O álbum está também incluso no livro 1001 Álbuns para você ouvir antes de morrer.
Hendrix foi levado para o hospital com queimaduras depois de pôr fogo em sua guitarra pela primeira vez no Astoria Theatre, em Londres, em 31 de março daquele ano. Ele foi posteriormente advertido pelo administrador do Rank Theatre management para controlar suas exibições no palco depois de danificar os amplificadores e outros equipamentos no palco.
Com o forte apelo de Paul McCartney, integrante do "Festival Pop de Monterey" (Monterey Pop Festival), o Jimi Hendrix Experience foi agendado para apresentar-se naquele festival, e o concerto, onde ficou notória a imagem de Hendrix pondo fogo e quebrando sua guitarra, foi imortalizado pelo cineasta D.A. Pennebaker no filme Monterey Pop. O festival de Monterey foi um triunfante retorno. E foi seguido de uma abortada apresentação de abertura para o grupo pop The Monkees, em sua primeira turnê americana.
Os Monkees pediram a presença de Hendrix simplesmente por serem seus fãs. Infelizmente, porém, a sua platéia predominantemente adolescente não se interessou pelas bizarras apresentações de Hendrix no palco, e ele abruptamente interrompeu a digressão depois de algum tempo, exatamente quando "Purple Haze" começava a estourar nas paradas norte-americanas. Chas Chandler mais tarde admitiu que ter "caído fora" da turnê dos Monkees foi planejado para ganhar o máximo de impacto de mídia e de afronta para Hendrix. Na época, circulou uma história afirmando que Hendrix tinha sido retirado da digressão devido a reclamações de que sua conduta no palco era "lasciva e indecente", reclamações estas que teriam sido feitas pela organização conservadora de mulheres Daughters of the American Revolution. De fato, a história era falsa: a coisa foi forjada pela jornalista australiana Lillian Roxon, a qual acompanhava a turnê junto com o namorado e cantor Lynne Randell, outro coadjuvante. A afirmação foi zombeteiramente repetida na famosa Rock Encyclopedia de Roxton em 1969, porém mais tarde ela admitiu que a coisa foi fabricada.
Enquanto isso, de volta à Inglaterra, sua imagem de "selvagem" e de cheio de recursos para chamar atenção (tal como tocar a guitarra com os dentes e com ela às costas) continuava a trazer-lhe notoriedade, apesar de ele ter começado a se sentir mais e mais frustrado, devido à concentração da mídia e das platéias em suas atuações no palco e em seus primeiros sucessos, e pela crescente dificuldade em ter suas músicas novas também aceitas.
No mesmo ano, o grupo lança seu segundo álbum, Axis: Bold as Love, que continuou o estilo estabelecido por Are You Experienced, com faixas como Little Wing e If 6 Was 9, mostrando a continuidade de sua habilidade com a guitarra. No entanto, um percalço quase impediu o lançamento do álbum — Hendrix perdeu a fita com a gravação master do lado 1 do LP depois de acidentalmente tê-la esquecido num táxi. Com a proximidade do prazo fatal de lançamento, Hendrix, Chandler e o engenheiro de som Eddie Kramer foram forçados a fazer às pressas uma remixagem a partir das gravações multi-canais, o que eles conseguiram terminar numa verdadeira maratona noturna. Esta foi a versão lançada em dezembro de 1967, apesar de Kramer e Hendrix mais tarde terem dito que nunca ficaram totalmente satisfeitos com o resultado final.
Por volta dessa época, desavenças pessoais com Noel Redding, combinadas com a influência das drogas, álcool e fadiga, conduziram a uma problemática digressão na Escandinávia. A 4 de janeiro de 1968, Hendrix foi preso pela polícia de Estocolmo, após ter destruído completamente um quarto de hotel num ataque de fúria devido à embriaguez.
A terceira gravação da banda, o álbum duplo Electric Ladyland 1968, era mais ecléctico e experimental, incluindo uma longa seção de blues ("Voodoo Child"), a "jazzística" "Rainy Day, Dream Away"/"Still Raining, Still Dreaming" e aquela que é provavelmente a versão mais conhecida da música de Bob Dylan "All Along the Watchtower".
A gravação do álbum foi extremamente problemática. Hendrix se decidira por voltar aos EUA e, frustrado pelas limitações da gravação comercial, decidiu criar seu próprio estúdio em Nova Iorque, no qual teria espaço ilimitado para desenvolver sua música. A construção do estúdio, batizado de "Electric Lady" foi cheia de problemas, e o mesmo só foi concluído em meados de 1970.
O trabalho antes disciplinado de Hendrix estava a tornar-se errático, e as suas intermináveis sessões de gravação repletas de aproveitadores finalmente fizeram com que Chas Chandler pedisse demissão em 1 de dezembro de 1968. Chandler posteriormente se queixou da insistência de Hendrix em repetir tomadas de gravação a cada música (a música Gypsy Eyes aparentemente teve 43 tomadas, e ainda assim Hendrix não ficou satisfeito com o resultado) combinado com o que Chas viu com uma incoerência causada por drogas, fez com que ele vendesse sua parte no negócio a seu parceiro Mike Jefferey. O perfeccionismo de Hendrix no estúdio era uma marca - comenta-se que ele fez o guitarrista Dave Mason tocar 20 vezes o acompanhamento de guitarra de All Along The Watchtower - e ainda assim ele sempre estava inseguro quanto a sua voz, e muitas vezes gravava seus vocais escondido no estúdio.
Muitos críticos hoje crêem que Mike Jefferey teve uma influência negativa na vida e na carreira de Hendrix. Comenta-se que Jefferey (que foi anteriormente empresário da banda The Animals) desviou boa parte do dinheiro que Hendrix ganhou durante a vida, depositando-o secretamente em contas no exterior. Também se crê que Jefferey tinha fortes ligações com os serviços de inteligência (ele se dizia agente secreto) e com a Máfia.
Apesar das dificuldades de sua gravação, muitas das faixas do álbum mostram a visão de Hendrix se expandindo para além do escopo do trio original (diz-se que este disco ajudou a inspirar o som de Miles Davis em Bitches Brew) e vendo-o colaborar com uma gama de músicos um tanto desconhecidos, incluindo Dave Mason, Chris Wood e Steve Winwood (da banda Traffic), ou o percussionista Buddy Miles e o ex-organista de Bob Dylan, Al Kooper.
A expansão de seus horizontes musicais foi acompanhada por uma deterioração no seu relacionamento com os colegas de banda (particularmente com Redding), e o Experience se desfez durante 1969. Suas relações com o público também vieram a tona quando em 4 de Janeiro de 1969 ele foi acusado por produtores de televisão de ser arrogante, após tocar uma versão improvisada de "Sunshine of your Love" durante sua participação remunerada no show da BBC1, Happening for Lulu
Em 3 de Maio ele foi preso no Aeroporto Internacional de Toronto depois que uma quantidade de heroína foi descoberta em sua bagagem. Ele foi mais tarde posto em liberdade depois de pagar uma fiança de 10.000 dólares. Quando o caso foi a julgamento Hendrix foi absolvido, afirmando com sucesso que as drogas foram postas em sua bolsa por um fã sem o seu conhecimento. Em 29 de Junho, Noel Redding formalmente anunciou à mídia que havia deixado o Jimi Hendrix Experience, embora ele de fato já houvesse deixado de trabalhar com Hendrix durante a maioria das gravações de Eletric Ladyland.
Em Agosto de 1969, no entanto, Hendrix formou uma nova banda, chamada Gypsy Suns and Rainbows, para tocar no Festival de Woodstock. Ela tinha Hendrix na guitarra, Billy Cox no baixo, Mitch Mitchell na bateria, Larry Lee na guitarra base e Jerry Velez e Juma Sultan na bateria e percussão. O show, apesar de notoriamente sem ensaio e desigual na performance (Hendrix estava, dizem, sob o efeito de uma dose potente de LSD tomada pouco antes de subir ao palco) e tocado para uma platéia celebrante que se esvaziava lentamente, possui uma extraordinária versão instrumental improvisada do hino nacional norte-americano, The Star Spangled Banner, distorcida e quase irreconhecivél e acompanhada de sons de guerra, como metralhadoras e bombas, produzidos por Hendrix em sua guitarra (a criação desses efeitos foi inovadora, expandindo para além das técnicas tradicionais das guitarras elétricas). Essa execução foi descrita por muitos como a declaração da inquietude de uma geração da sociedade americana, e por outros como uma gozação antiamericana, estranhamente simbólica da beleza, espontaneidade e tragédia que estavam embutidas na vida de Hendrix. Foi uma execução inesquecível relembrada por gerações. Quando lhe foi perguntado no Dick Cavett Show se estava consciente de toda a polêmica que havia causado com a performance, Hendrix simplesmente declarou: "Eu achei que foi lindo."
O Gypsy Suns and Rainbows teve vida curta, e Hendrix formou um novo trio com velhos amigos, o Band of Gypsys, com seu antigo companheiro de exército, Billy Cox, no baixo e Buddy Miles na bateria, para quatro memoráveis concertos na véspera do Ano Novo de 1969/1970. Felizmente os concertos foram gravados, capturando várias peças memoráveis, incluindo o que muitos acham ser uma das maiores performances ao vivo de Hendrix, uma explosiva execução de 12 minutos do seu épico antiguerra 'Machine Gun'.
No entanto, sua associação com Miles não foi muito longa, e terminou repentinamente durante um concerto no Madison Square Garden em 28 de Janeiro de 1970, quando Hendrix foi embora depois de tocar apenas duas músicas, dizendo à platéia: "Desculpem por não conseguirmos nos entender". Miles posteriormente declarou durante uma entrevista de TV que Hendrix sentia que estava perdendo evidência para outros músicos. Passou o resto daquele ano em gravações sempre que arranjasse tempo, frequentemente com Mitch Mitchell, e tentando levar adiante o projeto Rainbow Brigde, uma super ambiciosa combinação de filme/álbum/concerto no Havaí. Em 26 de Julho Hendrix tocou no Sick's Stadium, em sua cidade natal, Seattle.
Em Agosto ele tocou no Festival da Ilha de Wight com Mitchell e Cox, expressando desapontamento no palco em face do clamor de seus fãs por ouvir seus antigos sucessos, em lugar de suas novas idéias, mesmo tendo momentos memoráveis (inclusive Jimi Hendrix executando a clássica "Machine Gun", com 18 minutos). Em 6 de Setembro, durante sua última turnê européia, Hendrix foi recebido com vaias e zombarias por fãs, quanto se apresentou no Festival de Fehmarn, na Alemanha, em meio a uma atmosfera de baderna. O baixista Billy Cox deixou a turnê e retornou aos Estados Unidos depois de supostamente ter utilizado fenilciclidina (N.T. substância analgésica).
Antes da morte, mais tarde no mesmo ano, Hendrix iria começar um novo projeto, junto com o guitarrista e baixista Greg Lake (na época no King Crimson) e o tecladista Keith Emerson.
Greg, que acabava de deixar o King Crimson e Keith procuravam por um baterista e percursionista, e chegaram a conversar com Mitch Mitchell. O ex baterista do Jimi Hendrix Experience, Gypsy Suns And Rainbows e Band Of Gypsys recusou, mas passou a ideia para Hendrix, que aceitou. A banda, que iria então ser formada pelos três, iria encorporar também Carl Palmer, como baterista, e se chamaria HELP (Hendrix, Emerson, Lake & Palmer). Infelizmente, Jimi morreu, mas o projeto seguiu, formando a banda de rock progressivo Emerson, Lake & Palmer, que produziu grandes sucessos, como Lucky Man, From The Beginning, Stil... You Turn Me On, entre outros.
Jimi Hendrix morreu em Londres nas primeiras horas de 18 de Setembro de 1970, em circunstâncias que nunca foram completamente explicadas. Havia passado parte da noite anterior numa festa, onde a namorada Monika Dannemann o havia buscado, e ambos seguiram para o Hotel Samarkand, no número 22 da Lansdowne Crescent, em Notting Hill. Estimativas indicam que ele teria morrido pouco tempo depois.[18]
Dannemann alegou em seu depoimento original que Hendrix teria tomado (sem que ela soubesse), na noite anterior, nove comprimidos de um remédio para dormir que ela utilizava. De acordo com o médico que o atendeu inicialmente, Hendrix tinha se asfixiado (literalmente afogado) em seu próprio vômito, composto principalmente de vinho tinto.[18] Por anos Dannemann alegou publicamente que Hendrix ainda estava vivo quando o colocaram na ambulância; seus comentários sobre aquela manhã, no entanto, foram frequentemente contraditórios, e variaram de entrevista para entrevista.[19] Declarações de policiais e paramédicos revelam que não havia ninguém além de Hendrix no apartamento, e que não apenas ele estava morto quando chegaram à cena, mas também estava totalmente vestido, e já estava morto há algum tempo.[20]
As letras de uma canção composta por Hendrix e encontradas no apartamento levaram Eric Burdon a fazer um anúncio prematuro no programa 24 Hours, da BBC, de que Hendrix teria cometido suicídio.[21] Depois de um processo por difamação movido em 1996 pela namorada inglesa de Hendrix por anos, Kathy Etchingham, Monika Dannemann cometeu suicídio - embora seu último amante, Uli Jon Roth, tenha feito acusações de que ela teria sido assassinada.[22]
Parte do estilo único de Hendrix se deve ao fato dele ter sido um canhoto[23] que tocava uma guitarra para destros virada ao contrário . Embora ele tivesse e usasse diversos modelos de guitarra durante sua carreira (incluindo uma Gibson Flying V que ele decorara com motivos psicodélicos), sua guitarra preferida, e que será sempre associada a ele, era a Fender Stratocaster, ou "Strat". Ele comprou sua primeira Strat por volta de 1965, e usou-as quase constantemente durante o resto de sua vida.
Uma característica da Strat que Hendrix utilizou ao máximo foi a alavanca de trêmolo, patenteada pela Fender, que o habilitou a "entortar" notas e acordes inteiros sem que a guitarra saísse da afinação. O braço relativamente estreito da Strat, de fácil ação, foi também perfeito para o estilo envolvente de Hendrix e potencializou enormemente sua grande destreza - como pode ser visto em filmes e fotos, as mãos de Jimi eram tão grandes que lhe permitiam pressionar todas as seis cordas com apenas a parte de cima do seu polegar, e ele podia, pelo que dizem, tocar partes rítmicas e solos simultaneamente.
As Statocasters foram primeiramente popularizadas por Buddy Holly e pela banda britânica The Shadows, mas elas eram quase impossíveis de serem obtidas no Reino Unido até a metade da década de 60, devido às restrições de importação do pós-guerra. O surgimento de Hendrix coincidiu com o fim dessas restrições, e ele, de forma indiscutível, fez mais do que qualquer outro músico para tornar a Stratocaster a guitarra elétrica mais vendida na história. Anteriormente à sua chegada ao Reino Unido, a maioria dos músicos mais conhecidos utilizava guitarras Gibson e Rickenbacker, mas depois de Hendrix, quase todos os principais guitarristas, incluindo Jeff Beck e Eric Clapton, trocaram para as Fender Strats. Hendrix comprou várias Strats durante sua vida; ele deu várias de presente (incluindo uma dada ao guitarrista do ZZ Top Billy Gibbons), mas muitas outras foram roubadas e ele mesmo destruiu diversas delas em seus famosos rituais de queima da guitarra ao final dos shows.
As partes queimadas e quebradas de uma Stratocaster que ele destruiu no Miami Pop Festival em 1968 foram dadas a Frank Zappa, que mais tarde a reconstruiu e tocou com ela extensivamente durante os anos 70 e 80. Depois da morte de Zappa, a guitarra foi posta à venda pelo filho de Zappa, Dweezil. Em maio de 1992, Dweezil colocou a guitarra à leilão nos Estados Unidos, esperando faturar US$ 1 milhão de dólares, mas a venda não foi efetuada. Tentou novamente leiloá-la em Setembro, por 450 mil libras (em torno de 650 mil Euros), mas mais uma vez a venda não foi efetuada. A maior oferta feita por telefone, de 300 mil libras (em torno de 430 mil Euros) foi recusada. A lendária Strat branca de 1968 que Hendrix tocou no Woodstock foi vendida na Casa de Leilões Sotheby de Londres, em 1990, por £ 174 mil (em torno de 250 mil Euros). A guitarra foi re-vendida em 1993 por £ 750 mil.
Hendrix foi também um revolucionário no desenvolvimento da amplificação e dos efeitos com a guitarra moderna. Sua alta energia no palco e volume elevado com o qual tocava requeriam amplificadores robustos e potentes. Durante os primeiros meses de sua turnê inicial ele usou amplificadores Vox e Fender, mas ele rapidamente descobriu que eles não podiam aguentar o rigor de um show do Experience. Felizmente ele descobriu o alcance dos amplificadores de guitarra de alta potência fabricados pelo engenheiro de áudio inglês Jim Marshall e eles se mostraram perfeitos para as necessidades de Jimi. Assim como ocorreu com a Strat, Hendrix foi o principal promotor da popularidade das "Pilhas Marshall" e os amplificadores Marshall foram cruciais na modelagem do seu som pesado e saturado, habilitando-o a controlar o uso criativo de "feedback" (N.T. microfonia) como efeito musical.
Hendrix foi também constante na procura de novos efeitos de guitarra. Ele foi um dos primeiros guitarristas a se lançar além do palco a explorar por completo as totais possibilidades do pedal wah-wah. Ele também teve um associação muito proveitosa com o engenheiro Roger Mayer e fez uso extensivo de muitos dos dispositivos desenvolvidos por ele, incluindo a "Axis Fuzz Unit" , o "Octavia octavia doubler" e o "UniVibe", uma unidade de vibrato desenvolvida para simular eletronicamente os efeitos de modulação dos alto-falantes Leslie. O som de Hendrix era uma mistura única de alto volume e alta força, controle preciso do "feedback" e uma variação de efeitos de guitarra cortantes, especialmente a combinação "UniVibe"-"Octavia", que pode ser escutada na sua totalidade na versão ao vivo de 'Machine Gun' gravada pela 'Band of Gypsys'.
A despeito da sua agitada agenda de turnês e seu perfeccionismo notório, ele era também um produtivo artista que deixou mais de 300 gravações inéditas, além de seus três LPs oficiais e vários compactos. Ele se tornou lendário como um dos grandes músicos do rock da década de 60 que, tal como Janis Joplin, Jim Morrison e Brian Jones se lançaram para o estrelato, tiveram sucesso por apenas uns poucos anos, e morreram ainda jovens.
Depois da morte de Hendrix, centenas de gravações inéditas começaram a surgir. O produtor Alan Douglas causou controvérsia quando supervisionou a mixagem, remasterização e lançamento de dois álbuns de material importante que Hendrix deixara para trás em diferentes estados de finalização. São os LPs "Crash Landing" e "Midnight Lightning", e embora eles contenham várias faixas importantes, são álbuns considerados de qualidade abaixo do padrão; é quase certo que Jimi não os teria aprovado para lançamento se estivesse vivo.
Em 1972, o produtor britânico Joe Boyd montou um excelente filme documentário sobre a vida de Hendrix, que ficou em cartaz em cinemas ao redor do mundo por muitos anos. A trilha sonora dupla do filme, que incluía apresentações ao vivo em Monterey, Berkeley e Ilha de Wight é, provavelmente, a melhor das realizações póstumas.
Outro LP surgido nos anos 70 que valeu a pena foi a compilação ao vivo 'Hendrix In the West', que consiste de uma seleção das melhores gravações ao vivo em solo americano dos últimos dois anos de sua vida, incluindo uma brilhante execução da favorita nos concertos, a música "Red House".
Embora o filme em si seja geralmente considerado pouco interessante, a trilha de 'Rainbow Bridge' prova que realmente é um item que vale a pena, e agora é item de colecionador. Ela inclui várias faixas que eram destinadas ao projeto de lançamento do quarto disco de estúdio de Hendrix, 'First Rays of the New Rising Sun', a sequência não completada de Eletric Ladyland. Essas faixas de estúdio, incluindo Dolly Dagger, Earth Blues, Room Full of Mirrors e a melancólica instrumental Pali Gap, mostram Hendrix avançando suas técnicas no estúdio a novos níveis, assim como absorvendo influências de "Soul" contemporâneo e do "Funk" de James Brown, Sly & The Family Stone e George Clinton.
O LP da trilha sonora de 'Rainbow Bridge' se destaca pela extensa versão ao vivo de outra das melhores apresentações de Hendrix, a versão elétrica de dez minutos do "stardard" do blues 'Hear My Train A Comin'. Ele gravou originalmente essa música em 1967 para um filme promocional, tocando-a em caráter improvisado num blues ao estilo do "Delta" em um violão de 12 cordas emprestado. A versão eletrificada de 1970 (que permanece ao lado de 'Machine Gun' como sendo uma das suas melhores gravações ao vivo) mostra a música transformada, quase irreconhecivel; como 'Machine Gun', ela apresenta todos os elementos clássicos e algumas inspiradas improvisações do som elétrico de Hendrix. A faixa foi gravada ao vivo em um concerto no Centro Comunitário de Berkeley, na Califórnia; um pequeno trecho filmado dessa apresentação ao vivo foi também incluída no filme "Jimi Plays Berkeley".
O interesse por Hendrix diminuiu um pouco nos anos 80, mas com o advento do CD, a Polygram e a Warner-Reprise começaram a relançar muitas das gravações de Hendrix em CD no fim dos anos 80 e início dos 90. Os primeiros relançamentos da Polygram foram de baixa qualidade e Eletric Ladyland teve prejuízo particular, sendo evidente a transferência das fitas originais do LP, com as faixas colocadas fora da sua ordem correta. Isso refletiu na ordem original do LP, um artefato dos dias em que os LPs duplos eram prensados com os lados um e três em um LP e e os lados dois e quatro no outro LP, para que os discos pudessem ser colocados em uma vitrola automática e tocados em sequência direto, somente trocando-os de lado uma vez.
A Polygram lançou em seguida um conjunto duplo de 8 CDs de qualidade superior com as faixas de estúdio em um conjunto de 4 CDs, e as apresentações ao vivo em outro. Isto foi seguido pelo lançamento de um conjunto de 4 Cds de apresentações ao vivo pela Reprise. Um documentário de áudio, originalmente feito para rádio e mais tarde lançado em 4 CDs também foi lançado por essa época e incluía muito material inédito.
No final dos anos 90, depois que o pai de Hendrix recuperou o controle sobre a propriedade de seu filho, ele e sua filha Janie estabeleceram a companhia "Experience Hendrix" para promover e cuidar de todo o extenso legado de gravações de Jimi. Trabalhando em colaboração com com engenheiro original de Jimi, Eddie Kramer, a companhia iniciou um extenso programa de relançamentos, incluindo edições totalmente remasterizadas dos álbums de estúdio e CDs de compilações de faixas remixadas e remasterizadas destinadas ao álbum 'First Rays of New Rising Sun'. Em 1994, foi lançado a compilação chamada Blues. Em 1999, em comemoração ao aniversário de 30 anos do Festival de Woodstock, foi lançado o álbum duplo Live at Woodstock.
Até agora, a companhia "Experience Hendrix" faturou mais de US$ 44 milhões de dólares em gravações e "merchandising" associado.
Na falta de um testamento, Al Hendrix, pai de Jimi, herdou os direitos e "royalties" das gravações do filho, e confiou-os a um advogado, o qual supostamente enganou Al convencendo-o a vender esses direitos a companhias pertencentes a ele próprio. Al processou-o em 1993 por administrar de forma incompetente esses bens. O processo foi financiado pelo co-fundador da Microsoft, Paul Allen, um fã devoto de Hendrix de longa data. Em uma resolução de 1995, Al Hendrix finalmente recuperou o controle sobre todas as gravações do filho. Diversos álbuns foram então remasterizados a partir das fitas originais e relançados. Al Hendrix morreu em 2002 com 82 anos. O controle dos bens e da companhia Experience Hendrix, que fora montada para administrar o legado de Hendrix, passou então à meia-irmã de Jimi, Janie.
Em 2004, Janie Hendrix foi processada por seu meio-irmão, Leon Hendrix, irmão mais novo de Jimi, o qual foi deixado de fora do testamento de seu pai, em 1997. Ele buscava a restauração de sua parte na herança e a remoção de sua meia-irmã da posição de controle da propriedade de Hendrix. Recentemente, uma revista norte-americana nomeou Hendrix como sendo o 79º melhor cantor de metal do mundo.
Seu equipamento de amplificação consistia geralmente de seis caixas Marshall 4x12, um monitor 4x12 e quatro amplificadores Marshall de 100 watts, "envenenados". O pessoal da técnica costumava ter dificuldades em manter seu equipamento funcionando em turnês, porque ele ligava tudo no máximo, sobrecarregando muito além dos limites, e freqüentemente atacava o equipamento.[carece de fontes?]
Gibson Flying V- é o característico formato de seu corpo que lhe dá seu nome. |
Guns N' Roses durante a turne Chinese Democracy em 2010 | |
Informação geral | |
Origem | Los Angeles, Califórnia [1] |
País | Estados Unidos |
Gêneros | Hard rock Heavy metal[2] |
Período em atividade | 1985 – presente |
Gravadoras | Geffen Records UZI Suicide |
Página oficial | www.gunsnroses.com |
Integrantes | |
Axl Rose Dizzy Reed Tommy Stinson Chris Pitman Richard Fortus Ron "Bumblefoot" Thal Frank Ferrer DJ Ashba | |
Ex-integrantes | |
Ole Beich (falecido) Markws Gosbon Rob Gardner Tracii Guns Steven Adler Izzy Stradlin Gilby Clarke Saul "Slash" Hudson Matt Sorum Duff McKagan Josh Freese Paul Tobias Buckethead Bryan "Brain" Mantia Robin Finck |
Guns N' Roses é uma banda de hard rock norte-americana formada em Los Angeles, Califórnia em 1985. A banda, liderada pelo vocalista e co-fundador Axl Rose, passou por várias mudanças de formação e controvérsias desde a sua criação. O Guns N' Roses lançou seis álbuns de estúdio, três EP, um álbum ao vivo e três DVDs musicais ao longo da sua carreira. O álbum mais recente da banda é Chinese Democracy, lançado em 2008 e o primeiro trabalho com novas faixas desde 1993.
Suas canções de maior sucesso são "Welcome to the Jungle", "Paradise City", "Don't Cry", "Sweet Child O' Mine", "Patience", e "November Rain", que alcançaram o top 10 da Billboard. Na sua fase nova destacam-se as canções "Chinese Democracy"," Street Of Dreams ", e "Better", singles do álbum Chinese Democracy, e "Shackler's Revenge", que saiu no jogo Rock Band 2.
A banda já vendeu cerca de 100 milhões de cópias em todo o mundo,[3] sendo cerca de 43 milhões somente nos Estados Unidos.[4] O seu álbum de estréia em 1987, Appetite for Destruction[5] vendeu cerca de 40 milhões de cópias no mundo todo, 23 milhões apenas nos Estados Unidos, sendo certificado 23 vezes platina pela RIAA (Associação da Indústria de Gravação da América).
O estilo musical, a presença em palco e a imagem de bad boy da banda contribuíram para o sucesso do grupo durante uma nova era de dominação do hard rock no final dos anos 1980 e início dos anos 1990. Enquanto o glam metal liderava nas vendas de discos, tabelas de vídeos e rádio, os Guns N' Roses ofereciam um som mais tradicional do rock, e conquistaram muitos fãs, impressionados pela autenticidade entusiasmante.[6]
A banda teve grande sucesso mundial entre 1988 e 1993, mas devido a conflitos de personalidade entre os membros do grupo levou ao fim do alinhamento original. Atualmente, Axl Rose e Dizzy Reed são os únicos membros originais no alinhamento do Guns N' Roses, sendo o vocalista desde 1985 e tecladista desde 1990, respectivamente.
Seu novo trabalho, Chinese Democracy foi lançado no dia 23 Novembro (EUA) e 25 de novembro 2008 no Brasil e já vendeu (4 de Fevereiro de 2010) cerca de 5 milhões de cópias em todo o mundo, atingindo a certificado de platina nos EUA por chegar a marca de 1 milhão de cópias.
Índice[esconder] |
A história do Guns N' Roses começa nos meados de 1985 quando o vocalista W. Axl Rose funde as bandas de qual participava para montar uma nova banda com seu amigo de infância Izzy Stradlin. A banda antes formada pela dupla se chamava Rose, que logo é renomeada para Hollywood Rose. Contava com W. Axl Rose (vocais), Izzy Stradlin (guitarra), Markws Gosbon (guitarra), Rick Holland (baixo) e Johnny Kreiss (bateria). A nova banda consegue algum destaque nos subúrbios de Los Angeles, com muitas composições próprias (que futuramente seriam tocadas pelo Guns N' Roses) como "My Way, Your Way" (Anything Goes), "Wreckless" (Reckless Life) e "Shadow Of Your Love". O último show do Hollywood Rose aconteceu na virada do ano de 1984/1985. Após isso a banda se dissolveu.
Assim, ao início de 1985, os ex-membros do Hollywood Rose, Axl Rose e Izzy Stradlin (Guitarra Base), se juntam a três ex-membros de outra banda recém dissolvida: Tracii Guns (Guitarra Solo), Ole Beich (Baixo) e Robbie Gardner (Bateria) da banda L.A. Guns. Com a junção dos membros e dos nomes das duas bandas, surge o Guns n' Roses. Essa formação porém se apresentou apenas uma única vez, em março de 1985. Após esse show, Ole Beich foi substituído por Duff McKagan.
Com essa formação (Axl, Tracii, Izzy Stradlin, Duff e Robbie), a banda fez mais alguns shows até a metade de 1985, quando a banda sofreu novas alterações: Tracii Guns e Robbie Gardner saíram da banda. Duff McKagan convidou seus antigos parceiros de Road Crew, o guitarrista Slash e o baterista Steven Adler para seus lugares. Nascia assim a formação mais conhecida da banda Guns N' Roses.
As armas são para dizer que lutamos e as rosas para dizer que vencemos. | — Axl Rose |
A estréia nos palcos da nova formação aconteceu em 6 de Junho de 1985, no conhecido Troubador em Hollywood, para cerca de 150 pessoas . Após isso, a banda seguiu para Seattle onde teve a sua turnê de estréia, conhecida por Hell Tour. Sobre esta turnê do Guns, pode-se afirmar que foi um fracasso, pois no caminho entre Los Angeles e Seatle, a Van onde os gunners viajavam quebrou, não restando alternativa a não ser abandonar o veículo e pedir carona. E esta carona, demora mais de dois dias para chegar, atrasando seu primeiro compromisso em Seattle, causando, como consequência, o cancelamento da tour inicial do Guns N' Roses pelos EUA, fazendo com que Axl e cia vendessem parte do equipamento para voltar para casa.
Em 1986, lançaram um EP independente, Live ?!*@ Like a Suicide. Uma das poucas cópias desse EP acabou na gravadora Geffen Records, que decidiu assinar um contrato com a banda.
Em 1987, com a Geffen na retaguarda da banda, o Guns começa a editar seu primeiro álbum. Nos primeiros meses de 1987, a banda passava por aquela árdua rotina (sexo, drogas, e muito hard rock em suas veias). Axl inclusive gravou sons pornográficos para colocar na música "Rocket Queen". Hoje conhece-se que os gemidos nessa música provém do ápice de uma gravação real de uma tarde se sexo entre Axl Rose e a namorada na época de Steven Adler. No dia 21 de Julho de 1987, Appetite for Destruction foi lançado. Foi aclamado pela crítica, mas o álbum e seu primeiro single, "Welcome to the Jungle", ficaram um bom tempo sem muita exposição, quase um ano, - até que David Geffen pediu a MTV para transmitir o videoclipe da música. Apesar de inicialmente passar apenas de madrugada, logo o vídeo se tornou um dos mais requisitados da emissora. O segundo single, "Sweet Child O' Mine", foi ainda mais bem-sucedido, e quando o terceiro, "Paradise City", foi lançado, o álbum já tinha alcançado o topo das paradas.
O Guns começou então a abrir shows para grandes bandas como o Iron Maiden, Rolling Stones e Aerosmith, mas à medida em que as vendas de Appetite cresciam, partiram para uma turnê mundial sendo eles os cabeças-de-cartaz de muitos concertos. Na turnê o comportamento dos membros atraía a mídia: Duff, Slash e Steven entravam no palco freqüentemente sob efeito de drogas ou álcool, e o guitarrista muitas vezes entrava no palco amparado e desmaiava ao final dos shows. Um show em Donnington, Inglaterra, no festival Monsters of Rock, teve um acontecimento trágico, quando dois fãs morreram acidentalmente pisoteados. Todos os acontecimentos nos seus concertos deram ao grupo o apelido de "A banda mais perigosa do planeta".
O lançamento seguinte foi G N' R Lies, em 1988, que incluía as quatro músicas de Live ?!*@ Like a Suicide e mais 4 canções acústicas. O álbum fez sucesso, chegando ao #2 da Billboard, vendendo até hôje 7 milhões de cópias nos EUA e outras 16 milhões mundialmente, e teve dois hits: "Patience" e "Used to Love Her". Porém uma das músicas, "One in a Million", que mencionava "niggers" (negros) e "faggots" (bichas), causou polêmica, e Axl Rose foi acusado de racismo e homofobia. Rose negou, dizendo que era fã de homossexuais como Freddie Mercury (Queen) e Elton John e, além disso, Slash era filho de uma negra. Há um pedido de desculpa pelos mal-entendidos que essa música pudesse causar no encarte do álbum.
O mau comportamento de alguns membros levou a gravadora a pedir imediatamente mudanças de comportamento. Os membros começaram a tratar-se dos seus vícios após Axl Rose ameaçar sair da banda ou demitir membros se estes continuassem à abusar do alcool e das drogas.
Em 1990, a banda começou a gravação de seu próximo álbum. Durante a gravação de "Civil War", Steven Adler não conseguia tocar bateria de tão viciado que se encontrava com cocaína e heroína, com mais de 30 takes sendo necessários.[7] Em julho daquele ano, Adler foi demitido e substituído por Matt Sorum dos ingleses The Cult. O tecladista Dizzy Reed (que passava por dificuldades financeiras na época e foi colocado na banda por indicação de Axl Rose) também se uniu à banda e o empresário foi trocado.
Em janeiro de 1991, a banda tocou para o público que até então conseguiu reunir: 140 mil pessoas no dia 20 de janeiro e 120 mil no dia 23, no festival Rock in Rio 2 realizado no estádio Maracanã, Rio de Janeiro. Foram os concertos que marcaram as estréias de Matt Sorum e Dizzy Reed na banda, o Guns N' Roses já encabeçava uns dos maiores shows e festivais da epóca. Em maio do mesmo ano, teve início a turnê mundial dos álbuns Use Your Illusion (que seriam lançados meses depois), começando pela cidade americana de East Troy, Wisconsin, com a turnê durando 26 meses, com 192 shows em 32 países. A banda Skid Row abriu os shows.
Em 1991, depois de um grande período de gravação, finalmente em setembro, foram lançados os álbuns duplos Use Your Illusion I e Use Your Illusion II. As vendas no dia 17 de setembro foram de quase 1 milhão de cópias, e os dois álbums conseguiram a primeira e segunda posição na parada da Billboard. Acompanhados de muitos singles, alguns com videoclipes superproduzidos como "Don't Cry", "Estranged" e "November Rain". Estes três clipes formam uma trilogia, baseada no conto "Without You" de Del James, jornalista e amigo de Axl Rose.
Tudo deu certo para Slash, que passou um ano fora tocando com grandes nomes como Bob Dylan, Michael Jackson, Iggy Pop e Lenny Kravitz. Mas longe de se tornar uma estrela menor do cenário, ele preferiu a química do Guns. "Se não fosse Axl, eu poderia estar ainda procurando um cantor", ressaltou. "Sair do nada e chegar a tal ponto foi uma grande virada na minha cabeça. Agora que aconteceu, e nós conseguimos nos manter juntos, eu não acredito que teremos esse tipo de problema de novo".
Em 7 de novembro de 1991, Izzy Stradlin saiu da banda, alegando que não queria mais assistir aos seus amigos se auto-destruindo nas drogas. Axl e Slash elegeram o guitarrista Gilby Clarke (ex-Kill For Thrills) como seu substituto (no entanto Izzy Stradlin' acabaria por voltar em alguns espetáculos após Clarke sofrer um acidente de moto e quebrar o pulso).
A banda continuou causando tumultos, como num show em St. Louis, Minnesota, em que Axl abandonou o palco após brigar com um espectador com uma câmera, que tirava fotos ajustando o flash diretamente para seus olhos. Acabou por gerar centenas de feridos e um processo de milhões de dólares e alguns dias de cadeia para Axl Rose. Outro acontecimento em Montreal, em que a banda abandonou o palco após apenas 9 músicas por problemas de áudio, a atitude gerou revolta - carros quebrados e incêndios. Axl também arrumou atritos generalizados com a imprensa musical dos EUA e Inglaterra, chegando a citar na música "Get in the Ring" os nomes de vários jornalistas (e as revistas em que eles trabalhavam) com quem ele gostaria de acertar as contas.
A turnê Use Your Illusion World Tour passou no Brasil em Dezembro de 1992 com 2 shows em São Paulo e um no Rio de Janeiro, e terminou em Julho de 1993 em Buenos Aires, Argentina. Foi o último show da banda com Slash, Duff, Sorum, Dizzy e Clarke.
Em 1993, a banda lançou The Spaghetti Incident?, um álbum de covers (principalmente de punk rock), com recepção "boa" do público e ruim da crítica para época. Uma canção escondida de autoria do conhecido serial killer Charles Manson, "Look at Your Game Girl" fora incluída a pedido de Axl, causando polêmica tanto pública quanto interna. The Spaghetti Incident? e o single "Since I Don't Have You" (cover da banda The Skyliners) foi sucesso em todo o mundo.
The Spaghetti Incident vendeu até hoje cerca de 1,4 milhões nos EUA, sendo considerado um desempenho fraco. [8]
Em 1994, Axl é processado por agressão pela sua ex-esposa e pela sua ex-namorada Stephanie Seymour. Também em 1994, Axl Rose demite Gilby Clarke sem informar a Slash, quem o havia contratado. Paul Tobias entrou para o seu lugar, ficando claro o descontentamento de Slash sobre o novo guitarrista. A última música com o guitarrista foi um cover de "Sympathy For The Devil", dos Rolling Stones, para o filme Entrevista com o Vampiro. Em 1996,Nessa música Axl Rose não gostou do solo executado por Slash e pediu para que um amigo seu gravasse o solo da musica por cima do solo de Slash.Slash percebeu e por esse e mais motivos se demitiu e começou um projeto chamado Slash's Snakepit, com as músicas rejeitadas por Axl para o álbum que sucederia The Spaghetti Incident?.
Em 1996, Matt Sorum saiu e no ano seguinte, Duff McKagan saiu da banda, tornando Axl o único integrante original.
Slash foi substituído pelo guitarrista de turnê do Nine Inch Nails Robin Finck, o ex-baixista do The Replacements, Tommy Stinson entrou no lugar de McKagan, e Josh Freese se tornou baterista. O multi-instrumentista Chris Pitman também se juntou, primariamente para tocar teclados. Essa formação começou a gravar um novo álbum de estúdio em 1998.
Em 1999, o Guns N' Roses lançou sua primeira música desde 94, "Oh My God" (que também teve a participação dos guitarristas Dave Navarro, ex-Red Hot Chilli Peppers e Jane's Addiction, e Gary Sunshine) especialmente para a trilha sonora do filme Fim dos Dias. A Geffen também lançou um álbum ao vivo, Live Era: '87-'93, e uma compilação de videoclipes, Welcome to the Videos, vendendo até hoje cerca de 2.3 milhões de cópias.
Em 2000, Robin Finck voltou ao Nine Inch Nails, sendo substituído pelo guitarrista avant-garde Buckethead, e o baterista da banda Primus Bryan "Brain" Mantia entrou no lugar de Josh Freese.
Em 2001, voltaram a fazer shows, três em Las Vegas, e enfim se apresentando no Rock in Rio 3, marcado como o de maior público na história da banda, com cerca de 250 mil pessoas, misturando sucessos com músicas novas. A promessa do novo álbum se dissolveu juntamente com a World Tour 2002, com a turnê cancelada e o álbum adiado.
Em 2002, Paul Tobias abandonou a banda. Foi substituído por Richard Fortus, ex-Love Spit Love. O grupo seguiu com shows em Agosto na Europa e Ásia, seguidos por uma aparição surpresa no MTV Video Music Awards. Em Novembro, começaram nova turnê americana, mas o primeiro show, em Vancouver, foi cancelado pelo fato de Axl não conseguir ir para o Canadá (o descontentamento do público foi grande). Dezesseis shows se seguiram, esgotando-se em mercados como Nova York e não vendendo bem em mercados menores. Então, um show em Filadélfia fora cancelado porque Axl supostamente tivera problemas repentinos de saúde. Os 15 mil fãs presentes se revoltaram e destruíram o local, e o resto da turnê foi cancelada.
Buckethead saiu em Março de 2004, forçando o cancelamento do show no Rock in Rio Lisboa. Nenhum guitarrista substituto fora anunciado. No mesmo mês, a Geffen lançou a coletânea Greatest Hits, já que o novo álbum de estúdio Chinese Democracy não saía há 11 anos. Rose demonstrou seu desprazer com o álbum, já que a lista de faixas fora feita sem seu consentimento, e tentou impedir seu lançamento. Falhou, e o álbum foi sucesso de vendas. Em 2006, o guitarrista Ron "Bumblefoot" Thal foi contratado, e a banda fez uma turnê com shows em Europa (inclusive no Rock in Rio Lisboa) e América do Norte, estendida para México, Ásia e Oceania em 2007. Foram convidados a tocar no Live Earth - mas no Brasil, sendo que a banda estava em turnê na Ásia, levando-os a recusar.[9] Dois shows em um festival na África do Sul foram cancelados após o baixista Tommy Stinson machucar o pulso.[10]
No dia 23 de novembro de 2008, depois de 13 anos de espera, o Chinese Democracy é lançado em todo o planeta. O disco já conseguiu a marca de 5,1 milhões de cópias no mundo e adquiriu um disco de platina nos Estados Unidos. Mesmo com o lançamento, os fãs tem mais um desgosto com Axl Rose já que a banda simplesmente não fez nada para promover o disco: nada de clipes, entrevistas e muito menos shows. A única coisa significativa foi o lançamento do disco no Rock Band. A banda anunciou em Janeiro de 2009 o guitarrista DJ Ashba para substituir o guitarrista e compositor Robin Finck, que deixou o grupo para entrar em turnê com sua ex-banda, o Nine Inch Nails. Até agora não se sabe ao certo o motivo de sua saída.
No dia 11 de dezembro de 2009 foi dado o início à Chinese Democracy World Tour (oficial, já que a "Chinese Democracy World Tour" começou em 2001, mas o album a ser promovido não havia sido lançado ainda), que promete ser a maior turnê da banda, pois de seus quatro primeiros shows, em Taipei, Seul, e Japão, o ultimo teve mais de três horas de duração. Para a surpresa de muitos fãs, o Guns N' Roses voltou a tocar covers que não entravam mais no repertório, como "Whole Lotta Rosie" do AC/DC e "Nice Boys" do Rose Tattoo. A turnê também marca o novo visual de Axl Rose, agora com cabelo liso e curto, e uma bandana, sempre de calça jeans e camiseta de cores variadas.
No show em Tokyo, o álbum Chinese Democracy quase foi tocado na íntegra, faltando apenas a faixa "Riad N' The Bedouins".
Em 2010, houve uma série de shows pelo Canadá,13 ao todo, além disso, a banda fez dois shows acústicos nos Estados Unidos. Agora a banda se prepara para a sua turnê Sul-Americana,fazendo uma série de shows, onde cinco desses shows serão no Brasil - Brasília, dia 7; Belo Horizonte, dia 10; São Paulo, dia 13; Porto Alegre, dia 16 e no Rio de Janeiro, dia 04 de abril (remarcado devido às chuvas que destruíram a estrutura do show, dia 14 de março, data em que o show se realizaria). Os shows no Brasil foram abertos por Sebastian Bach.
[editar] Álbuns de estúdio
[editar] EP[editar] Ao vivo[editar] Compilações[editar] Videografia[editar] DVD |
Black Sabbath no ano de 1999 | |
Informação geral | |
Origem | Birmingham, Inglaterra |
País | Reino Unido |
Gêneros | Heavy metal[1] |
Período em atividade | 1968 — atualmente |
Gravadoras | Vertigo, Warner Bros., Sanctuary, I.R.S., Reprise, Epic, Fontana, Castle |
Afiliações | Heaven and Hell, GZR, Dio, Rainbow, Deep Purple, Electric Light Orchestra |
Página oficial | www.blacksabbath.com |
Integrantes | |
Ozzy Osbourne Bill Ward Tony Iommi Geezer Butler | |
Ex-integrantes | |
Ver: Lista de formações do Black Sabbath |
Black Sabbath é uma banda de heavy metal formada no ano de 1968 em Birmingham, Reino Unido.[2] Sua formação "histórica" é composta por Ozzy Osbourne (vocais), Tony Iommi (guitarra), Geezer Butler (baixo) e Bill Ward (bateria). Posteriormente, houve numerosas mudanças na banda, e Iommi era o único componente fixo. Embora às vezes, sejam classificados como uma banda de hard rock (Butler define o estilo uma vez blues pesado e distorcido),[3] Black Sabbath é considerado um dos primeiros grupos de heavy metal da história ao lado do Led Zeppelin[4][5][6] e também contribuíram muito para o desenvolvimento deste tipo de gênero.[7][8] De 1970 a 2000, foram vendidos mais de cem milhões de cópias dos álbuns, tornando o Black Sabbath uma das mais bem sucedidas bandas de heavy metal, ao lado do Led Zeppelin, Deep Purple e Judas Priest, Iron Maiden, Motorhead e Metallica.[9][10]
Índice[esconder] |
O embrião do Black Sabbath surgiu no ano de 1966 em Aston, uma localidade de Birmingham, Inglaterra. A história começou quando o guitarrista Anthony "Tony" Iommi e o baterista William "Bill" Ward (ambos do grupo Mithology)[11] leram em uma loja, o anúncio de um cantor que foi à procura de músicos para formar uma banda. O cantor era John "Ozzy" Osbourne que foi um rival de Iommi durante a escola.[12] Iommi e Ward foram para casa de Ozzy e decidiram formar um complexo musical.[13] Osbourne levou ao grupo, outros dois músicos que tinham tocado com ele na banda Rare Breed: os guitarristas Terence "Geezer" Butler e Jimmy Phillips.
Mais tarde, Butler assumiu o papel de baixista, e foi também assoldato pelo saxofonista Alan "Aker" Clarke. A banda escolheu o nome inicialmente de Polca Tulk Blues e encurtado depois para Polca Tulk, e começou a construir um repertório, principalmente blues. Mais tarde, Clarke e Phillips saem do grupo e o restante dos membros decidiram alterar a denominação para Earth. A formação exibe em vários locais, tocando covers de Jimi Hendrix, Blue Cheer, Cream e The Beatles,[14] e esculpiu o primeiro demo em 1968. É recolhido algum êxito no espaço de "pubs" britânicos e permitiu que o grupo a fazer o nome no exterior, graças a gerente Jim Simpson.
Após um curto período, o nome da banda foi mudado porque havia outro grupo denominado Earth.[15] A escolha do nome, mais tarde, veio à ideia de Butler, um grande fã dos romances de "magia negra" e "terror" de autores como Dennis Wheatley. Butler tinha visto o filme de 1963, Black Sabbath por Mario Bava,[16] e escreveu uma canção que incorpora o título do filme. Isto se tornou o novo nome do grupo.[11]
O novo nome é acompanhado por uma transição para um novo som blues, em primeiro lugar com elementos do folk e, em seguida, com cada vez mais fortes e tons escuros até que uma nova solução para a qual o grupo tornou famosa e teria sido numerada para muitos críticos, como os principais pioneiros do heavy metal. O primeiro registro que a banda assinou foi com a Fontana Records e, mais tarde, com o Vertigo. No dia 13 de fevereiro de 1970, foi publicado o álbum de estréia da banda, intitulado simplesmente de Black Sabbath.
O primeiro trabalho, Black Sabbath, foi um grande sucesso (oitavo lugar nas classificações inglesas)[17] devido, em grande parte, à atmosfera histórica de composições como "Black Sabbath", "The Wizard" e "N.I.B.". O disco, para muitos, foi a inauguração de um rock mais original, tanto no sentido sonoro, mais pesado, denso e distorcido; quanto no que se refere às letras. Deep Purple e Led Zeppelin, outras bandas influentes do heavy metal da época, tinham um som mais melódico e mais próximo a outros estilos como o blues, folk e o rock n' roll. A música do Sabbath a princípio tinha características semelhantes, mas com o tempo a banda investiu em um som mais pesado e com temáticas mais obscuras, com referências explícitas a "demônios" e temas envolvendo ocultismo, que era uma novidade e uma polêmica nessa época.
Embora essa espécie de temática pudesse ser eventualmente observada em trabalhos de outros grupos, como os Beatles e Led Zeppelin, o Black Sabbath, graças a sua persistência nessa proposta, foi em grande parte um responsável por um estereótipo que se perpetuou no universo do heavy metal. Este tipo de proposta levou a banda a sofrer numerosas críticas; os mais conservadores os acusavam de promover o "satanismo" e isso costumava alimentar reprovação de grande parte da opinião pública. No entanto, essas polêmicas só contribuíram mais para o sucesso que o Black Sabbath conquistou com sua grande audiência de jovens.
O próximo álbum, Paranoid, até hoje o maior sucesso comercial do grupo (primeiro nas colocações inglesas; sete discos de platina e um de ouro),[18] é considerado de grande importância para as bases do heavy metal. O trabalho angariou para o Black Sabbath milhares de fãs em todo o mundo, graças a canções como "Paranoid", "Iron Man", "Electric Funeral" e "War Pigs". Com este trabalho, o grupo foi além da atmosfera sombria das músicas com temas mais maduros. "War Pigs", por exemplo, é uma crítica a políticos considerados responsáveis pelos horrores da guerra e "Iron Man" tem um texto puramente ciência-ficção.
Em 1971, o grupo publicou o terceiro álbum, Master of Reality, de sucesso notável. Provavelmente foi o álbum mais obscuro e introspectivo da banda. Este trabalho, junto com o Black Sabbath e Paranoid, é considerado o álbum que inspirou o doom metal.[19] Para além de canções do estilo Sabbath como "Children of the Grave" e "After Forever"(curiosamente acusada de blafêmica, apesar de ter uma forte direção cristã),[20] o álbum é conhecido, sobretudo, pelas suas estilísticas "alegações" (encontradas em canções como "Sweet Leaf", "Lord of This World", "Solitude" e "Into the Void"), que serviram de base para bandas como Saint Vitus e Candlemass.
Nota-se que o disco possui uma inovação particularmente interessante: Iommi, na verdade, toca com a guitarra em dó sustenido (um tom e meio abaixo da afinação tradicional), assim como Butler no baixo. Essa mudança, segundo declaração do guitarrista, foi feita por dois motivos: para se adaptar ao estilo vocal de Ozzy e para dar um som mais pesado para a sua música[21] (mais tarde, a partir do álbum Heaven and Hell, a guitarra e o baixo são afinadas em ré sustenido). Devido a isso, o Black Sabbath talvez tenha inaugurado a chamada "limitação": uma prática que se tornaria quase uma norma para muitos grupos de rock e metal.
Sobre a grande importância do Black Sabbath até mesmo nos dias de hoje, o vocalista do Type O Negative, Peter Steele declara:
Na minha opinião, o Black Sabbath são aqueles que deram à luz o que, geralmente, consideram o heavy metal, e não há uma banda na atualidade que não teve influência, em qualquer medida, do grupo do Tony Iommi.[22] | — Peter Steele, líder do Type O Negative |
O álbum seguinte, Black Sabbath Vol. 4 de 1972, revelou a primeira de várias alterações no som da formação, devido a uma clara contaminação do rock progressivo. Um dos pontos fortes do álbum é a balada "Changes", onde Osbourne canta acompanhado por piano e cordas. A canção é um exemplo de como os sons da formação teve evoluído, mas canções como "Tomorrow's Dream", "Snowblind" e "Supernaut" ainda mostram seu lado musical mais profundo.
Em 1973, a banda publica Sabbath Bloody Sabbath, álbum com a atmosfera caracterizada pelo rock progressivo ainda mais visível. Também conta a presença de Rick Wakeman do Yes que apareceu nos teclados, como membro externo. Entre as canções mais claramente progressistas pode citar a "Spiral Architect" e "A National Acrobat", mas ainda faltava o "clássico", com uma boa formação de "Sabbath Bloody Sabbath" e "Killing Yourself to Live". O disco foi outro grande sucesso e considerado um ponto importante na carreira artística.
Neste período, houve uma série de acontecimentos na banda. Todos os membros tiveram sérios problemas de dependência de drogas, em especial Osbourne e Ward que, após a admissão do cantor, fizeram uso de LSD todos os dias por mais de dois anos.[23] Uma mudança de gravadora (de Vertigo para a Warner) tinha atrasado o lançamento do seu novo álbum, Sabotage, publicado somente em 1975. Do ponto de vista musical, o álbum é um dos mais variados do grupo, alternando as canções de heavy metal de "Hole in the Sky" e "Symptom of the Universe", para o canto gregoriano de "Supertzar", e sons de pop rock de "Am I Going Insane (Radio)".
O próximo álbum, Technical Ecstasy de 1976, foi álbum de acesos debates com os seus adeptos, devido a um som mais flexível e para a presença de maestro e sintetizadores musicais. Embora alguns considerem positivamente o disco como muito ambicioso e inovador, que ajudou a desiludir os fãs do estilo inicial do grupo.
Em 1977, após a turnê de Technical Ecstasy, Osbourne deixou o grupo, conseqüência de tristes vicissitudes pessoais, devido a morte do seu pai, para além dos problemas derivados da sua dependência de álcool e drogas já impagável. Os restantes membros do grupo chegaram experimentar durante alguns meses com o cantor Dave Walker (ex-Fleetwood Mac), seguido pelo momentâneo regresso de Osbourne para o item de 1978, o álbum Never Say Die!.
Este trabalho segue as pegadas do álbum anterior, com sons eletrônicos e experimentais (Don Airey nos teclados). Em qualquer caso, a resposta foi negativa pública, e garantiu como uma das piores da formação, sendo a faixa-título, a única para desfrutar de uma boa popularidade entre os seus fãs.
Em 1979, devido à irreversível conflito com outros membros da banda, Osbourne foi despedido pela sua tendência para o abuso de drogas e álcool.[24] Após a saída de Osbourne, o grupo não apresentou uma formação sólida, atingindo muitas vezes, o ponto de instabilidade e assolando vários músicos durante a sua próxima carreira.
A despedida de Ozzy Osbourne, no entanto, preocupou a banda, pois ele contribuiu muito para o desempenho das canções e acima de tudo foi um grande animador do público durante os concertos ao vivo, e depois, encontrar um substituto digno foi difícil. Após a sua saída, ele foi substituído por Ronnie James Dio, ex-vocalista das bandas Elf e Rainbow.
O primeiro álbum com Dio, Heaven and Hell, foi um grande sucesso, permitindo que o grupo voltasse nas paradas, e nas vendas foi o melhor resultado da banda desde 1975, com as canções "Neon Knights", "Heaven and Hell", "Die Young" e outros que se tornaram peças significativas de sua discografia. O álbum também foi marcado pela entrada de Geoff Nicholls nos teclados. Embora nem sempre seja reconhecido como um membro oficial do grupo e forçadas a desempenhar no "backstage" dos concertos de "razões estéticas" (caso não isolado na paisagem do metal), Nicholls teve, desde então, indiscutível influência sobre o grupo, e mesmo nível compositivo.
A turnê do disco revelou, muito mais tarde, também sobre o carisma do novo cantor, a sua excelente voz e talento. Também durante o tour, Bill Ward teve que sair por razões pessoais (seus pais morreram, um após o outro, com os grandes problemas com álcool),[25] e foi concluída por Vinny Appice (irmão de Carmine Appice, famoso baterista de Vanilla Fudge, Rod Stewart e King Kobra).
Foi durante esta excursão que Dio fez o famoso gesto de "chifres", posteriormente adaptado como uma espécie de "sinal de reconhecimento" pelos amantes do metal. No entanto, a paternidade deste gesto é o tema do debate, uma vez que também foi reivindicada por Gene Simmons do Kiss.[26] No entanto, os críticos argumentam que este não foi introduzido na música, ou por Dio ou por Simmons, mas com os Beatles em 1967.[26]Na verdade, as imagens promocionais do filme animado Yellow Submarine mostram John Lennon, com o gesto em cena.[27] É também visível na capa do disco, onde Lennon mostra os chifres atrás de Paul McCartney.[28] Além disto, Dio disse ter aprendido este gesto com sua avó, que o ensinou a fazer, para evitar mal olhado.[29]
Voltando à arte da banda, Tony Iommi e os membros, com a ajuda de Appice, gravaram o álbum posterior, Mob Rules em 1981, um sucesso que também confirmou o novo estilo adquirido do Sabbath, graças às duas composições técnica de Dio. A faixa-título do álbum foi escolhida para a trilha sonora do filme Heavy Metal.
A saída e a rápida propagação do bootleg ao vivo, Live at Last (gravada pelo grupo com Ozzy, em uma turnê de 1973), convenceu o grupo a responder com um álbum ao vivo "oficial". Live Evil (1982) recolhe a maior parte das canções mais famosas do grupo (do Black Sabbath para Mob Rules). Esta publicação, no entanto, trouxe novos problemas: Iommi e Dio deram azo a debates acalorados no que se refere a mistura de sons, como o líder do Black Sabbath acusou o cantor de ter viajado para estudar a noite para aumentar o seu volume de voz e chamado de "pequeno Hitler".[30] Tudo isto, houve uma série de controvérsias que convenceu o cantor a deixar a banda, levando com ele, o Appice.
A saída do Vinny Appice e de Ronnie James Dio, deu instabilidade na banda. Para o papel do baterista, Cozy Powell foi contratado, mas a resposta foi negativa.[31] Esta lacuna foi preenchida pelo oportuno regresso de Bill Ward, porém encontrar um novo vocalista foi mais difícil do que o esperado. Foram adicionados Nicky Moore do Sanson e John Sloman da Lone Star, mas não foram tomadas.[31]Iommi queria ter David Coverdale do Whitesnake em sua banda, mas o cantor recusou a proposta.[31]
Assim, a investigação realizada por Iommi e Butler é orientada para o Ian Gillan (ex-Deep Purple), que naquele momento estava livre de qualquer compromisso, devido o problema com a sua voz.[32] Os contatos entre as duas partes são representados por uma anedota bastante bizarra. Gillan disse que recebeu um telefonema de Iommi que pediu para se encontrar para fazer um bate-papo. Os dois viram em um pub chamado The Bear em Woodstock.[32]Um dia depois, Gillan fica confuso, porque tinha bebido álcool no dia anterior, e recebeu um telefonema de seu gerente, Phil Banfield, que lhe disse para se encontrar com Black Sabbath para discutir com eles, desde que aceite a oferta de tornar-se seu novo vocalista. Praticamente, Gillan fez essa escolha, no estado de embriaguez e não se lembrar de nada.[32]
Gillan, como o vocalista, foi possível a realização de Born Again (1983), álbum muito mais maciço do que os produzidos com Ozzy e Dio, que, embora queimado pelos críticos, recebendo nota 1,5 em cinco no AMG, registrou um sucesso significativo de vendas e alcançou o quarto lugar nas classificações inglesas,[33] colocando assim canções como "Disturbing the Priest" e "Zero the Hero", ao menos para os fãs do álbum, no patamar de clássicos da banda. Este trabalho, como as do período de Ozzy, suscitou grande controvérsia, gerido pela P.M.R.C.. A canção "Trashed" foi criticada por incitação para o abuso do álcool que foi incluído em uma lista chamado de "Quinze Asquerosas" para designar as quinze canções mais escandalosas da música contemporânea.[34] Gillan irá responder a estas acusações, dizendo que a canção fala de si próprio, quando dirigindo o seu carro por Bill Ward no estado de embriaguez fora do estúdio de gravação, destruído, que termina em um canal e colocando sua vida em perigo.[35] Além disso a capa escolhida para o álbum foi intensamente criticada, com o próprio Gillan dizendo que a detesta, e também afirmando que ao ver a capa do álbum, simplesmente pegou o resto que tinha recebido em uma caixa e atirou pela janela[36]
A associação entre Gillan e Sabbath foi apelidada, ironicamente por muitos jornais, como "Black Purple", o nome dado pela fusão de Black Sabbath e Deep Purple.[37] Posteriormente foi tomada a turnê, e Ward se retirou novamente, e foi substituído por Bev Bevan (ex-Electric Light Orchestra). No final, Gillan volta ao Purple, no momento da nova reunião.
Com a saída de Ian Gillan, tirou a conclusão de um novo vocalista. Spencer Proffer, nesse momento, novo produtor da banda, contratou Ron Keel (ex-Steeler e Keel) para uma audiência, mas ao final não foi escolhido. A banda, a admissão de Keel, desejava o retorno de Ozzy.[38] Outro candidato foi George Criston da banda canadense Kick Axe[39] (outra banda gerida pelo Proffer).
Mais tarde, David Donato foi citado como vocalista oficial do grupo, que ficou por cerca de seis meses, mas não chegaram a fazer um álbum, por causa de sua inesperada demissão. As razões para o seu abandono estão envoltos em mistério, dito que ele foi despedido depois de um "horrível" emitido para a revista Kerrang!, mas tudo foi negado, enquanto outros defenderam que passou o Donato depois da gestão da banda. No entanto, Tony Iommi, em uma entrevista, preferiu não dizer nada sobre este evento.[40]
Entre os poucos e raros exemplos do Black Sabbath com Donato é a canção "No Way Out", o que não é, senão uma primeira versão de "The Shining" (contido em The Eternal Idol, publicado em 1987).[41] Donato, mais tarde, em 1986, fundou uma banda de glam metal chamada White Tiger, junto com o ex-guitarrista do Kiss, Mark St. John.[42]
O mesmo Geezer Butler, após um longo tempo com grupo, abandona e forma uma banda (o "Geezer Butler Band"), mas não esculpidas qualquer álbum. A formação original devolvidos, temporariamente, durante o evento Live Aid em 1985, festival organizado por Bob Geldof e Midge Ure, onde o grupo compartilhou o palco com artistas como Queen, David Bowie, The Who, Madonna e U2.
Como a substituição de Donato, finalmente, foi matriculado o Jeff Fenholt em 1985. O vocalista teve uma breve experiência na banda Rondinelli,[43] e permaneceu no Black Sabbath por sete meses,[44] antes de Glenn Hughes toma o seu lugar. Na seqüência, tinha tocado na banda Joshua,[45] em que o disco Surrender foi publicado em 1986. Dois anos após a sua partida, quando publicou o Seventh Star, Fenholt alegou ter participado na gravação do álbum, apesar de não ser creditado. Com efeito, com Fenholt, foi gravado em 1985, uma demo intitulada Star of Índia,[46] cujas ações serão utilizadas para liquidar a faixa-título. Posteriormente, Iommi chamou vários músicos: além de Geoff Nicholls (agora considerado um membro oficial), chegou Glenn Hughes (ex-Deep Purple e Trapeze), o baixista Dave Spitz e Eric Singer (sucessivamente no Kiss e, mais tarde, com Alice Cooper) na bateria.
Seventh Star de 1986, inicialmente um álbum solo de Iommi, porém, mais tarde, publicado por razões contratuais com a empresa discográfica, sob o nome de "Black Sabbath featuring Tony Iommi".[47] Este álbum, ainda mais, marcou a volta da viragem que começou com Ronnie James Dio, os teclados, que passou a ser um instrumento fundamental para o seu novo estilo. No entanto, comparado com Born Again, o álbum teve pouco sucesso. Além disso, alega do trabalho foi objeto de discussão entre Iommi e Fenholt,[48] que alegou ter participado na composição das faixas do disco. Fenholt, na verdade, deu um corte com o demo da banda, Star of Índia de 1985,[49] e as canções aqui são parte de lista do Seventh Star.
Na fase inicial da turnê em 1986, Hughes deixa a banda, devido aos graves problemas com a voz, após receber um punhado na garganta no dirigente do grupo, Don Arden, durante uma disputa, e foi substituído por Ray Gillen. Entretanto, a carreira solo de Osbourne andava de velas inchadas (ele já havia publicado álbuns clássicos como Blizzard of Ozz e Diary of a Madman), e da crescente fama do cantor estava prestes a cada vez mais obscuro.
A preparação para o álbum The Eternal Idol, viu o reaparecimento, como percussionista, o baterista Bev Bevan e ingressou como baixista Bob Daisley (que também tocou com Ozzy). No meio de discos, Gillen saiu do grupo. Ele foi substituído por Tony Martin, e foi o último a cantar (com canções escritas originalmente por Gillen) para o álbum The Eternal Idol, embora entre os colecionadores, possam encontrar a versão original cantada por Gillen. A reunião entre o novo vocalista e o Iommi ocorreu através do gerente de Martin, antigo companheiro de escola do líder do Sabbath.[50]
Martin foi muito apreciada, o seu talento foi comparado para muitos com o Ronnie James Dio, e participou ativamente na elaboração das canções. O álbum tem algumas referências ao passado (a canção homônima relembra sons escuros de Master of Reality), mantendo o estilo adotado nos últimos anos (a grande contribuição dos teclados). Mesmo este álbum, embora muitos considerem de bom nível, não teve o sucesso esperado.
Após o lançamento do álbum, a banda foi novamente à deriva e abalada por uma série de saídas; Iommi, Martin e Nicholls tiveram que contratar um novo baixista, (Jo Burt), e um novo baterista, (Terry Chimes do The Clash), na curta turnê promocional, que teve lugar em 1987, quase exclusivamente com datas na Europa.
Apesar destas mudanças em curso, a banda começou a estabilizar em torno das performances de Iommi (agora único membro original), Martin, Nicholls e que entrou em seguida (em substituição de Chimes), o baterista Cozy Powell (que já recebeu uma oferta de Iommi após a partida de Appice, mas nessa altura não aceitou).[31]Com a adição de Laurence Cottle no baixo, o Sabbath publicou Headless Cross (1989), álbum que recebeu um bom sucesso, maior do que o Seventh Star e The Eternal Idol. A partir da canção-título, foi estabelecido um vídeo que foi transmitido por certo período na MTV.
Em 1990 (mais uma vez com um novo baixista: Neil Murray do Whitesnake, que já tocou na turnê de Headless Cross), o grupo consolidou esse "renascimento" com outro álbum, Tyr, que vendeu muito bem e que se seguiu em turnê no mesmo ano.
Os resultados alcançados com os álbuns Headless Cross e Tyr, em 1992, Tony Iommi convoca a formação do início dos anos 1980 (do álbum Mob Rules), com Geezer Butler, Ronnie James Dio e Vinny Appice. O álbum que surgiu, Dehumanizer (1992), foi um trabalho de som áspero e levou muito mais do que uma boa opinião pública e crítica. A banda preparou uma turnê muito bem sucedida, inclusive com passagem pelo Brasil, em uma apresentação única na Pista de Atletismo do Ibirapuera, em São paulo, em maio de 1992. Depois desta apresentação, o Sabbath voltou a se apresentar no Brasil, na edição de 1994 do Festival Monsters Of Rock, mas já com outra formação.
Nessa altura, Osbourne anunciou a sua intenção de retirar da música por uma turnê (mais tarde, mudou de ideia, e organizou uma nova turnê chamada "Retirement Sucks"), e pediu a sua antiga equipe às últimas duas datas em Costa Mesa, Califórnia, em 14 e 15 de novembro. Dio não estava de acordo e acabou por sair novamente, em parte, porque o seu contrato expirou em 13 de novembro, um dia antes dos dois últimos concertos de Ozzy. Dio, porém, alegou que o real motivo de sua saída foi à persistência de divergências com Iommi, como em tempos de Heaven and Hell e Mob Rules.[51] Para completar a turnê, Iommi chamou em última hora, Rob Halford do Judas Priest.
Com a saída de Dio e Appice, a banda chama Tony Martin e Geoff Nicholls e, com o novo baterista, Bobby Rondinelli lançam o Cross Purposes, acompanhado de Cross Purposes Live, uma caixa de CDs e vídeos, publicado em 1994, e atualmente fora de impressão. Quando abandonou o grupo, Rondinelli foi substituído em surpresa, uma vez que o baterista original, Bill Ward, que assumiu a tempo para tocar as últimas quatro datas da turnê na América do Sul.
Mais uma vez, Ward e Butler abandonaram, e para o ano de 1995, regressou a formação do álbum Tyr, com Cozy Powell e Neil Murray, que lançam o álbum Forbidden, o álbum de estúdio mais recente do Black Sabbath que não tem recebido bons conselhos do público e da crítica. O rapper Ice-T cantou junto com o Martin, a canção "Illusion of Power". Na turnê, Powell acompanhou apenas as datas da turnê dos EUA, enquanto aqueles que na Europa, Rondinelli ficou no seu lugar.
Em 1996, a Castle Records publicou algumas canções do álbum Born Again até Forbidden, na coletânea intitulada de The Sabbath Stones.
Em 1997, Ozzy deu vida em seu festival Ozzfest. Na última parte do show, Butler e Iommi (e posteriormente, também Ward) apareceram no palco para tocar algumas canções clássicas do Sabbath. Com a formação original, foi gravado em 1998, o álbum duplo ao vivo, Reunion, composto exclusivamente de canções de Osbourne em versões ao vivo, mas que também incluiu mais de duas novas canções de estúdio. Em 2000, a banda foi premiada pelo Grammy na categoria "Melhor Desempenho de Metal", graças à canção "Iron Man".[52]
Parecia que a formação ia retornar na unidade histórica para a gravação de um novo álbum, mas não terminou o caso. A preparação de um novo trabalho registrado foi iniciada em 2001, mas, provavelmente, devido às restrições impostas por contratos de Osbourne em suas atividades solista, não houve qualquer resultado. Em 2004, o Sabbath teve tocado em uma nova turnê do Ozzfest (com Adam Wakeman, filho de Rick, nos teclados, substituindo Geoff Nicholls), que celebra o seu trigésimo quinto aniversário, e também em 2005, viu-lhes participar na caravana adicionando algumas datas na Europa.
Em 13 de Março de 2006, Black Sabbath entraram no Rock and Roll Hall of Fame. Eles foram introduzidos pela banda Metallica que também tocou duas canções da banda do Iommi ("Hole in the Sky" e "Iron Man").
Quando parecia que já tinha chegado ao seu final, e a retirada do cenário musical, em outubro de 2006, foi anunciada uma turnê no principal festival europeu de metal, a formação do álbum Heaven and Hell: Dio, Iommi, Butler e Ward.
O seu nome para esta excursão foi Heaven & Hell. Em novembro de 2006, Ward abandonou o projeto, porque eles disseram, muito vagamente, que houve especulações sobre o novo nome do grupo,[53] e foi substituído por Vinny Appice. Em 3 de abril de 2007, o grupo tem vindo a publicar The Dio Years, compilação de canções compostas com Dio, e também contendo faixas inéditas. Eles tocaram no Gods of Metal em junho de 2007.
Embora pensassem que o projeto Heaven and Hell seria concluído, o grupo permanece unido, lança o álbum The Devil You Know, o primeiro desde o álbum de 1995, Forbidden e já saiu em turnê, passando pelo Brasil . Porém, Ozzy manifestou o seu desejo de ser capaz de gravar novo material com a formação original do Sabbath.[54]
Em 2009, Ozzy Osbourne processou Tony Iommi pelo uso da marca Black Sabbath. Ozzy alega que Iommi registrou ilegalmente para si a propriedade sobre o nome da banda, em processo junto ao escritório de marcas e patentes dos Estados Unidos. Ozzy pede 50% de direito de propriedade sobre a marca, junto com uma parte dos lucros que Iommi obteve de seu uso ao longo dos anos. Segundo a corte federal de Manhattan, o processo ainda alega que foram os "vocais singulares de Ozzy" os principais responsáveis pelo "extraordinário sucesso" do Black Sabbath em sua primeira década de existência, apontando o fato de que a popularidade do Black Sabbath caiu após sua saída do grupo. O curioso disso tudo é que, apesar dos direitos sobre o nome Black Sabbath pertencerem a Iommi, ele foi cunhado por Geezer Butler em homenagem ao filme O Sabá Negro (No original, Black Sabbath), de 1963. Este processo até hoje (Junho/2009) não chegou ao fim.
A importância do Black Sabbath no heavy metal e outras ramificações do rock foram comentadas por vários críticos musicais. De acordo com muitos deles, o grupo foi reivindicada a paternidade do subgênero doom metal que deve muito à sua contribuição.[19]
Até mesmo o grunge sofre a influência da banda, uma vez que grupos como Alice in Chains, Nirvana e Soundgarden consideram importantes para a sua música.[55] A VH1 acrescentou o grupo em segundo lugar entre os cem melhores artistas de hard rock,[56] e escolheu o "Iron Man" como a melhor canção de metal de todos os tempos.[57] Já a revista Time colocou o Paranoid, entre os cem melhores álbuns de todos os tempos.[58] A revista Rolling Stone classificou a banda na posição oitenta e cinco, entre os cem melhores artistas de todos os tempos,[59] embora tenha acrescentado a MTV, o primeiro lugar entre as dez melhores bandas de heavy metal de todos os tempos.[60]
Aqui estão listados, artistas que prestaram homenagem ou fizeram vários covers como um tributo ao grupo de Birmingham.
Estas estatísticas foram compiladas através do banco de dados do site The Envelope, do Los Angeles Times.[64]
Estas estatísticas foram compiladas do banco de dados do RIAA.[65][66]
Metallica ao vivo em Londres, 2008. (e-d): Kirk Hammett, Lars Ulrich, James Hetfield, Robert Trujillo | |
Informação geral | |
Origem | Los Angeles, Califórnia |
País | Estados Unidos |
Gêneros | Heavy metal Thrash metal Speed metal |
Período em atividade | 1981 – atualmente |
Gravadoras | Warner Bros. Elektra, Vertigo Megaforce |
Afiliações | Spastik Children Flotsam and Jetsam Megadeth System of a Down |
Página oficial | www.metallica.com |
Integrantes | |
Lars Ulrich James Hetfield Kirk Hammett Robert Trujillo | |
Ex-integrantes | |
Ron McGovney Dave Mustaine Cliff Burton Jason Newsted |
Metallica é uma banda estadunidense de heavy metal formada em 1981, na cidade de Los Angeles, Califórnia. Fundada quando o baterista Lars Ulrich colocou um anúncio no jornal Recycler, de Los Angeles. A formação original do Metallica consistia de Ulrich na bateria, guitarrista e vocalista James Hetfield, guitarrista Dave Mustaine e baixista Ron McGovney. Estes dois últimos foram mais tarde substituídos da banda, em favor de Kirk Hammett e Cliff Burton, respectivamente. Em setembro de 1986, o ônibus de turnê da banda perdeu o controle e capotou, o que resultou em Burton sendo esmagado sob o ônibus e morrendo. Jason Newsted o substituiu menos de dois meses depois. Newsted deixou a banda em 2001 e foi substituído por Robert Trujillo, em 2003.
Os primeiros lançamentos do Metallica incluíam andamentos rápidos, instrumentais e musicalidade agressiva que os tornou como um dos "Big Four" do subgênero thrash metal juntamente com Slayer, Megadeth a Anthrax. A banda ganhou uma crescente base de fãs na comunidade de música underground, e alguns críticos dizem que o lançamento de 1986 Master of Puppets é um dos álbuns de thrash metal mais influentes e "pesados". A banda alcançou um substancial sucesso comercial com o seu álbum auto-intitulado de 1991, que estreou em primeiro lugar na Billboard 200. Alguns críticos e fãs acreditavam que o estilo musical da banda mudou de sentido apelando para o público mainstream. Com o lançamento de Load em 1996, Metallica distanciou-se de seus lançamentos anteriores, sendo descrito como "uma abordagem quase rock alternativo", e a banda enfrentou acusações de "tornar-se comercial".
Em 2000, os Metallica estiveram entre os vários artistas que apresentaram uma ação judicial contra a Napster por compartilhar materiais protegidos por direitos de autor livremente sem o consentimento dos membros da banda.[1] A resolução foi tomada, e Napster se tornou um serviço de uso pago. Apesar de atingir o primeiro lugar na Billboard 200, o lançamento de St. Anger em 2003 desapontou alguns críticos e fãs com a exclusão de solos de guitarra, bem como o "aço-auscultação" da caixa. Um filme intitulado Some Kind of Monster foi lançado em 2004, documentando o processo de gravação de St. Anger.
Metallica já lançou nove álbuns de estúdio, dois álbuns ao vivo, dois extended plays, uma coletânea, vinte e dois videoclipes, quarenta e quatro singles e finalizou o trabalho em seu nono álbum de estúdio, Death Magnetic. A banda tornou-se um dos mais influentes e bem sucedidos comercialmente grupos de heavy metal. Com cerca de 100 milhões de registros vendidos em todo o mundo, incluindo 57 milhões nos Estados Unidos, a banda já ganhou nove Grammy Awards, e teve cinco álbuns em primeiro lugar na Billboard 200.[2] O álbum de 1991, Metallica, já vendeu mais de 22 milhões de cópias, o que o torna o 25º álbum mais vendido nos Estados Unidos.[3]
O Metallica foi formado em Los Angeles, Califórnia, no início de 1981 quando o baterista Lars Ulrich colocou um anúncio num jornal de Los Angeles—The Recycler—que dizia "Baterista à procura de outros músicos de metal para jam com Tygers of Pan Tang, Diamond Head e Iron Maiden".[4] Os guitarristas James Hetfield e Hugh Tanner de Leather Charm responderam ao anúncio. Embora ele não tivesse formado uma banda, Ulrich perguntou para o fundador da Metal Blade Records Brian Slagel se ele podia gravar uma canção para a próxima compilação da gravadora intitulada Metal Massacre. Slagel aceitou e Ulrich recrutou Hetfield para cantar e tocar guitarra.[4]
Ulrich conversou com seu amigo Ron Quintana, que estava criando nomes para um fanzine. Quintana tinha proposto os nomes Metal Mania e Metallica. Ulrich utilizou Metallica para o nome de sua banda. Um segundo anúncio foi colocado no The Recycler para a posição de guitarrista solo. Dave Mustaine respondeu, e depois de verem seu equipamento caro de guitarra, Ulrich e Hetfield o recrutaram. No início de 1982, o Metallica gravou a primeira canção de sua autoria, "Hit the Lights", para a compilação Metal Massacre I. Hetfield tocou baixo na canção e Lloyd Grant foi creditado com um solo de guitarra.[4] Lançado em 14 de Junho de 1982, a primeira prensagem de Metal Massacre I listou incorretamente a banda como "Mettallica". Apesar de indignado pelo erro, o Metallica conseguiu criar suficiente "buzz" com a canção e a banda tocou seu primeiro show ao vivo em 14 de Março de 1982, na Radio City em Anaheim, Califórnia com o novo baixista Ron McGovney.[5] O Metallica gravou sua primeira demo, intitulada Power Metal, um nome inspirado pelos primeiros cartões de visita de Quintana, no início de 1982. No Outono de 1982, Ulrich e Hetfield assistiram a um show na casa noturna Whisky a Go Go em que apresentou o baixista Cliff Burton em uma banda chamada Trauma. Os dois ficaram impressionados por Burton utilizar um pedal wah-wah e o convidaram para se juntar ao Metallica. Hetfield e Mustaine queriam McGovney fora da banda porque achavam que ele "não contribuia em nada, apenas seguia."[6] Embora Burton tenha inicialmente recusado a oferta, no final daquele ano ele a aceitou com a condição da banda mover-se para San Francisco. A primeira apresentação ao vivo do Metallica com Burton foi na casa noturna The Stone em Março de 1983, e a primeira gravação com Burton foi a demo Megaforce, de 1983.[6]
O Metallica estava pronto para gravar seu álbum de estréia. Porém, quando a Metal Blade se mostrou incapaz de cobrir o custo, a banda começou a olhar para outras opções. O promotor de concertos Johnny "Z" Zazula, que tinha ouvido a demo No Life 'til Leather, de 1982, ofereceu-se para mediar um acordo de gravação entre o Metallica com as gravadoras de Nova Iorque. Depois de não despertar nenhum interesse de várias gravadoras, Zazula emprestou dinheiro para financiar o orçamento da gravação e assinou com o Metallica para a sua própria gravadora, Megaforce Records. Os membros da banda decidiram expulsar Mustaine devido às drogas, abuso de álcool e comportamento violento. O guitarrista Kirk Hammett do Exodus voou para substituir Mustaine na mesma tarde. O primeiro show do Metallica com Hammett foi em 16 de Abril de 1983, na casa noturna The Showplace em Dover, Nova Jérsei.[6]
Mustaine manifestou o seu desagrado por Hammett em entrevistas. Ele disse: "Hammett roubou meu trabalho, mas pelo menos eu comecei a chavecar sua namorada antes dele tomar o meu trabalho — como eu gosto, Kirk!" Mustaine foi "passado para trás" porque ele acredita que Hammett se tornou popular por tocar músicas que Mustaine escreveu.
Em 1983, Metallica viajou para Rochester, Nova Iorque para gravar seu primeiro álbum, Metal Up Your Ass, produzido por Paul Curcio. Devido a conflitos com a gravadora da banda e os distribuidores se recusarem a lançar um álbum com esse título, ele foi renomeado Kill 'Em All. Lançado pela Megaforce Records nos EUA e Music for Nations na Europa, o álbum culminou no número 120 da Billboard 200.[7] A banda embarcou com Raven na turnê Kill 'Em All for One para apoiar o lançamento.[8] Em Fevereiro de 1984, Metallica apoiou Venom na turnê Seven Dates of Hell, onde eles tocaram para 7,000 pessoas no Aardschok Festival em Zwolle, Países Baixos.[9]
Metallica gravou seu segundo álbum de estúdio, Ride the Lightning, no estúdio Sweet Silence em Copenhague, Dinamarca. Lançado em agosto de 1984, o álbum culminou no número 100 na Billboard 200.[7] Uma prensagem francesa erroneamente imprimiu a capa do álbum na cor verde, que agora são considerados itens de coleção. O álbum inclui canções como "For Whom the Bell Tolls", "Creeping Death" (que narra a história bíblica do êxodo de escravidão dos hebreus no Egito, incidindo sobre as diversas pragas que foram visitados com os egípcios), a balada Fade to Black e a instrumental "The Call of Ktulu". Mustaine recebeu credito como letrista para "Ride the Lightning" e "The Call of Ktulu".[9]
O diretor de A&R da Elektra Records Michael Alago, e co-fundador do Q-Prime Management Cliff Burnstein, assistiu um concerto do Metallica em setembro de 1984. Impressionado com o que viu, ele contratou Metallica para Elektra Records e fez a banda de um cliente da Q-Prime Management.[10] O crescente sucesso do Metallica foi tal que a gravadora britânica Music for Nations emitiu uma edição limitada do EP Creeping Death, que vendeu 40.000 exemplares como uma importação nos EUA. Duas das três canções do registro (versões cover de Diamond Head "Am I Evil?", e de Blitzkrieg "Blitzkrieg") apareceram no relançamento de Kill 'Em All em 1989 pela Elektra Records.[11] Metallica embarcou na sua primeira grande turnê Européia com Tank a uma média de 1.300 pessoas. Retornando para os EUA marcou uma turnê co-headlining com W.A.S.P. e suporte de Armored Saint. Metallica tocou em seu maior show no festival Monsters of Rock em 17 de agosto de 1985, com Bon Jovi e Ratt em Donington Park, na Inglaterra, tocando na frente de 70.000 pessoas. Um show em Oakland, Califórnia no festival Days on the Green viram a banda tocar em frente a uma multidão de 60.000 pessoas.[10]
O terceiro álbum de estúdio do Metallica, Master of Puppets foi gravado no Sweet Silence Studios, e foi lançado em março de 1986. O álbum culminou no número 29 na Billboard 200, e permaneceu durante 72 semanas na parada.[12] O álbum foi o primeiro da banda a ser certificado ouro em 4 de novembro de 1986, e foi certificado seis vezes platina em 2003.[3] Steve Huey de Allmusic considerou o álbum "a maior realização da banda".[13] Na sequência do lançamento do álbum, Metallica apoiou Ozzy Osbourne numa turnê nos EUA.[10] Hetfield quebrou seu pulso andando de skate e continuou a turnê apenas cantando, com técnico de guitarra John Marshall tocando a guitarra ritmo.[14]
Em 27 de setembro de 1986, durante a parte européia da turnê Damage Inc., Cliff Burton faleceu perto de Ljungby, Suécia (em uma viagem entre Estocolmo e Copenhague) quando o ônibus da turnê deslizou na rodovia congelada e tombou.[15][16] A morte de Burton resultou em questionamentos sobre o futuro da banda. Por fim os três membros remanescentes decidiram continuar o trabalho, e com o apoio da família de Burton começaram a busca por um substituto. A canção "To Live is to Die" foi gravada posteriormente em homenagem a Burton. Na música podem ser ouvidas frases na voz de Burton: "Quando um homem conta uma mentira ele mata alguma parte do mundo. Estas são as pálidas mortes com que homens desperdiçam suas vidas. Isso tudo eu não posso mais suportar, presenciar. O reino da salvação não pode me levar para casa?". O corpo de Cliff foi cremado e as cinzas lançadas em Maxwell Ranch. Na cerimónia, foi tocada a música "Orion" (um instrumental) do álbum "Master of Puppets". O Metallica tocou esta música em um medley em 1992 em San Diego na Califórnia junto com outras músicas, entre elas "My Friend of Misery" e "Incitações" a "(Anesthesia) Pulling Teeth" do álbum Kill 'Em All por várias distorções de baixo entre um solo e outro.
A partir das audições para a escolha de um novo baixista estava Les Claypool (da banda Primus), um amigo de infância de Hammett. A banda gostou do baixista, mas considerava seu estilo muito diferente do estilo do Metallica. O convite foi feito a Jason Newsted. Jason reuniu-se à banda oficialmente em 28 de outubro de 1986, três semanas após o funeral de Burton. A turnê foi terminada nos primeiros meses do ano seguinte. Em julho de 1987 gravaram The $5.98 E.P.: Garage Days Re-Revisited para testar um novo estúdio que eles haviam construído e para testar o talento de Newsted.
...And Justice for All foi lançado em 1988, o primeiro de estúdio desde a morte de Burton. Ele teve grande sucesso comercial, atingindo a sexta posição da Billboard 200, o primeiro álbum da banda a estar entre os dez primeiros.[17] Apesar de críticas, em 1989 a banda recebeu sua primeira indicação ao Grammy pelo álbum, para a categoria Melhor Desempenho de Hard Rock/Metal Vocal Ou Instrumento. Entretanto, o prêmio foi ganho pela banda Jethro Tull pelo seu álbum Crest of a Knave. O resultado gerou muita controvérsia, pois a banda realmente esperava ganhar o prêmio e já estava na saída dos fundos do palco esperando ser chamada, logo após ter apresentado a canção "One". Os integrantes do Jethro Tull (por muitos a banda não é considerada nem mesmo de hard rock e metal) não haviam nem mesmo ido à cerimônia, assumindo que sua chance de ganhar o prêmio era ínfima.
Seguido do lançamento de …And Justice for All, O Metallica assumiu a grande media da música com seu primeiro vídeo musical para a canção "One". A banda apresentou a canção em um depósito abandonado, e o vídeo foi remixado com cenas de uma versão do filme Johnny Got His Gun. Ao invés de organizar um acordo de licença para apresentar cenas do filme, a banda simplesmente comprou os direitos da obra. O vídeo foi enviado à MTV, com uma versão alternativa somente com a banda tocando, caso a emissora não aceitasse a versão original. Apesar de sua duração longa, a MTV aceitou o vídeo.[18]
Em 1991, o Metallica lançou o álbum homônimo Metallica (popularmente conhecido como The Black Album ou O Álbum Preto), que inclui canções como "Nothing Else Matters", "Enter Sandman", "Sad But True," "The Unforgiven" "Holier Than Thou", "Wherever I May Roam" e "Of Wolf And Man". A gravação foi co-produzida com Bob Rock, que já havia trabalhado com bandas de hard rock como The Cult, Bon Jovi e Mötley Crüe. O álbum possui uma capa toda preta com uma imagem pálida de uma cobra em um dos cantos, com o nome da banda no canto oposto. As sessões de gravação tornaram-se um processo longo e árduo, durando mais de um ano devido a conflitos entre os integrantes e argumentos com Rock sobre a direção do álbum, escopo e som. O custo de gravação superou um milhão de dólares. Entretanto, apesar da batalha para seu término, o álbum tornou-se o lançamento mais bem sucedido da banda, atingindo o topo da Billboard.[19]
O primeiro single de Metallica foi "Enter Sandman", mostrando um estilo de música mais lento que trabalhos anteriores da banda. Devido ao novo estilo do som, mais alegações sobre uma "banda vendida" foram direcionados ao Metallica através da década de 1990. Em 1992, durante uma turnê muito bem sucedida financeiramente com o Guns N' Roses, Hetfield sofreu severas queimaduras de segundo e terceiro grau devido a pirotecnia durante a abertura de "Fade to Black", impedindo-o de tocar guitarra por uma período da turnê. O roadie da banda e guitarrista do Metal Church John Marshall preencheu a posição da guitarra de Hetfield durante esse período.
Após quase três anos de suporte ao álbum, incluindo uma apresentação no Woodstock 1994, a banda entrou em estúdio para escrever e gravar seu sexto álbum, Load. Interromperam esse período em meados de 1995 e apresentaram-se em três concertos ao ar livre, a chamada Escape from The studio Tour 1995, com bandas como Slayer, Skid Row, Slash's Snakepit, Therapy? e Corrosion of Conformity. Load foi lançado em 1996, e durante sua produção inicial a intenção era um álbum duplo. Entretanto, foi decidido que seria melhor lançar somente metade das canções primeiro, continuar o trabalho nas canções remanescente, e lançá-las no ano seguinte. Essa continuação do trabalho resultou no álbum seguinte da banda, ReLoad, de 1997.
Esses dois álbuns representaram uma significativa mudança musical para o Metallica. as melodias rápidas de heavy metal com composições sobrepostas de guitarra foram substituídas por melodias de blues e guitarra havaiana. Suas vendas foram inferiores às vendas dos três álbuns anteriores.
Em 1998 foi lançada a compilação Garage Inc., que consistia em um álbum duplo. O primeiro CD contém gravações inéditas de covers de bandas como Killing Joke, The Misfits, Thin Lizzy, Mercyful Fate, Black Sabbath, Nick Cave e Bob Seger. O segundo CD contém gravações antigas de covers, incluindo o EP The $5.98 E.P.: Garage Days Re-Revisited.
Em 7 de março de 1999 a banda foi indicada à calçada da fama de San Francisco. O então prefeito da cidade Willie Brown, proclamou aquele como sendo o "Dia Oficial do Metallica" em San Francisco. Um mês depois em 21 e 22 de abril, a banda gravou duas apresentações com a San Francisco Symphony Orchestra, na época conduzidas por Michael Kamen. Kamen, que já havia trabalhado com Bob Rock em "Nothing Else Matters", havia entrado em contato com a banda oito anos antes, logo após o lançamento do Álbum Preto, com idéias sobre a junção da música do Metallica com uma orquestra sinfônica. Kamen e sua equipe compuseram material de orquestra adicional para um número de canções da banda, e os concertos apresentaram uma seleção de canções datadas até a época de Ride the Lightning. A banda também escreveu duas novas canções com Kamen para o evento, "No Leaf Clover" e "Minus Human". A gravação de áudio e o vídeo do concerto foram lançadas em novembro de 1999 com o nome S&M, em CD, VHS, VCD e DVD.
Em 2000, os integrantes do Metallica descobriram que uma versão demo de sua canção "I Disappear", que era suposta para ser lançada junto da trilha sonora do filme Mission: Impossible II, estava tocando nas rádios. Após descobrir a fonte de distribuição, a banda encontrou o arquivo na rede peer-to-peer de compartilhamento de arquivos do Napster, e também descobriram que todo seu catálogo foi livremente disponibilizado.[20] Foi iniciada uma ação judicial contra o Napster com Metallica deixando a ação judicial na United States District Court for the Central District of California, alegando que a Napster violou três áreas da lei: violação de direitos autorais, utilização ilegal de interface dispositivo de áudio digital, e Racketeer Influenced and Corrupt Organizations Act.[21]
Ações legais também foram iniciadas contra a Universidade de Yale, Universidade do Sul da Califórnia e Universidade de Indiana, por não bloquearem o Napster em seus campi. No ano seguinte, ambas as partes concordaram em um acordo fora dos tribunais que levou ao bloqueio de contas de utilizadores do Napster, e a banda não iniciou ações legais contra indivíduos por violação de direitos autorais.[22]
Com a controvérsia sobre a validade ou não de compartilhadores de arquivo, páginas web publicavam paródias dos membros da banda. Como retaliação, Ulrich apareceu no MTV Video Music Awards de 2000, em um vídeo com o apresentador daquele ano Marlon Wayans, no qual arruinava a idéia de usar o Napster para compartilhar música. Marlon interpretava um estudante universitário sentado em seu dormitório, ouvindo a canção "I Disappear" do Metallica. Ulrich, interpretando a si próprio, aparece e pede uma explicação. Após receber a desculpa de Wayan de que usando o Napster estava somente compartilhando, Lars replicou que a idéia de Marlon sobre compartilhar era simplesmente emprestar coisas que não eram suas sem pedir. Ele chamou então a equipe de turnê da banda, que proseguiu confiscando todos os pertences de Wayan, deixando-o quase nu em um quarto vazio. O criador do Napster Shawn Fanning respondeu posteriormente à cerimônia ao apresentar um prêmio vestindo uma camiseta do Metallica com os dizeres "Eu peguei esta camisa emprestada de um amigo. Talvez, se eu gostar dela, irei comprar uma própria".[23]
A ridicularização do público foi grande já que a banda iniciou sua carreira na cena underground com a troca de bootlegs de suas apresentações.[24] A defesa da banda era que o Napster estava permitindo acesso livre a todo o seu catálogo e não somente os bootlegs ao vivo.
Com planos de volta aos estúdios em 2001, Newsted deixou a banda em janeiro alegando que danos físicos após vários anos tocando com o grupo. Entretanto, entrevistas posteriores com Newsted e os integrantes remanescentes revelaram que o desejo de Newsted de lançar um CD e entrar em turnê com seu projeto paralelo Echobrain, e a resistência intensa de Hetfield à idéia, foi a causa primordial da saída do músico.[25] Jason também alegou que não havia espaço para ele compor porque James Hetfield "impôs" essa barreira.
Em julho de 2001, Hetfield entrou em reabilitação devido a alcoolismo e outras adicções, e por quase um ano a banda entrou em hiato. Com a volta do vocalista, a banda voltou lentamente como um trio para a escrita e gravação do próximo álbum. A tarefa de baixo nas sessões de gravação havia sido feita pelo produtor e conhecido da banda Bob Rock. A gravação do álbum foi documentada para o filme Some Kind of Monster.
No início de 2003, seguido da gravação do álbum, o Metallica iniciou audições para a escolha de substituto permanente para Newsted. Robert Trujillo, anteriormente do Suicidal Tendencies e da banda de Ozzy Osbourne, foi escolhido como novo baixista. Jason Newsted acabou reunindo-se com a banda de thrash metal Voivod em 2002. Acabou também substituindo Robert Trujillo na banda de Ozzy durante a turnê Ozzfest de 2003.[26]
Em junho de 2003 foi lançado o oitavo álbum de estúdio do Metallica, St. Anger, estreando na primeira posição das paradas musicais da Billboard 200.[27] Intencionalmente seco e bruto, foi seguido de críticas do fãs. Apesar disso, o álbum ganhou o Grammy Award de 2004 para Melhor Desempenho de Metal.
Após turnês extensas divulgando o álbum na Summer Sanitarium Tour 2003 e na Madly in Anger with the World,[28] a banda entrou em hiato dos concertos e passou a maior parte de 2005 com amigos e família.
Em 16 de fevereiro de 2006 a banda anunciou em sua página oficial que após um relacionamento de mais de quinze anos, o produtor musical de longa data Bob Rock não gravaria o próximo álbum de estúdio do Metallica. O grupo gravou em 2008 um álbum de estúdio com o produtor Rick Rubin,[29] que já trabalhou com outras bandas proeminentes de rock e metal como Slayer, System of a Down, Slipknot, Red Hot Chili Peppers, Rage Against the Machine e atualmente Linkin Park.
A banda esteve em Portugal a 28 de junho de 2007, na sua Sick of the Studio Tour, proporcionando um grande concerto no festival Superbock Superock, juntamente com Joe Satriani e Mastodon, onde tocaram temas poucos habituais nos seus concertos, como a instrumental "Orion" e ...And Justice for All canção que a banda já não tocava ao vivo há dezoito anos.
Várias especulações, sobre o novo álbum eram inevitáveis, pois a banda prometera que o som seria baseado em clássicos como: "Master of Puppets" e "…And Justice for All", em 12 de Setembro de 2008, foi lançado Death Magnetic, o disco alcançou o topo em vários países, o álbum foi aclamado pela critíca e pelos fãs e realmente resgatou a banda as suas origens oitentistas.
Depois de 11 anos de ausência o Metallica retornou ao Brasil para três shows. Porto Alegre(28 de janeiro de 2010) e São Paulo (30 e 31 de janeiro de 2010) lotando o Estádio do Morumbi com 68 mil pessoas (primeira noite). A banda tocou muitos clássicos, além de músicas do mais recente álbum Death Magnetic (2008). Os shows em São Paulo tiveram a abertura da banda brasileira Sepultura.
Nome do álbum | Gravadora | Ano de lançamento | Produtor(es) |
Kill 'Em All | Elektra | | |
Ride the Lightning | Elektra | | |
Master of Puppets | Elektra | | |
Garage Days Re-Revisited | Elektra | | |
...And Justice for All | Elektra | | |
Metallica (Black Album) | Elektra | | |
Load | Elektra | | |
ReLoad | Elektra | | |
Garage Inc. | Elektra | | |
St. Anger | Elektra | | |
Death Magnetic | Elektra | | |
Do Álbum: ...And Justice For All (1989)
Do Álbum: Metallica (1991)
Do Álbum: Garage Inc.
Do Álbum: M:I-2
Do Álbum: St. Anger
Do Álbum: Death Magnetic
Deep Purple | |
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O Deep Purple em 2004 | |
Informação geral | |
Origem | Hertfordshire, Inglaterra |
País | Reino Unido |
Gêneros | Hard rock, heavy metal |
Período em atividade | 1968–1976 1984–presente |
Gravadoras | Edel, EMI, BMG, Polydor, Warner Bros., Tetragrammaton, Aquarius |
Página oficial | www.deeppurple.org |
Integrantes | |
Ian Gillan Roger Glover Ian Paice Steve Morse Don Airey | |
Ex-integrantes | |
Joe Satriani Jon Lord Ritchie Blackmore David Coverdale Rod Evans Glenn Hughes Joe Lynn Turner Tommy Bolin Nick Simper |
Deep Purple é uma banda de rock inglesa formada em Hertford, Hertfordshire, em 1968.[1] Juntamente com o Led Zeppelin e o Black Sabbath é considerada uma das pioneiras do heavy metal e do hard rock moderno, embora alguns de seus membros tenham tentado não se categorizar como apenas um destes gêneros.[2] A banda também incorporou elementos de música clássica, blues-rock, pop e rock progressivo.[3] Foram listados pelo Livro Guiness dos Recordes como a banda mais alta do mundo,[3][4][5] e venderam mais de 100 milhões de álbuns ao redor do mundo.[6][7][8][9]
A banda passou por diversas mudanças de formação, além de um hiato de oito anos (1976-84). As formações do período 1968-76 foram comumente chamadas de Mark I, II, III e IV.[10][11] Sua segunda formação, a mais bem-sucedida comercialmente, contou com Ian Gillan (vocal), Ritchie Blackmore (guitarra), Jon Lord (teclado), Roger Glover (baixo) e Ian Paice (bateria).[5] Esta formação esteve em atividade de 1969 a 1973, e foi reunida de 1984 a 1989 e, brevemente, em 1993, antes que as rixas entre Blackmore e os outros membros da banda se tornassem intransponíveis. A formação atual inclui o guitarrista Steve Morse; com o afastamento de Lord, em 2002, conta apenas com Paice como membro original.
A marca da banda sempre foi a mistura de guitarra e teclado, com riffs simples e fortes e solos vigorosos. Sua canção mais conhecida é Smoke on the Water, gravada em 1972.
Índice[esconder] |
O Deep Purple surgiu de uma idéia exótica . No país que gerou The Beatles e Rolling Stones, revelou Jimi Hendrix e deu o título de deus a Eric Clapton, todos esperavam pela próxima grande idéia no campo fértil do rock. Em 1967, Chris Curtis, ex-baterista do The Searchers, teve a idéia exótica de reunir vários músicos muito talentosos num grupo chamado Roundabout (carrossel). Eles se revezariam em torno do baterista, como num carrossel. Depois que a idéia foi comprada pelo produtor Tony Edwards, o primeiro músico a topar a idéia foi o tecladista Jon Lord, colega de Curtis nos The Flowerpot Men, onde também tocava o baixista Nick Simper.
Era o final dos anos 60, e Curtis estava metido até o pescoço no espírito da época. Certa vez, Lord entrou no apartamento e encontrou as paredes cobertas de papel alumínio. Seu colega havia redecorado a casa pra mudar o astral. Liga, desliga, cai na estrada: Curtis desapareceu. O grupo achou um guitarrista - Ritchie Blackmore, conhecia um baterista - Ian Paice - que trouxe um colega da The Maze - o vocalista Rod Evans. Com a saída de Curtis, acabou a idéia do rodízio e a banda precisava trocar de nome. Em fevereiro de 1968, depois de queimar pestana em uma lista de nomes que incluía o pomposo Orpheus, acabou vencendo o título da música favorita da avó de Blackmore: Deep Purple.
Fase I "MK I" (1968-1969) | |
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Fase II "MK II" (1969-1973) | |
Fase III "MK III" (1973-1975) | |
Fase IV "MK IV" (1975-1976) | |
(1976-1984) | O grupo esteve separado. |
Fase II "MK II", reunião (1984-1989) | |
Fase V "MK V" (1989-1991) | |
Fase II "MK II", nova reunião (1992-1994) | |
Fase VI "MK VI" (alguns meses em 1994) | |
Fase VII "MK VII" (1994-2002) | |
Fase VIII "MK VIII" (2002-atualmente) |
O primeiro disco, Shades of Deep Purple, foi lançado em setembro de 1968. Recheado de regravações (incluindo versões progressivas de Help, dos Beatles, e Hey Joe, de Jimi Hendrix), o disco estourou nas paradas de sucesso dos EUA com uma música de Joe South: Hush, o primeiro single da banda. Em dezembro daquele ano, quando o segundo disco (The Book of Taliesyn) já havia sido lançado, eles fizeram sua primeira turnê na América, acompanhando o Cream. Nessa turnê, além de visitar a mansão de Hugh Hefner, criador da revista Playboy, o grupo também descobriu que outro motivo de seu sucesso no Novo Mundo vinha do nome da banda - o mesmo de uma droga então muito popular na Califórnia. O segundo disco também trazia regravações, como River Deep, Mountain High (sucesso na voz de Tina Turner), We Can Work it Out (Beatles) e Kentucky Woman (Neil Diamond). A composição Wring That Neck (chamada de Hard Road nos Estados Unidos, pela violência do nome) sobreviveu, no setlist do grupo, à extinção da primeira formação no ano seguinte. Foi o veículo de algumas das mais inspiradas trocas de solos entre Blackmore e Lord.
Em 1969, Blackmore e Lord estavam descontentes com a sonoridade do grupo. Ambos queriam experimentar mais com volume e eletricidade, mas consideravam que a voz de Evans não acompanharia as mudanças. O terceiro disco do grupo, chamado Deep Purple, reflete a tensão de uma banda que tinha os pés no rock inglês dos anos 60 e a cabeça em algo que ainda estava por ser criado. Sob convite do baterista Mick Underwood, em 24 de junho, Blackmore e Lord foram conferir uma apresentação do grupo Episode Six, de cujo vocalista (Ian Gillan) o ex-colega de Blackmore havia falado muito bem. Os dois membros do Deep Purple chegaram a subir ao palco para uma jam. Começou aí o mês mais tenso e criativamente decisivo em toda a carreira do Deep Purple.
Blackmore, Lord e Paice combinaram um teste com Ian Gillan. Ele levou seu amigo Roger Glover, baixista também do Episode Six. Juntos, os cinco gravaram o single Hallellujah, no dia 7 de junho. Aprovados os dois, o Deep Purple passou a ter vida dupla. Durante o dia, a segunda formação (Fase II) ensaiava no Hanwell Community Centre; à noite, a primeira (Fase I) continuava se apresentando como se nada estivesse ocorrendo. Evans e Simper não sabiam o que estava por acontecer até a véspera da estréia da Fase II nos palcos, em 10 de julho. A situação era tão maluca que, em 10 de junho de 1969, Episode Six e Deep Purple se apresentaram em bailes de Cambridge. O Deep Purple fez 11 apresentações entre a escolha dos novos membros e a estréia da nova fase; o Episode Six, oito. Mas Gillan e Glover ainda fizeram outros quatro shows para cumprir contrato com o E6 até o dia 26 de julho, intercalando com os três primeiros shows da Fase II.
Os projetos que já vinham ocorrendo, porém, continuaram. O terceiro disco tinha acabado de ser lançado na Inglaterra quando a nova formação, com sua proposta sonora mais ousada, estreou. Jon Lord também estava finalizando seu Concerto for Group & Orchestra, que seria apresentado no Royal Albert Hall, com a Royal Philharmonic Orchestra, no dia 24 de setembro. Nesse dia, além de mostrarem o novo tipo de composição idealizado por Lord (unindo as linguagens da música erudita e do rock), os ingleses de todas as classes sociais conheceram Child in Time, composta ainda em Hanwell. A composição mostra tudo o que a nova formação trazia de novo em relação à anterior: mudanças de ritmo, solos poderosos, gritos de banshee. O novo Deep Purple era elétrico e explosivo, e isso ficaria muito claro no primeiro disco da nova formação - In Rock, lançado em abril de 1970. Os ingleses puderam conhecer faixa por faixa do novo disco via BBC durante os vários meses que levaram ao lançamento. Conheceram inclusive faixas inéditas, como Jam Stew, e uma versão primitiva de Speed King chamada Kneel and Pray, com uma letra completamente diferente e muito mais maliciosa do que a conhecida e cantada até hoje.
O segundo disco da Fase II foi Fireball, que mantém a eletricidade mas envereda por um caminho mais experimental. Até um country ("Anyone's Daughter") o disco inclui, ao lado de longos instrumentais como os de "Fools" e rocks mais próximos dos que havia no disco anterior, como "Strange Kind of Woman". Os shows da turnê de 1971, disponíveis apenas em gravações piratas, mostram uma banda mais madura e mais ousada. É nessa turnê que Ian Gillan começa a fazer duelos de sua voz com a guitarra de Blackmore, por exemplo.
O passo seguinte na experimentação do Deep Purple seria gravar um disco de estúdio feito nas mesmas condições de uma apresentação ao vivo. Todos juntos, num mesmo ambiente, criando e gravando juntos como nas longas jams instrumentais que eles faziam no palco. Eles já tinham algumas músicas quase prontas: "Highway Star" começou a ser criada dentro de um ônibus, quando um jornalista perguntou como eles criavam suas músicas. Blackmore disse: "assim", e começou a tocar um riff agitado. Gillan entrou na farra e começou a improvisar uma letra: "We're on the road, we're on the road, we're a rock'n'roll ba-and!". Em setembro, a primeira versão do que seria Highway Star já estava começando a ser experimentada no palco e no programa de TV alemão Beat Club. É dessa apresentação que vem o clipe de Highway Star em que Blackmore usa um chapéu de bruxo e Gillan balbucia palavras sobre Mickey Mouse e Steve McQuinn. "Lazy" é outra canção que começou a ser testada no palco antes de ir para o estúdio.
Em dezembro de 1971, eles haviam achado o local certo para criar e gravar esse disco: Montreux, na Suíça, onde até hoje ocorre um famoso festival de jazz. O melhor lugar para gravar seria o grande cassino da cidade, onde tradicionalmente havia apresentações musicais. O cassino ainda não estava liberado para o Deep Purple quando eles chegaram - faltava uma última apresentação, de Frank Zappa, para encerrar a temporada. O grupo, então, foi assistir ao show. Zappa sempre foi um inovador do rock, e naquela apresentação em especial ele usava um sintetizador de última geração. No meio do show, alguém põe fogo no cassino. A música pára. Zappa grita: "FOGO! Arthur Brown, em pessoa!" e orienta os presentes a deixar o cassino calmamente. Em entrevistas, Roger Glover conta que todos realmente estavam calmos - o suficiente para que ele próprio ainda pudesse dar uma olhada no sintetizador antes de sair do prédio. Enquanto isso, Claude Nobs, que até hoje organiza o Festival de Jazz de Montreux, corria de um lado para o outro para tirar alguns espectadores de dentro do cassino.
O grupo foi transferido para o Grande Hotel de Montreux. No inverno, ele estava vazio, era frio e todos os móveis estavam guardados. Eles estacionaram do lado de fora a unidade móvel de gravação dos Rolling Stones, puxaram alguns fios, instalaram confortavelmente seus instrumentos nos corredores do hotel e começaram a ensaiar. O resultado é que até hoje todos os shows do Deep Purple contêm ao menos quatro das sete músicas do disco Machine Head.
A história inteira da gravação é contada em poucas palavras na música "Smoke on the Water", a última a ser gravada no disco. Blackmore havia criado um riff que não fora usado, apelidado então de "durrh-durrh". Não havia letra. Então veio a idéia de escrever sobre o que acontecera na gravação do disco. Gillan afirma que eles estavam num bar quando Roger Glover escreveu num guardanapo o título da música (que significava "fumaça sobre a água", uma boa descrição da fotografia que um jornal publicou no dia seguinte ao incêndio). Glover diz que a expressão lhe surgiu em um sonho e que Gillan lhe respondeu: "não vai rolar; parece nome de música sobre drogas, mas nós somos uma banda que bebe". Nenhum deles apostava que passaria mais de 30 anos tocando "durrh-durrh" toda noite, tamanho o sucesso que a música alcançou. Apesar de ter sido gravada em dezembro, ela só entrou no setlist em 9 de março, num show na BBC. Essa primeira apresentação consta de In Concert 1970-1972.
O ano de 1972 é movimentadíssimo, e nele o Deep Purple chegou pela primeira vez ao Japão, onde foi gravado seu mais famoso disco ao vivo, Made in Japan. Na Itália, o grupo também preparava a gravação de Who Do We Think We Are. O ritmo de trabalho da banda, porém, custou caro a eles. Por diversas vezes, membros do grupo ficaram doentes. Randy California chegou a substituir Blackmore em um show, e Roger Glover substituiu Gillan em outro. Os relacionamentos entre os membros - e especialmente entre Gillan e Blackmore - não iam bem também. Em dezembro, Gillan entregou seu pedido de demissão, avisando que deixaria o grupo no final de junho de 1973, dando aos empresários e aos colegas seis meses para decidir o que fazer do grupo.
Em 29 de junho de 1973, na segunda viagem do grupo ao Japão e após um show impecável, em que Jon Lord incluiu o "Parabéns a você" para Paice em seu solo de teclado (era o aniversário do baterista), Ian Gillan volta ao palco e avisa que seria o último show do Deep Purple. Durante o show, não havia nenhum outro sinal de desgaste. Em retrospecto, o silêncio de Gillan na hora de cantar o verso "no matter what we get out of this" ("não importa o que possamos tirar disso") em "Smoke on the Water" podia indicar que tudo o que ele poderia tirar daquilo já havia acabado. Glover também deixou o grupo, passando a se dedicar à produção, no departamento artístico da Purple Records - a gravadora do grupo.
O primeiro novo integrante recrutado para o Deep Purple, logo após o fim da Fase II, foi o baixista Glenn Hughes, que cantava e tocava baixo no Trapeze. A dupla habilidade empolgou Blackmore e Lord, mas ele não seria deixado sozinho nos vocais. O plano do Deep Purple era buscar a voz de Paul Rodgers, do Free. Após um primeiro contato, ele pediu um tempo para pensar e decidiu continuar com sua banda. Enquanto seguia a busca pelo novo vocalista, Blackmore e Hughes iam se conhecendo e tocando juntos. O que se tornaria o blues "Mistreated", sem a letra, foi composto nessa época.
A hipótese de tocar o grupo com apenas quatro membros foi cogitada, mas a idéia de ter dois vocalistas falou mais alto. Com essa idéia nas ruas, os empresários do Deep Purple não paravam de receber fitas de novos artistas. Uma delas fora enviada por um rapaz de 21 anos, gordinho e cheio de espinhas, que cantava desde os 15 anos e ganhava a vida vendendo roupas da moda numa boutique: David Coverdale. Sua banda e o Deep Purple já haviam cruzado caminhos em novembro de 1969, num show na universidade de Bradford, quando Gillan e Glover haviam acabado de entrar para o Deep Purple. O teste de Coverdale ocorreu em agosto de 1973. Durante seis horas, eles tocaram material do Deep Purple e rocks mais conhecidos, como "Long Tall Sally" e "Yesterday". Quando Coverdale foi pra casa, o restante do Deep Purple saiu para beber e decidiu: era o gordinho mesmo (nos meses seguintes, os empresários da banda lhe dariam alguns remédios para afinar a aparência).
Em 9 de setembro, o novo grupo se trancou por duas semanas no Castelo de Clearwell para compor. Empolgadíssimo, Coverdale - cuja experiência de palco era apenas com a gravação de demos - escreveu quatro letras diferentes para a música que seria "Burn". Uma delas se chamava "The Road". No dia 23, um dia depois de Coverdale completar 22 anos, a Fase III foi apresentada à imprensa inglesa. Em novembro, foi gravado o disco Burn, novamente em Montreux, com a mesma unidade móvel dos Rolling Stones com que foi gravado Machine Head. A nova equipe estrearia no palco em 8 de dezembro, na Dinamarca. Era a estréia da Fase 3 do Deep Purple. O disco só sairia em 1974.
O som da nova formação era marcado pela maior velocidade e técnica de Blackmore na guitarra e pela tensão entre os dois cantores. No estúdio, os duetos eram perfeitos. No palco, Hughes punha a trabalhar toda a potência de seus pulmões sempre que podia, muitas vezes chegando a intimidar Coverdale. O baixista e cantor também acrescentou à receita do Deep Purple uma boa pitada de tempero funky - que Blackmore aceitou inicialmente a contragosto, por entender que apesar de este estilo estar nas paradas de sucesso da época, não fazia parte, até então, dos elementos constitutivos do som do Deep Purple.
Em 6 de abril de 1974, o grupo se apresentou na Califórnia para uma platéia de 200 mil pessoas - era o festival California Jam, que duraria 12 horas e seria liderado pelo Deep Purple. O show, e particularmente o mau humor de Blackmore com o fato de ter de começar a tocar antes do anoitecer com câmeras em cima do palco, ficou famoso por ser explosivo: o guitarrista destruiu uma câmera em funcionamento com sua guitarra e, não contente, explodiu um amplificador. A silhueta do guitarrista em frente às chamas do amplificador é uma das cenas mais poderosas de toda a iconografia do rock. Trinta anos depois, Josh White, diretor de filmagens do evento, lembrou de como ele pode tê-lo induzido a isso:
"Eu falei com ele na noite anterior. O Deep Purple fez um ensaio técnico, e eu perguntei se ele ia quebrar a guitarra dele. E Richie disse: 'sim, talvez. Sei lá, que merda'. Ele estava meio puto com várias coisas que não tinham nada a ver comigo. E eu disse: 'Veja, se você for quebrar a guitarra, privilegie a câmera. Vou fazer uma bela filmagem e vai ficar genial'. E ele privilegiou bem a câmera, gerando US$ 8 mil de prejuízo."
A terceira formação do Deep Purple acabaria um ano depois de California Jam, em 7 de abril de 1975, uma semana antes de Blackmore completar 30 anos de idade. Era a turnê de lançamento do disco Stormbringer na Europa. Com ainda mais balanço funk, o disco desagradou bastante a Blackmore. Ele já tinha algumas idéias na cabeça, e ao sair já tinha uma nova banda formada: o Rainbow. Restava ao grupo o dilema entre continuar sem Blackmore - o criador de todos os riffs que tornaram o Deep Purple famoso - ou partir para outra, aproveitando que o grupo era um dos mais lucrativos de toda a história do rock.
Decidiram continuar, convidando o guitarrista Tommy Bolin, o primeiro norte-americano a fazer parte do grupo. Com essa formação (Fase IV), gravam Come Taste the Band, ainda mais suingado. A turnê é complicada, um tanto devido aos problemas de Bolin e Hughes com drogas. Em vários shows, como o registrado em Last Concert in Japan, Bolin não conseguia tocar porque seu braço estava anestesiado de drogas. Garotos talentosos, de vinte e poucos anos, ao entrar em uma máquina de fazer dinheiro na indústria do entretenimento, correm o sério risco de perderem o senso de proporção. Foi o que ocorreu na época.
Bolin tinha dois agravantes: insegurança e baixa auto-estima. Tudo isso apesar de ter gravado belíssimos discos solo, ser considerado um gênio da guitarra e ter tocado com magos do jazz como o baterista Billy Cobham. Bolin não suportava ser comparado pelos fãs aos carismáticos antecessores que teve em grandes grupos de rock. O Deep Purple era a segunda vez em que ele substituía um grande guitarrista - anteriormente, havia tocado na James Gang. No Deep Purple, ele chegou a discutir com a platéia por algumas vezes, durante apresentações.
Ao final do show de 15 de março de 1976, em Liverpool, David Coverdale desabafa com Lord: não havia mais clima para continuar com o Deep Purple. Lord desabafa de volta: não havia mais um Deep Purple para continuar. Acabou assim, em clima de confidência, a banda criada oito anos antes e que chegou a figurar no Guinness dos recordes como a mais barulhenta do mundo. Oito meses depois, Bolin morreria de overdose no Resort Hotel de Miami, após uma apresentação. E durante oito anos o Deep Purple permaneceria fora do ar.
Nesse período, os membros da banda fariam suas próprias carreiras e plantariam as bases para os futuros desenvolvimentos do Deep Purple. Por ordem de saída:
Ian Gillan - Depois de um breve período de reclusão em que vendeu motos e tentou ter um hotel, foi resgatado para os palcos por Roger Glover e sentiu-se animado o suficiente para criar sua própria banda, a Ian Gillan Band. Numa espécie de jazz-rock, seguiu até o início dos anos 80. Em 1982, dissolveu a banda, para no ano seguinte gravar um disco com o Black Sabbath: Born Again.
Roger Glover - Inicialmente, permaneceu próximo à Purple Records e foi quem mais teve contato com todos os galhos da gigantesca árvore genealógica do Deep Purple. Dois anos depois, conseguiu juntar no mesmo palco os melhores músicos da Inglaterra (muitos deles membros ou ex-membros do Deep Purple, ou seus colegas em outras bandas), no musical Butterfly Ball. Foi a primeira aparição pública de Ian Gillan após o fim do Deep Purple, substituindo Ronnie James Dio (que cantava no Rainbow de Blackmore e passaria depois pelo Black Sabbath). Produziu outras bandas, gravou dois discos solo e voltou a tocar baixo no Rainbow de Blackmore.
Ritchie Blackmore - Com o Rainbow, teve uma das bandas de hard rock de maior sucesso do final dos anos 70 e início dos anos 80, apontando o holofote para músicos como Joe Lynn Turner e Don Airey, que anos mais tarde participariam do Deep Purple. Roger Glover chegou a tocar com ele.
David Coverdale - Após dois discos solo, formou o Whitesnake e invadiu as paradas de FM dos anos 80. Na banda, tocou com Jon Lord e Ian Paice. De quando em quando, reúne o Whitesnake para turnês.
Jon Lord - Teve uma carreira solo interessante, misturando suas várias influências musicais (clássico, rock e jazz). Compôs trilhas sonoras de filmes com Tony Ashton e os dois se juntaram a Paice para o projeto Paice, Ashton e Lord. Mais tarde, uniu-se a Coverdale no Whitesnake.
Ian Paice - Tocou com diversos músicos, inclusive com Gary Moore, além de Paice, Ashton e Lord e Whitesnake.
Glenn Hughes - Reuniu o Trapeze, gravou vários discos solo, tocou com Gary Moore e Pat Thrall, lutou consigo mesmo para se livrar das drogas, cantou no Black Sabbath e mais recentemente gravou dois discos com o também ex-Deep Purple Joe Lynn Turner: o Hughes-Turner Project (HTP).
Em 1984 é anunciada a volta do Deep Purple com a sua formação de maior sucesso (Fase II), com Gillan, Blackmore, Paice, Glover e Lord. É lançado o essencial Perfect Strangers, que foi seguido por Nobody Perfect (ao vivo) e pelo fraco The House of Blue Light. Gillan decide sair novamente da banda e em seu lugar entra Joe Lynn Turner, ex-vocalista de uma fase do Rainbow.Com uma nova formação, a banda saiu em uma bem-sucedida turnê que foi muito bem elogiada pelos fãs que foram aos shows,embora o álbum tenha sido comercialmente fraco a sua turnê não foi, os shows foram marcados por performances impecavéis da banda e pela excelente presença de palco do vocalista Joe Lynn Turner. Vale lembrar que nessa turnê o Deep Purple veio ao Brasil pela primeira vez. O set-list continha clássicos da época de Coverdale e muitos que a banda não tocava a muito tempo. A banda termina a turnê no fim de 1991,e em Abril de 1992 começão a gravar o que se tornaria o The Battle Rages On, sim, o álbum foi inicialmente gravado e escrito com Joe Lynn Turner ainda na banda, mas no meio de Setembro de 1992 Joe é despedido do grupo, e em seu lugar entra novamente Ian Gillan e termina o que restou do The Battle Rages On regravando-o com sua voz,assim, O "The Battle Rages On" sai em 1993. Ritchie Blackmore entra em conflito constantemente com o restante da banda e larga o Deep Purple durante a turnê para remontar o Rainbow. No seu lugar entra o guitar-hero Joe Satriani, apenas para quebrar o galho. Os discos em que Satriani toca com o Purple são itens raros e todo colecionador procura, pois nunca esta formação gravou algo oficial. Apesar de ser convidado a permanecer na banda, Satriani recusa para continuar em sua prolífica carreira-solo. Para o lugar de Blackmore entra Steve Morse, grande fã da banda e que já havia tocado no Dixie Dregs e no Kansas.
A banda se revitaliza e volta com o bom Purpendicular, trazendo novos elementos, porém valorizando os desafios entre guitarras e órgão que fez a base musical do estilo do Deep Purple. Segue o razoável Abandon em 1998. Jon Lord decide abandonar a estrada, devido à idade, e em seu lugar entra Don Airey, um tecladista que passou por diversas bandas de hard rock, entre elas, o Rainbow de Blackmore e o Whitesnake de David Coverdale. Com Airey, Gillan, Morse, Glover e Paice são lançados Bananas, em 2003, e Rapture of the Deep, em 2005.
Em abril de 2008, os alunos da London Tech Music School, uma das mais conceituadas escolas de música da Grã-Bretanha e de onde saíram integrantes de bandas como o Radiohead, The Kinks e The Cure, elegeram o clássico "Smoke on the Water", um dos maiores sucessos da banda, como o maior riff de todos os tempos na história do rock, na frente de outros clássicos como "Smells Like Teen Spirit" do Nirvana, Sweet Child o' Mine do Guns N' Roses "My Generation" do The Who e "Born To Be Wild" do Steppenwolf. [1]
Nove turnês do Deep Purple passaram pelo Brasil até hoje:
1. 1991 - turnê de Slaves & Masters, com a Fase V (Blackmore, Lord, Paice, Glover, Turner)
2. 1997 - turnê de Purpendicular, com a Fase VII (Morse, Lord, Paice, Glover, Gillan)
3. 1999 - turnê de Abandon, com a Fase VII
4. 2000 - turnê dos 30 anos do Concerto for Group and Orchestra, com a Fase VII e convidados (Ronnie James Dio, Miller Anderson, Orquestra Jazz Sinfônica, maestro Paul Mann)
5. 2003 - turnê de Bananas, com a Fase VIII (Morse, Airey, Paice, Glover, Gillan)
6. 2005 - turnê de Rapture of the Deep, com a Fase VIII
7. 2006 - turnê de Rapture of the Deep, com a Fase VIII
8. 2008 - turnê de Rapture of the Deep, com a Fase VIII
9. 2009 - turnê de 40 anos de história da banda, com a Fase VIII
Membros e ex-membros do Deep Purple também estiveram no Brasil em suas carreiras solo ou com outras bandas (por ordem da primeira visita do grupo ao Brasil):
O Deep Purple já lançou 18 discos de estúdio desde 1968. Eles vêm sendo gradualmente relançados em versão remasterizada, com faixas extras. Nem todos esses remasters já chegaram ao Brasil. Em 2006, o remaster de Stormbringer deve ser lançado no exterior.
Especialmente depois do sucesso de Made in Japan, e mais recentemente com o lançamento oficial pela Purple Records de diversas gravações anteriormente disponíveis em bootlegs, o Deep Purple é um dos conjuntos de rock que mais lançou discos ao vivo. Confira:
(As datas se referem às datas dos shows apresentados)
(As datas se referem às gravações)
AC/DC, da E-D: Brian Johnson, Malcolm Young, Phil Rudd, Angus Young e Cliff Williams, ao vivo em Tacoma, Washington, 31 de agosto de 2009. | |
Informação geral | |
Origem | Sydney, Nova Gales do Sul |
País | Austrália |
Gêneros | Hard rock Heavy metal Blues-rock Rock and roll |
Período em atividade | 1973 – atualmente |
Gravadoras | Albert, Atlantic, Columbia, Atco, Elektra, East West, EMI, Epic |
Afiliações | Geordie The Easybeats Dio |
Página oficial | www.acdc.com www.acdcrocks.com |
Integrantes | |
Brian Johnson Angus Young Malcolm Young Phil Rudd Cliff Williams | |
Ex-integrantes | |
Bon Scott Simon Wright Chris Slade Mark Evans Dave Evans Larry Van Kriedt |
AC/DC é uma banda de rock formada em Sydney, Austrália em 1973 pelos irmãos Angus e Malcolm Young. A banda é normalmente classificada como hard rock[1] e considerada uma das pioneiras do heavy metal,[2] juntamente com bandas como Led Zeppelin, Black Sabbath, Thin Lizzy, Judas Priest e Deep Purple.[3][4][5][6] No entanto, os seus membros sempre classificaram a sua música como rock and roll.[7]
AC/DC passou por várias mudanças de alinhamento antes de lançarem o seu primeiro álbum, High Voltage, em 1975. A formação manteve-se estável até o baixista Cliff Williams substituir Mark Evans em 1977. Em 1979, a banda gravou o seu bem-sucedido álbum Highway to Hell. O vocalista e co-compositor Bon Scott faleceu a 19 de Fevereiro de 1980, após consumir na noite anterior uma grande quantidade de álcool. O grupo considerou por algum tempo a separação, mas rapidamente o ex-vocalista dos Geordie, Brian Johnson, foi selecionado para o lugar de Scott. Mais tarde nesse ano, a banda lançou o seu álbum mais vendido, Back in Black.
O álbum seguinte da banda, For Those About to Rock (We Salute You), foi também bem sucedido e tornou-se o primeiro álbum de heavy metal a atingir o 1º lugar nos Estados Unidos. O AC/DC caiu em popularidade pouco após a saída do baterista Phil Rudd em 1983. As fracas vendas continuaram até ao lançamento de The Razor's Edge em 1990. Phil Rudd regressou em 1994 e contribuiu para o álbum de 1995 da banda, Ballbreaker. Stiff Upper Lip foi lançado em 2000, tendo sido bem recebido pela crítica. Planos para um novo álbum foram anunciados em 2004, sendo cumpridos em 2008, com o lançamento do álbum Black Ice no dia 20 de outubro de 2008.[8]
O AC/DC já vendeu cerca de 200 milhões de cópias em todo o mundo,[9] incluindo 71 milhões somente nos Estados Unidos.[10] Back in Black já vendeu cerca de 43 milhões de cópias a nível mundial,[11] do quais 22 nos Estados Unidos,[12] fazendo dele o 2º álbum mais vendido de todos os tempos e o 5º mais vendido nos Estados Unidos.[12] AC/DC ficou em quarto na lista da VH1 dos "100 Maiores Artistas de Hard Rock"[13] e foram considerados pela MTV a 7ª "Maior Banda de Heavy Metal de Todos os Tempos"[14] e em 2004, a banda ficou em 72º na lista dos "100 Maiores Artistas de Todos os Tempos" feita pela revista Rolling Stone.
Índice[esconder] |
Os irmãos Malcolm e Angus Young desenvolveram uma ideia para o nome da banda depois de ver as iniciais "AC/DC" na parte de trás de uma máquina de costura da irmã mais velha deles, Margaret Young. "AC/DC" é uma abreviação de "alternating current/direct current" (que em português significa "corrente alternada/corrente contínua"). Os irmãos sentiram que esse nome simbolizava a energia da banda e o amor deles pela música.[15][16][17][16]
Em novembro de 1973, Malcolm e Angus Young formaram o AC/DC e recrutaram o baixista Larry Van Kriedt, o vocalista Dave Evans e o baterista Colin Burgess.[18] A banda se apresentou pela primeira vez em um clube chamado Chequers em Sydney em 1973.[19] Eles mais tarde assinaram com a Albert Productions. Os integrantes da banda mudaram frequentemente, Colin Burguess foi o primeiro membro demitido, e vários baixistas e bateristas passaram pela banda durante 1974.
Os irmãos Young decidiram que Evans não era o vocalista adequado para o grupo, porque eles sentiram que ele era mais um glam rocker como Gary Glitter.[20] Evans não se dava bem com Dennis Laughlin, o que também contribuiu para a saída de Dave Evans da banda.[20] Bon Scott, um vocalista experiente e amigo de George Young, estava interessado em se tornar o novo vocalista da banda.
Em setembro de 1974, Bon Scott substitui Dave Evans. A banda havia gravado apenas uma música com Evans, "Rockin' in the Parlour", a música foi regravada com Bon Scott como "Can I Sit Next to You Girl" (sétima faixa da versão australiana do álbum T.N.T. e a sexta faixa da versão internacional do álbum High Voltage).
Em janeiro de 1975, foi lançado na Austrália o álbum High Voltage, levou apenas 10 dias para ser gravado.[21] Em poucos meses, a formação da banda foi estabelecida, com Bon Scott nos vocais, Mark Evans no baixo e Phil Rudd na bateria. Mais tarde naquele ano eles lançaram o single "It's a Long Way to the Top (If You Wanna Rock 'n' Roll)", que se tornou o hino do rock para eles.[22] A música foi incluída em seu segundo álbum, T.N.T., que foi lançado apenas na Austrália e na Nova Zelândia. No álbum tinha outra música clássica, "High Voltage".
Em 1976, a banda assinou com a Atlantic Records, e fez turnê por toda a Europa. Eles ganharam muita experiência abrindos shows do Black Sabbath, Aerosmith, Kiss, Styx e Blue Öyster Cult, e tocando ao lado do Cheap Trick.[21]
O primeiro álbum do AC/DC que teve lançamento internacional foi uma compilação lançada em 1976 com faixas do High Voltage e do T.N.T., o álbum vendeu 3 milhões de cópias no mundo.[23] Na seleção das faixas, foram incluídas apenas duas músicas do primeiro álbum. O próximo álbum da banda, Dirty Deeds Done Dirt Cheap, foi lançado nas versões australiana e internacional.
Em 1977 eles lançaram o álbum Let There Be Rock e o baixista Mark Evans foi substituído pelo Cliff Williams.
AC/DC foi uma grande influência para as bandas de New Wave of British Heavy Metal. Em 2007, críticas notaram que AC/DC, juntamente com Thin Lizzy, UFO, Scorpions e Judas Priest estavam entre a segunda geração de estrelas do heavy metal.[24]
A primeira exibição do AC/DC nos Estados Unidos foi em Michigan, numa estação de rádio em 1977. O dono da estação, Peter C. Cavanaugh, reservou para a banda uma apresentação no Flint's Capitol Theater. AC/DC abriu com a famosa música "Live Wire" e fecharam com "It's a Long Way to the Top (If You Wanna Rock 'n' Roll)".[25]
Em 1978 lançaram o álbum Powerage, marcando o primeiro álbum gravado com o baixista Cliff Williams e com riffs mais pesados.[26] Apenas um single do álbum foi lançado, "Rock 'n' Roll Damnation". Foi o último álbum do AC/DC produzido por Harry Vanda e George Young.[27]
O grande avanço na carreira da banda veio na colaboração com o produtor Robert Lange no sexto álbum, Highway to Hell, lançado em 1979. Foi o último álbum do AC/DC com Bon Scott nos vocais. Foi o primeiro álbum do AC/DC a entrar no Top 100 Americano, alcançando o 17º lugar.[21]
No dia 19 de fevereiro de 1980, Bon Scott passou a noite inteira bebendo em Londres. Na manhã seguinte, Alistair Kinnear (um conhecido de Scott) o levou para o hospital em Camberwell. Scott foi declarado morto quando chegou ao hospital.
Aspiração pulmonar de vômito foi a causa da morte de Bon Scott.[28] No documento oficial de sua morte está listado como "intoxicação por álcool" e "morte por desventura".[29]
A família de Scott o enterrou no cemitério de Fremantle, na Austrália, local para onde emigraram quando Bon Scott ainda era criança.[30]
Inconsistências no documento oficial da morte de Scott tem sido citados em teorias da conspiração, que sugerem que Scott morreu de overdose por consumo de heroína, ou que foi morto dentro do carro, ou que Alistair Kinnear não existia.[29] Adicionalmente, Scott era asmático,[31] e a temperatura estava abaixo de zero na manhã de sua morte.
Após a morte de Bon Scott, a banda estava pensando em desistir, no entanto, Scott teria desejado que o AC/DC continuasse. Vários vocalistas foram citados para substituir Scott, incluindo Buzz Shearman, ex-vocalista do Moxy[32] e Terry Slesser, ex-vocalista do Back Street Crawler. Os membros do AC/DC finalmente decidiram que o novo vocalista seria Brian Johnson, ex-Geordie.
Com Brian Johnson a banda terminou de compor as músicas para o álbum Back in Black. A gravação ocorreu no Compass Point Studios em Bahamas, poucos meses após a morte de Scott. Back in Black foi produzido por Mutt Lange e gravado por Tony Platt, se tornando o álbum mais vendido da carreira de ambos. O álbum inclui hits como "Hells Bells", "You Shook Me All Night Long" e "Back in Black". O álbum recebeu certificação platina um ano após o seu lançamento,[23] e em 2006 o álbum alcançou a marca de 22 milhões de cópias vendidas nos Estados Unidos.[12] O álbum alcançou o 1º lugar no Reino Unido e o 4º nos Estados Unidos, onde ficou 131 semanas no Top 10.[21] Back in Black é o 5º álbum mais vendido de todos os tempos nos Estados Unidos.
O próximo álbum, For Those About to Rock We Salute You, foi lançado em 1981, vendeu bem e recebeu críticas positivas. As faixas "Let's Get It Up" e "For Those About to Rock (We Salute You)", alcançaram o 13º e 15º lugar no Reino Unido respectivamente.[33]
No meio de rumores de alcoolismo e drogas, o relacionamento do baterista Phil Rudd com Malcolm Young deteriorou e, após um longo período de ódio, eles brigaram. Rudd foi demitido duas horas após a briga.[17] Ele foi substituído por Simon Wright no verão de 1983.
Mais tarde naquele ano, a banda lançou o seu nono álbum, Flick of the Switch, que fez menos sucesso que seus álbuns anteriores, e foi considerado pouco desenvolvido. Um crítico afirmou que a banda "tem feito o mesmo álbum nove vezes".[34] Numa enquete da revista Kerrang!, AC/DC foi votado como a oitava maior decepção de 1984. Entretanto, Flick of the Switch alcançou o 4º lugar na parada de álbuns do Reino Unido,[17] e a banda teve menor sucesso com os singles "Nervous Shakedown" e "Flick of the Switch". O próximo álbum, Fly on the Wall, foi produzido por Angus e Malcolm Young e lançado em 1985, também foi considerado pouco inspirado e pouco desenvolvido.[35]
Em 1986, a banda retornou as paradas com a música "Who Made Who". O álbum Who Made Who foi trilha sonora do filme Maximum Overdrive de Stephen King. No álbum tem músicas mais antigas como "You Shook Me All Night Long", "Ride On" e "Hells Bells", além de músicas inéditas como "Who Made Who" e duas instrumentais, "D.T." e "Chase the Ace".
AC/DC lançou em 1988 o álbum Blow Up Your Video, foi gravado no Miraval Studio in Le Val, na França, e reuniu a banda com seus produtores originais, Harry Vanda e George Young. A banda gravou dezenove músicas, escolhendo dez para o lançamento do álbum.[36] Blow Up Your Video foi um sucesso comercial, vendeu mais cópias que seus dois últimos álbuns juntos, e alcançou o 2º lugar na parada de álbuns do Reino Unido, a melhor posição desde o Back in Black em 1980. A turnê mundial Blow Up Your Video começou em fevereiro de 1988, em Perth, Austrália.
Após a turnê, Simon Wright saiu do AC/DC para trabalhar com a banda Dio no álbum Lock Up the Wolves, e foi substituído pelo veterano Chris Slade. Brian Johnson ficou indisponível vários meses enquanto finalizava seu divórcio,[17] então os irmãos Young escreveram todas as músicas do próximo álbum, prática que continuou para todos os álbuns seguintes até o Black Ice, lançado em 2008.
O novo álbum, The Razors Edge, foi gravado em Vancouver, Canadá e produzido por Bruce Fairbairn, que já havia trabalhado com Aerosmith e Bon Jovi. Lançado em 1990, foi um grande retorno da banda, e incluía os singles "Thunderstruck" e "Are You Ready" que alcançaram o 5º e 16º lugar respectivamente na Billboard Mainstream Rock Tracks, e "Moneytalks", que alcançou o 23º lugar na Billboard Hot 100. Vários shows da turnê Razors Edge foram gravados para o álbum ao vivo do AC/DC lançado em 1992, Live. Live foi produzido por Fairbairn, e é considerado um dos melhores álbuns ao vivo da década de 1990.[37] No ano seguinte, a banda gravou a música "Big Gun", que fez parte da trilha sonora do filme de Arnold Schwarzenegger, Last Action Hero, e a música foi lançada como single, alcançando o 1º lugar na Billboard Mainstream Rock Tracks, foi o primeiro single da banda a alcançar o 1º lugar nessa parada.[21]
Em 1994, Angus e Malcom Young chamaram Phil Rudd para substituir Slade, eles tinham forte desejo em voltar a trabalhar com Rudd. Em 1995, a formação de 1980 está de volta, a banda lança Ballbreaker, gravado no Ocean Way Studios em Los Angeles, Califórnia, e produzido por Rick Rubin. O primeiro single do álbum foi "Hard as a Rock". Mais dois singles foram lançados do álbum: "Hail Caesar" e "Cover You in Oil".
Em 1997, foi lançado um box set chamado Bonfire. No box set contém quatro álbuns: uma versão remasterizada de Back in Black, Volts, e dois álbuns ao vivo, Live from the Atlantic Studios e Let There Be Rock: The Movie. Live from the Atlantic Studios foi gravado no dia 7 de dezembro de 1977 no Atlantic Studios em Nova Iorque. Let There Be Rock: The Movie é um álbum duplo gravado em 1979 no The Pavillon em Paris.
Em 2000, a banda lançou o seu 14º álbum de estúdio, Stiff Upper Lip, produzido por George Young no Warehouse Studio, em Vancouver. O álbum foi mais bem recebido pelas críticas do que o Ballbreaker, mas foi considerado necessitado de novas ideias.[38][39] A versão lançada na Austrália incluía um disco bônus com três videos promocionais e apresentações gravadas em Madrid no ano de 1996. Stiff Upper Lip alcançou o 1º lugar em cinco países, incluindo Argentina e Alemanha; 2º lugar em três países, Espanha, França e Suíça; 3º lugar na Austrália; 5º lugar no Canadá e em Portugal; e 7º lugar nos Estados Unidos, Noruega e Hungria. O primeiro single, "Stiff Upper Lip" ficou no topo da Billboard Mainstream Rock Tracks por quatro semanas.[21] Os outros singles lançados também foram muito bem, "Satellite Blues" e "Safe in New York City" atingiram o 7º e 31º lugar na Billboard Mainstream Rock Tracks respectivamente.
Em 2002, o AC/DC assinou um longo contrato com a Sony Music,[40] que passou a lançar uma série de álbuns remasterizados da banda. Cada lançamento continha um livreto expandido, com fotografias raras, recordações e notas.[41] Em 2003, todos os álbuns (exceto Ballbreaker e Stiff Upper Lip) foram remasterizados e relançados. Ballbreaker foi eventualmente relançado em outubro de 2005 e Stiff Upper Lip foi relançado mais tarde, em abril de 2007.
No dia 30 de julho de 2003 a banda tocou com The Rolling Stones e Rush no Molson Canadian Rocks for Toronto. O concerto detém o recorde de maior número de pagantes da história na América do Norte.[42] O AC/DC se tornou a segunda banda australiana que mais faturou em 2005,[43] e a sexta que faturou em 2006.[44] Verizon Wireless ganhou o direito de lançar os álbuns de estúdio e todo o Live at Donington para download em 2008.[45]
No dia 16 de outubro de 2007, a Columbia Records lançou um duplo e triplo DVD intitulado Plug Me In. O conjunto é constituído de cinco e sete horas de filmagens raras, e ainda uma gravação da banda tocando no colégio: "School Days", "T.N.T.", "She's Got Balls" e "It's a Long Way to the Top (If You Wanna Rock 'n' Roll)". O disco um contém shows raros da banda com Bon Scott, e o disco dois é sobre a era de Brian Johnson. A edição de colecionador contém um DVD extra com mais 21 performances raras da banda e mais entrevistas.[46]
No dia 18 de agosto de 2008, a Columbia Records anuncia o lançamento do 15º álbum de estúdio da banda, Black Ice, dia 18 de outubro a versão australiana e dia 20 de outubro a versão internacional. Foi o primeiro álbum lançado em oito anos, e foi produzido por Brendan O'Brien. Assim como Stiff Upper Lip, ele foi gravado no The Warehose Studio em Vancouver.[47]
"Rock 'n' Roll Train" é o primeiro single do álbum, foi lançado na rádio no dia 28 de agosto. No dia 15 de agosto, AC/DC gravou um videoclipe para a música em Londres com uma seleção especial de fãs que tiveram a chance de participar do videoclipe.[48]
No dia 3 de junho de 2009, a banda apresentou-se em Portugal, num concerto no Estádio José Alvalade, em Lisboa.[49] No dia 27 de novembro de 2009, após 13 anos, o AC/DC retornou ao Brasil, fazendo apenas um show no Estádio do Morumbi.[50]
O AC/DC entrou no Rock and Roll Hall of Fame em março de 2003. Durante a cerimônia a banda tocou "Highway to Hell" e "You Shook Me All Night Long", com os vocais feitos por Steven Tyler do Aerosmith.[51] Durante o discurso, Brian Johnson citou a música deles "Let There Be Rock".[52]
No dia 1 de outubro de 2004, uma rua de Melbourne, Corporation Lane, foi renomeada para ACDC Lane em homenagem à banda.[53] A rua fica perto da Swanson Street, onde a banda gravou o videoclipe de 1975 da música "It's a Long Way to the Top (If You Wanna Rock 'n' Roll)".[22] Uma rua em Leganés, Espanha recebeu o nome de "Calle de AC/DC" no dia 2 de março de 2000.[22][54]
Em 2005, a RIAA atualizou o número de álbuns vendidos pela banda nos Estados Unidos de 63 milhões para 69 milhões de cópias vendidas, fazendo do AC/DC a quinta banda que mais vendeu álbuns nos Estados Unidos e o décimo artista que mais vendeu álbuns nos Estados Unidos, vendendo mais que Madonna, Mariah Carey e Michael Jackson.[10] A RIAA também certificou Back in Black como dupla platina (vinte milhões) nos Estados Unidos, o álbum já vendeu mais de 22 milhões de cópias, sendo o quinto álbum mais vendido da história do país.[12]
A banda já recebeu várias indicações para o Grammy Awards, "Melhor Performance de Hard Rock" quatro vezes, "Blow Up Your Video" em 1989, "The Razors Edge" em 1991, "Moneytalks" em 1992 e "Highway to Hell" em 1994, e "Melhor Performance de Rock por um Dueto ou Grupo" em 2009 com "Rock N Roll Train".[55][56][57][58][59]
A banda já recebeu uma indicação para o American Music Awards em 1982 como "Melhor Banda/Dueto/Grupo de Pop/Rock".[60] E também já foi indicada no MTV Video Music Awards como "Melhor Videoclipe de Heavy Metal/Hard Rock" com "Thunderstruck".[61]
Já em 2010, na 52ª edição do Grammy, a banda ganhou a premiação de "Melhor Performance de Hard Rock" com a música "War Machine" do álbum "Black Ice".
Megadeth no Brixton Academy, 2008. | |
Informação geral | |
Origem | Los Angeles, Califórnia |
País | Estados Unidos |
Gêneros | Heavy metal Thrash metal Speed metal |
Período em atividade | 1983-2002 2004-atualmente |
Gravadoras | Combat Records (1984-1986) Capitol Records (1986-2000) Sanctuary Records (2001-2006) RoadRunner Records (atual) |
Página oficial | www.Megadeth.com |
Integrantes | |
Dave Mustaine David Ellefson Chris Broderick Shawn Drover | |
Ex-integrantes | |
Greg Handevidt, Nick Menza, Gar Samuelson, Kerry King, Chris Poland,Glen Drover, Jay Reynolds, Jeff Young, Marty Friedman, Al Pitrelli, James Lomenzo |
Megadeth é um grupo musical norte-americano de heavy metal liderado pelo seu fundador, vocalista e guitarrista Dave Mustaine. O grupo foi formado em 1983, após Dave ser expulso do Metallica. Desde então, a banda lançou doze álbuns de estúdio, dois álbuns ao vivo, dois EPs e quatro compilações.
Pioneiro do estilo "Thrash", a banda ganhou fama internacional ligeiramente. Ficou muito conhecida por sempre trocar sua formação devido aos constantes problemas com drogas. Após se estabilizar, lançou álbuns premiados com o disco de ouro, platina e foi nomeado ao Grammy pelo álbum Countdown To Extinction em 1992.[1] O grupo foi dissolvido em 2002, após Mustaine descobrir uma séria lesão no nervo do braço esquerdo, mas após dois anos de longa fisioterapia, Mustaine decidiu voltar a ativa com o lançamento de The System Has Failed. Desde então, a banda lançou outros dois álbuns: United Abominations (2007) e Endgame em (2009). Megadeth faz parte do Big Four of Thrash, juntamente com Metallica, Slayer e Anthrax.
O grupo já vendeu mais de 25 milhões de álbuns [2]. Em 24 anos de atividade, 20 músicos já tocaram com Mustaine, o único presente em todas formações.
Índice[esconder] |
No verão de 1983, apenas dois meses após o guitarrista Dave Mustaine ser expulso do Metallica após problemas com drogas, comportamento violento, e conflitos de personalidade com os demais membros da banda,[3] Mustaine, o baixista David Ellefson, o guitarrista Greg Handevidt, e o baterista Dijon Carruthers criaram o Megadeth, que mais tarde usaram o nome Megadeth em Los Angeles. Mustaine mais tarde disse, "Após ser expulso do Metallica, tudo que eu lembrava era que eu queria sangue. O deles. Queria ser mais rápido e pesado que eles.".[4]
Impulsionado pelo desejo de vingança,[5] Mustaine aumentou a velocidade e intensidade das músicas que já tinha escrito, como "Mechanix", cujo a nova formação do Metallica adaptou para uma versão lenta e chamada "The Four Horsemen". Após a procura sem sucesso de seis meses por um novo vocalista, Mustaine decidiu assumir a posição, se tornando assim, líder, guitarrista, compositor e vocalista.
No início de 1984, o Megadeth gravou três demos, apresentando Mustaine, Ellefson e Rausch, que continham as músicas "Last Rites/Loved to Death", "Skull Beneath the Skin", e "Mechanix". Após alguns shows, Lee Rausch foi substituído pelo baterista Gar Samuelson.[6] Após mostrar talento nas três demos, o Megadeth assinou contrato com uma Gravadora independente de Nova Iorque, chamada Combat Records, e em dezembro adicionou Chris Poland como segundo guitarrista.
Com Poland, Mustaine, Samuelson e Ellefson tocando, o Megadeth lançou o demo Last Rites e em 1985 o primeiro e excelente álbum Killing Is My Business... And Business Is Good!, com excepcional aceitação do público e da mídia.
Após lançarem Peace Sells... But Who's Buying em 1986 Chris Polland e Gar Samuelson foram despedidos da banda por Mustaine, sendo substituídos pelo guitarrista Jeff Young e pelo baterista Chuck Behler. Essa formação lançou um novo álbum intitulado So Far, So Good... So What!, com destaque para a música In My Darkest Hour, que foi por 3 meses a mais tocada nas rádios americanas.
Infelizmente naquela época o relacionamento de Mustaine com os membros do grupo não era muito bom. Ele sofria de dependência de drogas e foi preso algumas vezes por isso. Um dia a polícia o prendeu com oito tipos de drogas injetáveis. Após isso, Mustaine teve que ser internado em uma clínica de reabilitação.
Poucos meses depois, Mustaine dizia-se um novo homem e reformulou a banda, que era composta pelo guitarrista Marty Friedman e o baterista Nick Menza.
Esta formação lançou o Álbum Rust In Peace, um sucesso de vendas em todo o mundo, e por várias semanas entre os TOP 10 dos Estados Unidos. Este álbum é considerado um clássico do thrash metal. Alguns o apontam, ao lado de Master Of Puppets do Metallica, como o melhor de toda história desse estilo. Foi a turnê de Rust in Peace que levou o Megadeth pela primeira vez ao Brasil, onde o grupo se apresentou na segunda edição do Rock in Rio, realizado no Maracanã, em janeiro de 1991.
Em 1992, lançaram Countdown To Extinction, também um grande sucesso comercial. O destaque vai para a música Symphony of Destruction, que é a mais conhecida do público e foi regravada por várias outras bandas.
Youthanasia, lançado em 1994, manteve o bom nível do álbum anterior, e a música A tout le monde foi por quase 1 ano a mais tocada nas rádios dos Estados Unidos.
Em meados dos anos 1990, foi tentado uma reunião com a formação "quase original" do Metallica, com James Hetfield no vocal, Dave Mustaine na guitarra solo, Lars na bateria e o lugar de Cliff Burton seria ocupado por David Ellefson. Mas os contatos entre os empresários não deram certo.
No ano 95 lançaram o álbum Hidden Treasures, que agradou o público, mas a mídia não deu muita atenção.
Em 1997 o Megadeth lançou Cryptic Writings, um álbum de "volta às origens" com músicas que lembram toda a carreira da banda: "She-Wolf", "Trust", "Secret Place", "Vortex", "FFF", "Almost Honest", "The Desintegrators".
Nesse mesmo ano Nick Menza saiu da banda. Nick foi diagnosticado com um tumor no joelho. Exames constataram-no como benigno, e o tumor foi removido. Ao invés de cancelar os shows, Dave Mustaine chamou o baterista Jimmy DeGrasso. Nick Menza contou em várias entrevistas que um dia, enquanto ainda estava no hospital se recuperando da cirurgia, Dave Mustaine telefonou e simplesmente disse "seus serviços não são mais necessários".
Em 1999, a banda lançou o polêmico álbum Risk, que continha músicas semi-eletrônicas. Este álbum desiludiu muitos fãs da banda e foi um fracasso crítico e comercial. Destaque para a música "Crush Em'", que foi tema do filme Soldado Universal. Um dos fãs assumidos que a banda ganhou foi o ator Jean-Claude van Damme, que hoje é um grande amigo de Dave Mustaine.
Mustaine previa que o álbum Risk seria o último do guitarrista Marty Friedman. Até hoje não se sabe ao certo o motivo de sua saída. A versão oficial é de que ele não queria mais tocar em nenhuma banda, e sim criar uma longa carreira solo, a qual vem dando certo até hoje no Japão. Para o seu lugar, foi escalado Al Pitrelli, ex-guitarrista da banda Savatage.
Era o ano de 2001, e a banda lançou o polêmico álbum The World Needs a Hero. Este teve muito boa aceitação. Uma curiosidade é que a banda foi barrada ao entrar na Malásia para fazer um show. O motivo foi que "a banda causa má conduta e deixa os jovens visivelmente modificados".
No dia 3 de abril de 2002 Dave decide encerrar temporariamente o Megadeth por problemas em um nervo no braço. Naquela época ele entrou em crise com David Ellefson, o baixista da banda. Houve muitas brigas, inclusive judiciais. Em meio de todas essas confusões, Mustaine relança o álbum Killing Is My Business… and Business Is Good!, com novas faixas.
Era o ano de 2004, todos pensavam que a banda iria encerrar definitivamente suas atividades. Mas Dave Mustaine conseguiu se recuperar do seu problema no tendão e anunciou o reinício da banda. Além disso, lançou mais CDs remasterizados e com faixas novas.
Na metade do ano 2004, o Megadeth lança o álbum The System Has Failed. Para alguns o segundo melhor da história do grupo. As letras eram ótimas e faziam ataques ao governo americano. Chris Poland (guitarra), Vinnie Colaiuta (bateria) e Jimmy Lee Sloas (baixo) completaram a banda.
Após as vendas do novo álbum serem melhores de que o esperado, Mustaine anuncia uma tour pelo mundo. Chama o guitarrista Glen Drover e seu irmão Shawn Drover para a bateria. O baixista foi James MacDonough. Em 11 de outubro de 2005, a banda tocou no Brasil.
Em Fevereiro de 2006, o então baixista MacDonough foi despedido por Mustaine. Boatos na Internet sugeriram a volta de David Ellefson, que fez as pazes com Dave um mês antes. Todos queriam isso, menos o próprio David Ellefson. Chamou, então, o baixista James LoMenzo.
Ainda em 2006, a banda lançou o novo DVD intitulado Arsenal of Megadeth que foi muito bem vendido nos Estados Unidos.
2007 foi um grande ano para a banda norte-americana. Em março, a banda lançou um DVD intitulado That One Night, Live in Argentina. United Abominations saiu em maio e despontou como o retorno da banda às suas raízes. O álbum vem fazendo muito sucesso entre os fãs do mundo inteiro. Alguns até dizem ser o melhor álbum desde o clássico Rust In Peace.
Recentemente, a banda lançou uma nova coletânea, intitulada Megadeth Warchest, que traz 4 CD's com grandes músicas da banda, incluíndo algumas inéditas e um DVD bônus de um show.
No dia 14 de Janeiro de 2008, Mustaine anunciou oficialmente a saída de Glen Drover por motivos particulares. O escolhido para substituir Glen foi o ex-guitarrista do Nevermore, Chris Broderick.
Com Chris Broderick na guitarra, a banda lançou em 2009 o excepcional Endgame, que até agora teve muito boa aceitação da mídia e do público, sendo considerado um dos melhores albuns já lançados pelo Megadeth.
No dia 8 de Fevereiro de 2010, Mustaine anuncia a volta do baixista original David Ellefson, que integrara a banda desde seu início até 2002.
Guitarristas
Baixistas
Bateristas
Estes três músicos gravaram o CD The System Has failed com Mustaine, mas não continuaram na banda.
No ano 1996, Dave Mustaine, juntamente com Lee Ving, o vocalista da banda LA Punk Fear, formam o projeto paralelo ao Megadeth. A esse se dá o nome de MD.45. MD são as inicias de Dave Mustaine ao contrário. 45 são as iniciais de Lee Ving - LV) em números romanos invertidos. Jimmy DeGrasso, "que futuramente iria fazer parte do Megadeth", era o baterista. Com Kelly Lemieux no baixo, completaram a formação. O grupo lançou em 1996 um álbum The Craving. Em 2004, o álbum foi regravado, mas dessa vez com Dave Mustaine nos vocais.
Dave Mustaine se tornou popular por declarações polêmicas na imprensa,[7] quase sempre abordando assuntos relacionados a rivalidades com antigos companheiros e músicos de bandas como Slayer e Metallica. Ficou conhecido por sua desavença com James Hetfield e Lars Ulrich, sempre os acusando de terem feito uma grande injustiça após sua expulsão do Metallica e de eles terem roubado letras de músicas prontas de Dave, sem ao menos dar crédito a ele.[8]
Em abril de 1988, em um concerto musical na Irlanda, Mustaine dedicou uma música à República Armada Irlandesa..[9][10] Antes do final da música "Anarchy in the U.K.", Mustaine disse "Essa música é pela nossa causa!". Uma grande confusão se gerou na platéia e a banda teve de usar um ônibus blindado até o fim da tour. Este incidente serviu de inspiração para outras músicas como "Holy Wars… the Punishment Due".
Em Julho de 2004, o antigo baixista David Ellefson processou Mustaine e pediu $18.5 milhões. Ellefson alegou que Dave Mustaine alterou seu contrato e se negou a um acordo após a banda acabar em 2002.[11] Ellefson também acusou Mustaine de ficar com todo o dinheiro que a banda ganhava com propaganda e públicações em revistas. O processo foi interrompido em 2005,[12]
Desde o retorno da banda, o Megadeth nunca mais tocou canções com citações demoníacas, por Mustaine ter se convertido à religião cristã.[13][14] Em 2004, Dave Mustaine é batizado novamente. Em maio de 2005, Mustaine cancelou dois show na Grécia e um em Israel, pois se negou a subir ao palco com bandas de black metal, que utilizavam muitas referências Anti-Cristo em suas letras.[15]
Desde o seu início, o Megadeth tem um tema que expoem com grande frequência nas suas músicas. Guerra - o que já é bem explicito no nome da banda. Nas músicas "Set The World Afire" e "Gears of War", Mustaine expõe os problemas de uma guerra nuclear. As músicas "Architecture of Aggression" e Hangar 18 mostram temas militares, que quase sofreram censura. A conhecida Holy Wars… The Punishment Due fala sobre a guerra em Israel e as consequencias do sangrento combate. Peace Sells.., fala sobre a paz mundial, cada vez mais afetada pelos políticos, que não se interessam por ela. Mas as músicas mais polêmicas, na verdade, falam sobre suícidio. O videoclipe da música In my darkest hour foi banido da MTV mundial, porque passava tal mensagem. O mesmo aconteceu com a música "A tout le monde" , que apesar de não ser sobre o suicido é intrepretada por muitos como sendo. Após a conversão de Dave Mustaine em 2004 ele tem feito letras sobre o cristianismo, como de Shadow of Death, Truth Be Told, Never Walk Alone e Blessed Are The Dead.
Outros temas comuns nas músicas são política e relacionamentos.
Iron Maiden em apresentação em 2008 durante o Somewhere Back in Time World Tour. Da esquerda para a direita: Bruce Dickinson, Adrian Smith, Steve Harris, Dave Murray e Janick Gers. | |
Informação geral | |
Origem | Londres, Inglaterra |
País | Reino Unido |
Gêneros | Heavy metal |
Período em atividade | 1975 - atualmente |
Gravadoras | EMI, Universal, Sanctuary, Epic, Columbia, Portrait, Capitol |
Página oficial | www.ironmaiden.com |
Integrantes | |
Bruce Dickinson Dave Murray Adrian Smith Janick Gers Steve Harris Nicko McBrain | |
Ex-integrantes | |
Paul Di'Anno Terry Rance Ron Matthews Dennis Wilcock Bob Sawyer Terry Wapram Thunderstick Tony Moore Doug Sampson Tony Parsons Dennis Stratton Clive Burr Paul Todd Paul Cairns Blaze Bayley |
Iron Maiden é uma banda inglesa de heavy metal, formada em 1975 pelo baixista Steve Harris, ex-integrante das bandas Gypsy's Kiss e Smiler. Originária de Londres, foi uma das principais bandas do movimento musical que ficou conhecido como NWOBHM (New Wave of British Heavy Metal). O nome "Iron Maiden" foi inspirado em um instrumento de tortura medieval[1] que aparece no filme O Homem da Máscara de Ferro. Esse também era o apelido da ex-primeira ministra britânica Margaret Thatcher, que aparece nas capas dos compactos "Women in Uniform" e "Sanctuary".
Com mais de três décadas de existência, catorze álbuns de estúdio, seis álbuns ao vivo, catorze vídeos e diversos compactos, o Iron Maiden é uma das mais importantes e bem sucedidas bandas de toda a história do heavy metal, tendo vendido de 90 a 120 milhões de álbuns registrados em todo o mundo. Seu trabalho influenciou diversas bandas de rock e metal. Eles são citados como influência por bandas como Hazy Hamlet, Anthrax, Angra, Metallica, Helloween, Death, Megadeth, Dream Theater e Mystery, entre muitos outros.
Em março de 2001, a banda recebeu o prêmio Ivor Novello em reconhecimento às realizações em um parâmetro internacional como uma das mais bem-sucedidas parcerias de composição da Inglaterra. Durante a turnê americana de 2005, foi adicionada à Calçada da Fama de Hollywood.[2] A banda também está presente nas principais listas de maiores bandas de rock de todos os tempos.[3]
O Maiden já encabeçou diversos grandes eventos, entre eles Rock in Rio, Monsters of Rock em Donington, Ozzfest ao lado do Black Sabbath, Wacken Open Air, Gods of Metal, Lollapalooza, Download Festival e os Festivais de Reading e Leeds.[4]
A banda têm diversas canções baseadas em lendas, livros, histórias e filmes, entre as quais The Phantom of the Opera, The Wicker Man, The Prisoner, Stranger in a Strange Land - que é um romance de ficção científica de 1961, escrito por Robert A. Heinlein, Murders In The Rue Morgue, Flight of Icarus, Where Eagles Dare, Rime of the Ancient Mariner - baseada no poema de Samuel Coleridge -, To Tame a Land - da série de ficção científica Duna, de Frank Herbert - e The Trooper - canção baseada no romance The Charge of The Light Brigade. Outros temas bastante recorrentes nas músicas da banda são ocultismo, assassinato e o escuro, por exemplo, nas músicas Murders in the Rue Morgue e Innocent Exile e nas capas dos álbuns Sanctuary, Women in Uniform, Iron Maiden e Bring Your Daughter To The Slaughter.
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A história da banda se iniciou em Maio de 1975 com o baixista Steve Harris. Depois de ter suas composições rejeitadas por várias bandas nas quais participava, Steve Harris decidiu criar sua própria banda, se juntando com o guitarrista Dave Murray alguns meses depois. Trinta e quatro anos depois, os dois ainda permanecem como membros do Iron Maiden.
A primeira formação da banda juntava Steve Harris a Paul Day (voz), Dave Sullivan e Terry Rance (guitarras) e Ron Matthews (bateria). Paul Day foi mais tarde substituído por Dennis Wilcock (grande admirador do Kiss) que usava fogo, maquilagem e sangue falso no palco e que trouxe Dave Murray para a banda, tendo como consequência a saída da primeira dupla de guitarristas. Bob Sawyer entrou na banda no final de 1976 como segundo guitarrista, mas como tinha ciúmes de Murray, virou Dennis Wilcock contra Dave e Dennis sugeriu a expulsão dele. Bob não ficou para trás e por suas atitudes errôneas no palco, foi junto em Julho de 77. Ron Matthews agüentou um pouco mais. Havia um guitarrista de uma banda chamada Hooker que o Maiden via tocar nos pubs: Terry Wapram. Após uma audição, a banda convidou-o para entrar e Wapram realizou alguns shows como único guitarrista. Pouco após isso, Ron saiu (não se sabe ao certo se por influência de Wilcock, como relatou no Early Days). Dave Murray juntou-se ao seu amigo Adrian Smith na banda Urchin em 1977, enquanto que o Iron Maiden passava um mau bocado: Steve e Dennis chamaram Thunderstick (Barry Graham) (bateria) Tony Moore (teclado), mas após um concerto perceberam que o teclado não seria um bom substituto para a segunda guitarra. A banda ficou descontente e o clima foi ficando ruim até que após poucos ensaios, Moore decidiu sair. Nesse momento, Harris foi a um ensaio do Urchin para chamar Murray de volta para banda, o que aconteceu com sucesso. Mas Wapram, indignado porque perderia parte das atenções, não aceitou Murray de volta e foi convidado a sair. Com Murray de volta e apenas 4 integrantes, a banda decide marcar um show no Bridgehouse e outro no pub Green Man. O primeiro foi um fiasco, depois do baterista ter errado em várias músicas e gritar para o público se calar. Nessa época Wilcock já havia espalhado para alguns fãs que pretendia sair da banda e o show havia gerado alguma expectativa em torno disso também. Foi o que aconteceu. No intervalo entre o Bridgehouse e o Green Man, Dennis não disse nada e não compareceu no pub. Harris foi até sua casa, mas o vocalista se negou a cantar um último show. Arrasado, Harris voltou para cumprir com o acordo e o Maiden se apresentou como um trio em Abril de 78, com Steve Harris, Dave Murray e Thunderstick. Steve expulsou o baterista, já contando com Doug Sampson para o posto. Com esse novo trio, o Maiden passaria cerca de 6 meses ensaiando antes tocar ao vivo ou arrumar qualquer outro integrante.
Em 1978, Harris encontrou um novo vocalista:Paul Di'Anno. A banda sempre rejeitou o punk, mas com a chegada de Paul Dianno, que era um fã de Ramones, Pistols e Clash e um dos poucos membros de Maiden que tiveram cabelo curto, o Maiden precisou abrir sua sonoridade para músicas mais rápidas e mais diretas, procurando focar no heavy metal que renascia mesmo que timidamente. Durante anos a banda foi pressionada pelas gravadoras para cortar seu cabelo e sacrificar o som do metal (segundo as mesmas) a favor de uma imagem mais punk. Mas com Dianno como líder, a banda pôde mixar os dois estilos e fazer um próprio, juntando o metal com o punk. Eles misturavam temas clássicos, ritmos de metal empolgantes e riffs de guitarra bem hardcore e rápidos.
O Iron Maiden foi a sensação do circuito do rock inglês de 1978. A banda tocava sem parar havia três anos ganhando um tremendo número de fãs, mas mesmo assim até essa época, eles nunca tinham gravado nada. No ano novo de 1978, a banda gravou uma das mais famosas demo tapes da história do rock, The Soundhouse Tapes. Com apenas três faixas, a banda vendeu todas as cinco mil cópias imediatamente, e não distribuiu a demo novamente até 1996. Cópias da versão original são vendidas hoje em dia por milhares de dólares. Duas das faixas da demo, "Prowler" e "Iron Maiden", ficaram em primeiro lugar nas paradas de metal inglesa.
Em muitas das formações antigas do Iron Maiden, Dave Murray era acompanhado de outro guitarrista, mas grande parte de 1977 e todo o ano de 1978, Murray foi o único guitarrista do Maiden. mas durante o ano de 1979 a banda teve vários segundos guitarristas sucessivos, tais como Paul Carns, Paul Todd e Tony Parsons. No fim do ano, o baterista Doug Sampson abandonou a banda por motivos de saúde. Em Novembro de 1979, a banda assinou contrato com uma gravadora de renome, a EMI, uma parceria que se mantem até aos dias de hoje. Poucos antes de entrar em estúdio, Parsons foi substituído pelo guitarrista Dennis Stratton, que trouxe Clive Burr, um amigo seu, para a bateria. Inicialmente a banda queria contratar o melhor amigo de Dave Murray, Adrian Smith, mas Smith estava ocupado tocando guitarra e cantando com sua banda Urchin.
Iron Maiden, o primeiro álbum da banda, foi lançado em 1980 e foi um sucesso comercial e de crítica. A banda abriu os concertos do Kiss na turnê européia do álbum Unmasked, e também abriu diversos concertos do Judas Priest e tocando ao lado do UFO no Reading Festival que ocorreu naquele mesmo ano na Inglaterra. Depois da turnê do Kiss, Dennis Stratton foi despedido da banda por questões de criatividade e diferenças pessoais. Segundo Dennis, ele fora demitido porque era muito influenciado pela músicas dos Eagles e também por George Benson não agradando Steve Harris e Cia. Segundo relatos dados por Steve Harris, Dennis não tinha a musicalidade que a banda procurava, se negando a usar roupas como as que os demais membros da banda usavam e compor músicas.
Com a saída de Dennis, entrou na banda Adrian Smith, que trouxe uma nova melodia ao grupo. Seu estilo meio blues meio experimental era completamente o oposto da velocidade de Murray, o que deu um aspecto interessante à banda. As duas guitarras se completavam, e com eles não existia a noção de guitarra solo e guitarra base, ambos solavam e ambos tinham notoriedade na banda, dando um aspecto harmonioso de duas conduções. Esse estilo já existia em bandas como Wishbone Ash e The Allman Brothers Band, mas ganhou um nível de destaque no Iron Maiden. Em 1981, o Maiden lançou seu segundo álbum, intitulado Killers, contendo os primeiros grandes sucessos da banda. Com o aumento de sua popularidade, eles foram introduzidos à audiência nos Estados Unidos. Killers ficou marcado como um dos álbuns mais rápidos e pesados da banda.[5]
O Iron Maiden nunca foi conhecido por usar drogas, e eram extremamente perfeccionistas no palco e estúdio. O vocalista Paul Dianno, por outro lado, sempre mostrou um comportamento auto-destrutivo, particularmente no que diz respeito ao uso da cocaína, afetando consideravelmente suas apresentações.[6] Justamente quando a banda começava a ficar famosa nos Estados Unidos, Dianno foi expulso do Maiden. Em 1982, a banda substituiu Dianno pelo vocalista do Samson, Bruce Dickinson. Bruce entrou na banda, mas exigiu ficar com cabelo comprido e disse que só iria usar as roupas que ele gostava, já demonstrando muita atitude, traço característico de sua personalidade, o que geraria algumas polêmicas anos mais tarde.
Dickinson mostrou uma diferente interpretação das canções da banda, dando-lhes um tom mais melódico. O álbum de estréia de Dickinson nos vocais do Maiden foi em 1982, com The Number of the Beast. Esse álbum foi um sucesso de vendas e atingiu o topo das paradas em todo o mundo, trazendo canções "The Number of the Beast", "Run to the Hills", "Children of the Damned" e "Hallowed Be Thy Name". Pela primeira vez, a banda saiu em uma turnê mundial, visitando os Estados Unidos, Japão e Austrália, tocando em estádios e fazendo começar a chamada Maidenmania. Foi nessa época também que alguns grupos religiosos começaram a acusar a banda de ter um cunho satânico, afirmando que as letras do Maiden estavam repletas de cantos demoníacos, invocando o demônio e vandalizando a mente da juventude. Toda essa polêmica surgiu por causa da canção "The Number of the Beast", pois foi justamente a alusão explícita ao Número da Besta (666) que fez a trilha fazer sucesso. A canção é baseada no filme Profecia. A banda sofreu um pouco com esses rumores e foi obrigada a colocar na frente dos discos um aviso de "letras explícitas".
Nessa mesma turnê, o produtor Martin Birch se envolveu em um acidente de carro com alguns fãs. O reparo do carro foi uma bizarra coincidência, contabilizado como £666, um preço que Birch se recusou a pagar, optando pelo valor de £668.[7]
Apesar das polêmicas, o ator Patrick McGoohan não se importou em permitir que uma famosa frase sua da série, The Prisoner (O Prisioneiro), da qual era o ator principal, fosse usada no início da música de mesmo nome.
Após o sucesso de The Number of the Beast, a banda adquiriu prestígio internacional, ganhando status de estrelas do rock. Antes de voltar ao estúdio em 1983, Clive Burr é demitido, pois não acompanhava o ritmo que a banda tomava e o planejamento para os próximos anos era pesado e cansativo, assim, tendo não agradado a banda, após receber uma segunda chance de re-adaptação, ele finalmente é demitido e as baquetas são assumidas por Nicko McBrain, que já era velho conhecido da banda, por abrir alguns shows com a banda em que tocava, o Trust. McBrain também já havia assumido as baquetas uma vez, quando Clive estava doente, e assim impossibilitado de tocar, essa oportunidade acabou gerando uma certa cortesia entre o Iron Maiden e ele. O Resultado disso, que logo após Clive ser demitido, ele foi a primeira opção dos membros da banda.
Piece of Mind (1983) com uma pegada mais psicodélica, instrumentos com som mais abafado, trazendo "Flight of Icarus", "The Trooper", "Where Eagles Dare" e as progressivas composições "To Tame A Land" e "Quest For Fire".
Na época as acusações de satanismo continuaram, causando controvérsias sobre mensagens ocultas em diversas músicas da banda, normalmente descobertas rodando-se faixas dos álbuns ao contrário.[carece de fontes?] No álbum Piece of Mind uma mensagem desse tipo foi colocada no início da canção "Still Life". Tocando-a ao contrário, pode-se ouvir o baterista McBrain dizer: "Hmm, Hmmm, what ho sed de t'ing wid de t'ree bonce. Don't meddle wid t'ings you don't understand", seguido por um arroto. McBrain mais tarde admitiu que o trecho eram suas impressões sobre Idi Amin Dada. Ela diz o seguinte: "What ho, said the monster with the three heads, don't meddle with things you don't understand."
No mesmo álbum, o renomado escritor Frank Herbert teve um conflito com a banda quando eles pediram permissão para compor uma canção com o nome "Dune". Herbert não só recusou a reivindicação, como proibiu que o Maiden usasse qualquer citação do livro na canção. Steve Harris ainda tentou um encontro com o escritor, mas obteve a resposta do agente de Herbert, de que o escritor não gostava de bandas de rock, especialmente de bandas de rock pesado, como o Maiden. Por causa desse empecilho judicial, a canção foi renomeada como "To Tame A Land".
Powerslave (1984) Também sucesso de vendas,tornou-se um dos álbuns mais bem recebidos pelos fãs.Destaque para "Aces High", "Two Minutes To Midnight", a faixa título "Powerslave" e o épico "Rime of the Ancient Mariner". A World Slavery Tour foi a maior turnê da história do Iron Maiden, que abrangeu o biênio 1984-1985 e com aproximadamente trezentas apresentações. Nenhuma banda tinha, até então, uma produção de palco como nesta turnê, onde se tinham sarcófagos, pirâmides, esfinges, pinturas até no chão e, é claro, um Eddie gigante, com mais de dez metros de altura. Live After Death (1985) representou o primeiro registro ao vivo da banda.
A banda tocou para grandes audiências na América do Sul, Ásia, Austrália e Estados Unidos. Curiosamente no Chile, a banda foi impedida de tocar por causa das canções, que supostamente faziam alusão ao satanismo.[carece de fontes?]
Todos estes 3 álbuns continham riffs bem feitos, diversas mudanças de estilo na música, com um casamento entre letra e instrumental. O Iron Maiden quase nunca cantava sobre drogas, sexo, bebida ou mulheres. As letras das músicas da banda, diferentes das outras bandas de heavy metal, eram baseadas na literatura inglesa e em fatos históricos.
Somewhere in Time (1986) com "Caught Somewhere In Time", "Stranger In A Strange Land", "Heaven Can Wait" e "Wasted Years" foi o álbum seguinte. A banda decidiu inovar, fazendo experiências utilizando guitarras sintetizadas pela primeira vez.
Em 1988, mais uma vez, a banda tentou algo diferente para o seu sétimo álbum de estúdio, Seventh Son of a Seventh Son. Este é um álbum conceitual, mostrando a história de uma criança que era possuída pelos poderes de vidência. O disco foi baseado no livro The Seventh Son de Orson Scott Card. Foi o disco mais experimental do Maiden até hoje, e é muitas vezes lembrado como o fim dos "tempos de ouro" da banda com a saída do guitarrista Adrian Smith.
Adrian saíra alegando diferenças musicais, embora também pretendesse resgatar um antigo sonho que era o de formar sua própria banda, que resultaria no projecto A.S.A.P de 1989. Uma grande turnê se formou ao longo de 1988, tendo como bandas de abertura, Guns N' Roses, Megadeth e Metallica.
Pode-se dizer que o grupo tenha tido duas fases, pois, pela primeira vez em sete anos, a formação da banda sofreu uma mudança, com a perda do guitarrista Adrian Smith. Smith foi substituído por Janick Gers que tinha participado no primeiro disco solo de Bruce Dickinson (Tattoed Millionaire) e em 1990 eles lançaram No Prayer for the Dying. Esse álbum voltou com um Maiden mais pesado e cru que os do "tempo de ouro", mas as letras ficaram mais fracas e simples, e a música não parecia tão desafiadora como nos álbuns passados.[carece de fontes?] O vocalista Bruce Dickinson também começou com algumas mudanças no timbre de voz. Mesmo com todos esses imprevistos, o álbum foi um grande sucesso comercial[carece de fontes?] e teve diversos compactos bastante tocados como "Bring Your Daughter to the Slaughter", canção composta por Bruce para o filme Nightmare on Elm Street IV (A Hora do Pesadelo IV).
Antes do lançamento de No Prayer for the Dying, Bruce Dickinson lançou oficialmente sua carreira solo e conseguiu conciliar com o Iron Maiden (Gers era o guitarrista). Ele continuou com a turnê em 1991 antes de retornar a estúdio com o Iron Maiden para lançarem Fear of the Dark.
Lançado em 1992, Fear Of The Dark é um dos mais bem-sucedidos álbuns da banda em termos de vendagem, impulsionado pela canção "Wasting Love", atraindo até mesmo gente que não costumava ouvir heavy metal.[carece de fontes?] Outras bastante populares entre fãs foram "Fear of the Dark" (faixa-título) e "Afraid to Shoot Strangers", uma crítica à guerra.
Mesmo com o metal perdendo espaço para o grunge em 1992, o Maiden continuava a encher estádios em todo o mundo. Dickinson continuava com seu estilo de cantar. Em 1993, houve uma grande perda, quando o vocalista saiu do grupo para seguir sua carreira solo. Bruce queria explorar outras vertentes do rock, mas aceitou permanecer na banda até o final da turnê, o que resultou no lançamento de diversos álbuns ao vivo. O primeiro, A Real Live One, que trazia as canções de 1986 a 1992, foi lançado em Março de 1993. O segundo, A Real Dead One trazia as canções de 1980 a 1984 e foi lançado logo após a saída de Bruce. Ele fez sua última apresentação com a banda (até voltar em 1999) em 28 de Agosto de 1993. A apresentação foi filmada pela BBC, transmitido para todo o mundo ao vivo e lançado em vídeo com o nome de Raising Hell.
Para substituir Bruce, em 1994, aconteceu um concurso em que para as finais restaram 3 vocalistas, eram eles, Blaze Bayley (Inglês), Andre Matos (Brasileiro) e Doogie White (Britanico), no qual saiu vencedor Blaze Bayley, resultado este que deu muito o que falar, pois surgiram insinuações de que Blaze havia ganhado por ser Inglês como o restante da banda. A decisão não agradou os fãs do Maiden, que já estavam acostumados com o vocal marcante de Dickinson.[carece de fontes?] Após uma parada, a banda retornou em 1995 com o álbum de setenta minutos, The X Factor. Este disco tem a sonoridade mais distinta em toda a discografia da banda. O baixista Steve Harris passava por sérios problemas pessoais com seu divórcio e a morte de seu pai, o que resultou em canções obscuras, depressivas e lentas (o álbum contém quatro faixas sobre guerras). As canções do álbum que se destacam são "Blood on the World's Hands", "Fortunes Of War" e "Sign of the Cross", a última com onze minutos, cantos gregorianos e alterações bruscas de andamento. A turnê passou por locais nunca visitados pelo Maiden antes como África do Sul, Israel e outros países asiáticos.
A banda gastou a maior parte do ano de 1996 viajando, voltando ao estúdio e desenvolvendo o álbum seguinte, Virtual XI. Contudo, o vocal de Bayley ainda estava bastante diferente para o gosto dos fãs do Maiden. Isso levou a grande parte do público a não comprar o álbum e Virtual XI não foi um sucesso, sendo o primeiro álbum da banda sem atingir a marca de um milhão de vendas pelo mundo,[carece de fontes?] o que, junto com constantes deslizes vocais ao vivo, acabou sendo a senha para a saída de Bayley. Os conflitos passaram de musicais para pessoais.
Em 1999, Bayley foi retirado da banda, aparentemente por consenso mútuo. Meses depois, a banda anunciou que Bruce Dickinson e o guitarrista Adrian Smith estavam retornando, o que significava que a formação clássica de 1983-1988 estava mais uma vez formada. Também Janick Gers iria continuar com os dois guitarristas clássicos: o Maiden seria a primeira banda desde o Lynyrd Skynyrd (além da famosa formação "Triple Axes" da banda americana LeatherWolf) a ter três guitarristas. Logo depois do anúncio, o grupo fez uma turnê mundial, para celebrar a reunião, que foi um grande sucesso.
Em 2000, um novo período começou para o Maiden, com a banda lançando o álbum Brave New World. As canções são mais longas e as letras falam sobre temas obscuros e críticas sociais. O grupo ganhou uma nova legião de fãs, apesar do estilo indefinido que a banda apresentou, numa tentativa de retornar às origens do heavy metal tradicional, e ora pendendo para algo que alguns fãs arriscam chamar de metal progressivo. Por outro lado, a expectativa criada com o retorno de Bruce e Adrian foi mal aceita pelos fãs mais antigos e conservadores da banda, que esperavam um álbum semelhante à época de ouro da banda.[carece de fontes?] A turnê mundial foi estendida até Janeiro de 2001 com uma apresentação no famoso festival Rock in Rio, que reuniu um público estimado de 250 mil pessoas[carece de fontes?] e rendeu um DVD de sucesso. Foi o retorno do grupo ao Brasil e também ao topo das paradas, visto a má fase da era Blaze Bayley. Agora muitos dos fãs antigos têm seus próprios conjuntos, e sua influência pode ser escutada em diversas bandas de 1990 até os dias de hoje.[carece de fontes?]
Em 2003 foi lançado Dance of Death, que ganhou disco de platina em diversos países[carece de fontes?]. O conjunto também conseguiu promover alguns vídeos musicais na MTV trazendo novos fãs para a banda. Tanto Brave New World quanto Dance of Death foram considerados pelo site Metal-Rules.com como os melhores álbuns de Metal de 2000 e 2003, respectivamente.[carece de fontes?]
Em 2005, o Maiden anunciou uma turnê em comemoração aos 25 anos do lançamento do primeiro álbum e o trigésimo aniversário da primeira formação. A banda foi para a turnê mundial para divulgar seu novo DVD, intitulado The Early Days, em que o grupo celebra as músicas do período de 1976-1983. Também foi lançado um álbum ao vivo em 2005 intitulado Death on the Road, sendo que essa mesma apresentação foi lançada em DVD em 2006, DVD este que conta ainda com um disco extra com um documentário de noventa minutos mostrando os bastidores das gravações do álbum e da turnê mundial do Dance of Death, uma volta aos espetáculos teatrais e as mega produções dos anos 1980. A turnê foi um grande sucesso: o Maiden tocou para mais de três milhões de pessoas em 24 países.[carece de fontes?]
Em 2006 a banda lança o décimo quarto álbum de estúdio, A Matter of Life and Death, com canções mais longas que o habitual do Iron Maiden. O álbum traz algumas características progressivas, que a banda já vinha apresentando nos últimos álbuns, porém agora nesse álbum com maior intensidade, junto com um som mais pesado que o mostrado anteriormente pela banda. Este álbum vem sendo considerado pela crítica especializada como um dos melhores álbuns já feito pela banda, sendo considerado pela revista Classic Rock o álbum do ano de 2006, e obtendo uma classificação de cinco estrelas (classificação máxima) da revista Kerrang!, que neste mesmo ano elegeu o Iron Maiden como banda mais importante nos 25 anos de existência da revista. Em 2007, a banda faz uma turnê batizada de A Matter of the Beast Tour, comemorando os 25 anos de lançamento do The Number of the Beast. Neste ano ainda tocam como atração principal mais uma vez no Donnington Download Festival. Em agosto de 2007 a banda anuncia a próxima turnê que se chamará Somewhere Back in Time Tour 2008, que vai ser uma volta ao passado, onde a banda executará apenas canções dos anos 1980 (para os fãs novos também haverá uma canção dos anos noventa).
Em fevereiro de 2008, eles iniciam a Somewhere Back in Time World Tour na India, e a bordo do Ed Force One (Boeing 757 oficial da banda pilotado por Bruce Dickinson), eles passaram por muitos países (incluindo o Brasil) em agosto de 2008 tocando para mais de 3 milhões de pessoas em estádios e arenas. Em 2009 eles voltaram para a última parte da tour do Somewhere Back In Time que finaliza 90 aparesentações e com mais 6 shows no Brasil, onde tocam pela primeira vez no Recife, Belo Horizonte, Manaus e Brasília. O filme Flight 666 chega aos cinemas mostrando como é a vida da banda na estrada durante a primeira perna da tour de 2008. Em 15 de março de 2009, no Autódromo de Interlagos, em São Paulo, a banda realizou o maior show da história do estado, tendo os organizadores estimado em 63 mil espectadores.[8]
Durante a turnê Somewhere Back In Time em 2008, Bruce Dickinson tem anunciado nos concertos que ainda no mesmo ano começariam os preparativos para o novo álbum. Mas como a turnê se estendeu, o prazo para um novo CD também. Em entrevista à revista BANG, Adrian Smith disse: "No final do ano nós iremos compor novamente, ensaiar e gravar no início do ano que vem. Então voltaremos à estrada novamente ano que vem. Kevin Shirley trabalhará conosco e provavelmente faremos as gravações onde já gravamos muito no passado.".[9]
No dia 1º de Janeiro, o baterista Nicko McBrain disse a Eddie Trunk – co-anfitrião do programa de televisão VH1 Classic "That Metal Show", que tem um programa de rádio de longa duração, "Friday Night Rocks", em Nova York, Q104.3 FM – que a banda entra em estúdio em algumas semanas para começar a trabalhar em um novo CD. De acordo com o Trunk, Nicko disse "que haviam cerca de oito canções escritas até agora, provavelmente precisam aparecer algumas novas canções durante a gravação. [Ele acrescentou que] o material será um pouco diferente do que álbuns anteriores e que foram tomando seu tempo com o cronograma de gravação." McBrain também afirmou que o "novo CD provavelmente não sairá até 2011″, segundo Trunk.
O guitarrista Janick Gers revelou à BBC News, em Novembro que a banda estava a caminho "para Paris por três semanas para trabalhar em algumas coisas novas." Ele acrescentou: "A coisa mais importante para uma banda é a criação de novas músicas, caso contrário, não será válido – se torna uma paródia".[10]
Glenn Hughes, famoso por trabalhos com Deep Purple e Yngwie Malmsteen, postou recentemente em seu twitter que em conversa com o produtor Kevin Shirley, descobriu que o Iron Maiden está nas Bahamas produzindo o novo álbum. Bahamas é um local mágico para o Maiden, foi lá que gravaram álbuns históricos como "Piece Of Mind", "Powerslave" e "Somewhere in Time".[11]
O mascote da banda é um morto-vivo e se chama Eddie the Head. Ele aparece nas capas de "quase" todos os álbuns da banda. Eddie é desenhado por Derek Riggs, mas já teve traços de Melvyn Grant no álbum Fear of the Dark. Ele também estrelou um jogo de tiro chamado Ed Hunter, além de diversas histórias em quadrinhos.
A banda tinha originalmente uma grande máscara (Kabuki) de uma carriola que ficava embaixo das baterias nas apresentações, e que por tubos soltava sangue falso (tinta vermelha) pelo nariz, sujando todo o cabelo do baterista Doug Sampson. A máscara foi batizada de "Eddie, a Cabeça" (Eddie the Head) e acabou se transformando no mascote da banda. Acabaria ganhando um corpo somente a partir da capa dos primeiros compactos.
Uma curiosidade é que o personagem do jogo Brütal Legend, Eddie Riggs tem seu primeiro nome em homenagem ao mascote.
Foi muito influenciado pelo blues; a escala usada mais frequentemente no gênero é a pentatônica, uma escala típica do blues. Ao contrário do rock and roll tradicional, que tinha elementos do blues "antigo", o hard rock incorpora elementos do "blues britânico", um estilo de blues tocado com instrumentos mais modernos. Uma característica que separava, no entanto, as formas tradicionais do blues do hard rock é que este raramente se restringia aos acordes I, IV e V que predominavam no blues de doze ou dezesseis compassos, e incluía em seu lugar outros acordes, normalmente maiores, com raízes em tonalidades da escala menor.
O termo hard rock é usado atualmente para definir aquelas bandas de rock que tinham ou têm um som muito pesado e veloz para serem identificadas simplesmente como rock and roll, mas que também não têm ou não tinham um som tão pesado assim para serem identificadas como heavy metal. O termo é associado erroneamente a diversos estilos do rock, ou até mesmo do heavy metal,[1][2][3] que têm como aspecto comum apenas estarem igualmente distantes do pop rock - embora esta associação não seja correta. Alguns exemplos disto são o punk rock, que usa tempos mais rápido, menos melodia, menos riffs e letras mais agressivas do que o hard rock, e o grunge.
Uma das principais influências do hard rock é o blues, especialmente o blues britânico. Bandas de rock britânicas, como o Cream, Rolling Stones, The Yardbirds, The Who e The Kinks modificaram o rock and roll, adicionando sons mais duros, riffs de guitarra mais pesados, uma bateria bombástica e vocais mais altos. Este som criou a base do hard rock. As primeiras formas do estilo podem ser ouvidas nas canções "You Really Got Me", do Kinks, "Happenings Ten Years Time Ago", do Yardbirds, "My Generation" e "I Can See for Miles", do The Who.
Nesse mesmo tempo, nos Estados Unidos, o guitarrista Jimi Hendrix produzia uma forma de rock psicodélico, influenciado pelo blues, que combinava elementos do jazz para criar um gênero único. Foi um dos primeiros guitarristas a experimentar como novos efeitos de guitarra, como phaser, microfonia e distorção, juntamente com Dave Davies, do Kinks, Pete Townshed do The Who, Eric Clapton, do Cream, e Jeff Beck, do Yardbirds.
O hard rock veio à tona com bandas britânicas do fim da década de 1960, como o Led Zeppelin, que misturava a música das primeiras bandas de rock do país com uma forma mais intensa de blues rock e acid rock. O Deep Purple ajudou a inovar no gênero, com os seus álbuns Shades of Deep Purple (1968), The Book of Taliesyn (1968) e Deep Purple (1969), porém só se destacaram com seu quarto álbum (marcadamente mais pesado), In Rock (1970). Led Zeppelin (1969), o primeiro álbum da banda homônima, e Live at Leeds (1970), do The Who, são exemplos da música deste início do hard rock. As origens do blues estão clara nestes álbuns, e algumas canções de artistas conhecidos do blues foram adaptadas ou mesmo interpretadas neles.
O terceiro álbum do Led Zeppelin, Led Zeppelin III (1970), estava mais próximo do folk rock do que o anterior, porém mantinha os aspectos mais pesados de sua música. Em 1971 o The Who lançou seu aclamado álbum Who's Next.
A transformação do hard rock feita pelo Deep Purple continuou em 1972, com seu álbum Machine Head, considerado um dos primeiros álbuns de heavy metal - embora membros da banda recusem este rótulo.[4] Duas canções do álbum, em especial, obtiveram muito sucesso: "Highway Star" e "Smoke on the Water"; o riff principal da última, feito de quatro power-chords, fez dela a música "tema" da banda. Nazareth, uma banda escocesa, era responsável por uma variante de hard rock que comercializou o gênero ainda mais, através de seu álbum Hair of the Dog, de extremo sucesso e que, por sua vez, influenciou diversas outras bandas.
Durante a década de 1970 o hard rock se ramificou numa série de subgêneros; em 1972 o pioneiro do rock macabro, Alice Cooper, colocou o hard rock nas paradas de sucesso, com seu álbum School's Out, que ficou entre os dez mais vendidos daquele ano. No ano seguinte, Aerosmith, Queen e Montrose lançaram seus álbuns de estreia, demonstrando as diversas direções para qual o hard rock estava se deslocando. Em 1974 o Bad Company lançou seu álbum de estreia, e o Queen lançou seu terceiro disco, Sheer Heart Attack, com a faixa "Stone Cold Crazy" - que influenciou diversos artistas do thrash metal posterior, como Metallica e Megadeth.[5][6] O Queen utilizou-se de vocais e guitarras superimpostas, misturando o hard rock com o glam rock, rock progressivo e até mesmo com a ópera. O Kiss lançou seus primeirs três álbuns, Kiss, Hotter Than Hell e Dressed to Kill, em pouco mais de um ano, conseguindo um tremendo sucesso comercial com seu álbum duplo ao vivo, Alive!, em 1975. O trio canadense Rush lançou três álbuns distintivamente hard rock em 1974 e 75, Rush, Fly by Night, e Caress of Steel, antes de mudar definitivamente rumo a um som mais progressivo.
No meio da década Aerosmith lançou os inovadores Toys in the Attic e Rocks, que incorporaram elementos do blues e do hard rock, e influenciariam no futuro outros artistas, como Metallica,[7], Guns N' Roses[8] e Mötley Crüe. Em 1976, o Boston lançou seu álbum de estreia, estremamente bem-sucedido, enquanto o Heart abriu o caminho para as mulheres no gênero, com o lançamento naquele ano de seu álbum de estreia, Dreamboat Annie.
A banda irlandesa Thin Lizzy, que já existia desde a década anterior, obteve sucesso comercial a partir de 1976, com seu álbum Jailbreak e especialmente o seu single principal, "The Boys Are Back in Town."
À saída em 1975 do guitarrista do Deep Purple, Ritchie Blackmore (que formou o Rainbow naquele mesmo ano) seguiu-se a morte repentina do seu substituto, Tommy Bolin, em 1976, e a banda se dissolveu. Em 1978 o baterista do The Who, Keith Moon, morreu enquanto dormia, vítima de uma overdose. Com o surgimento da música disco nos Estados Unidos e do punk rock no Reino Unido, o hard rock começou a perder popularidade; o punk, em especial, assumiu o papel de rebeldia que o hard rock costumava ter. Enquanto isso, o Black Sabbath se distanciou do aspecto sombrio de seus primeiros trabalhos, com álbuns como Technical Ecstasy.
Van Halen, outra banda importante no hard rock, surgiu em 1978. Sua música baseava-se principalmente nas habilidades de Eddie Van Halen na guitarra, que popularizou uma técnica do instrumento conhecida como tapping, demonstrada com clareza na canção "Eruption", do álbum Van Halen.
Em 1979 as diferenças entre o hard rock e o movimento heavy metal, que começava a se popularizar, foram acentuadas quando a banda australiana de hard rock, AC/DC, lançou seu segundo álbum mais vendido, Highway to Hell. A música da banda baseava-se explicitamente no rhythm & blues e no hard rock do início da década, e o grupo recusava abertamente o rótulo de "heavy metal".
Em 1980 o Led Zeppelin acabou, após a morte acidental do baterista John Bonham, após uma overdose. Bon Scott, o cantor principal do AC/DC, também morreu no mesmo ano, por motivos similares. Com estas mortes, a primeira onda do chamado hard rock "clássico" veio ao fim. Algumas bandas, como o Queen, se afastaram de suas raízes no hard rock, em direção ao pop rock. No mesmo ano o AC/DC gravou o álbum Back in Black, com seu novo cantor, Brian Johnson; o disco foi o quinto álbum mais vendido de todos os tempos nos Estados Unidos,[9] e obteve grande sucesso ao redor do mundo. Ozzy Osbourne, ex-vocalista do Black Sabbath, lançou seu primeiro álbum solo, Blizzard of Ozz, com o guitarrista americano Randy Rhoads.
Em 1981 a banda britânica de hard rock Def Leppard lançou o seu segundo álbum, High 'N' Dry, com canções como "Bringin' on The Heartbreak." A banda americana Mötley Crüe surgia com o glam metal , com seu lançamento, Too Fast for Love. No ano seguinte o estilo se expandiu, com bandas como Twisted Sister e Quiet Riot.
Em 1983 o Def Leppard lançou o álbum Pyromania, que chegou à segunda posição nas paradas americanas. O mesmo álbum ainda continha as músicas "Foolin'" e "Too Late for Love", que chegaram às paradas. "Photograph" também foi o videoclipe mais exibido na MTV naquele ano, ultrapassando até mesmo as marcas obtidas por "Thriller", clipe de extremo sucesso então do cantor Michael Jackson.
Naquele mesmo ano Mötley Crüe lançou o álbum Shout at the Devil, que fez muito sucesso. 1984, do Van Halen, também foi muito bem-sucedido, chegando ao segundo lugar nas paradas de álbuns da revista americana Billboard; a canção "Jump" chegou à primeira posição na parada de singles, onde ficou por diversas semanas. No mesmo ano o Scorpions lançava o disco Love At First Sing e conquistam de vez o povo americano e ficando entre os 10 melhores do mundo, graças as musicas Still Loving You e Rock You Like A Hurricane, o Album Love At First Sing gerou o segundo album ao vivo: World Wide Live.
Após diversas mudanças de formação, e um hiato de oito anos, a formação clássica do Deep Purple, responsável pelo Machine Head, fez um retorno bem-sucedido no fim de 1984, quando lançou Perfect Strangers. O álbum chegou ao quinto lugar nas paradas do Reino Unido, e sexto na Billboard 200, nos EUA.[10]
O fim da década viu um dos períodos de maior sucesso comercial do estilo.[11] Diversas bandas e intérpretes do gênero conseguiram emplacar seus sucessos nas principais paradas. Um destes foi o álbum Slippery When Wet (1986), da banda americana Bon Jovi, que permaneceu por um total de oito semanas no topo do Top 200 da Billboard, e se tornou o primeiro álbum de hard rock a conter três singles a atingir o Top 10 - dois dos quais chegaram à primeira posição. Além disso, o anthem rock The Final Countdown, do grupo sueco Europe, foi lançado em 1986, atingindo o primeiro lugar nas paradas de 26 países, e chegando em 3º lugar no top 100 da Billboard com a balada "Carrie". Também neste ano, o Van Halen lançou o seu primeiro álbum com Sammy Hagar nos vocais, que substitituiu Dave Lee Roth; o álbum 5150 chegou ao primeiro lugar, onde permaneceu por três semanas, e vendeu mais de seis milhões de cópias nos EUA.
No ano seguinte vieram os maiores sucessos do gênero da década, na forma de Appetite for Destruction, da banda californiana Guns N' Roses, e Hysteria, do Def Leppard; os dois chegaram na primeira posição na parada de álbuns da Billboard, vendendo bem mais de dez milhões de cópias nos EUA, e de 20 milhões ao redor do mundo até hoje. Appetite for Destruction produziu três singles a chegarem ao Top 10, incluindo "Sweet Child o' Mine", e até hoje é listado como o álbum de estreia de maior vendagem de qualquer artista na história.[12] Hysteria foi responsável por sete hits (mais do que qualquer outro grupo ou intérprete de hard rock na história). Naquele mesmo ano o Mötley Crüe lançou Girls, Girls, Girls, o Aerosmith marcou o seu retorno com o álbum Permanent Vacation e o Whitesnake lançou o seu álbum homônimo.
Em 1988 e 1989 os sucessos de maior destaque no gênero foram New Jersey, de Bon Jovi, Pump, do Aerosmith, OU812, do Van Halen, e Dr. Feelgood, de Mötley Crüe. New Jersey colocou cinco singles no Top 10, o máximo já obtido por um álbum de hard rock. Em 1988 a banda Skid Row foi formada, e seu primeiro álbum, Skid Row, foi lançado no ano seguinte, chegando à sexta posição na Billboard 200. No mesmo ano o Mr. Big foi formado, embora só tenha obtido relativo sucesso na década seguinte, com o hit "Green-Tinted Sixties Mind", em 1991, e no ano seguinte, com a "acústica" "To Be With You", primeiro lugar na Billboard Top 100.
O início da década de 1990 foi dominado a princípio pelo Guns N' Roses, Metallica e Van Halen. Os lançamentos de "Metallica" (também chamado de "Álbum Preto"), Use Your Illusion I e Use Your Illusion II (Guns N' Roses) e For Unlawful Carnal Knowledge (Van Halen), em 1991, todos vencedores de discos de platina, mostraram esta popularidade. Estas bandas entraram em declínio, no entanto, à medida que sua música e suas atitudes tornaram-se mais e mais decadentes, e se perderam em seus próprios excessos. No mesmo ano uma nova forma de hard rock evoluiu para um estilo novo, que chegou ao mainstream.
O grunge combinava elementos do punk hardcore e do heavy metal ao hard rock, formando um som sujo, que usava a distorção, o fuzz e a microfonia, juntamente com letras com temas mais soturnos do que seus antecessores. Embora a maior parte das bandas de grunge, como Nirvana, Pearl Jam e L7, tivessem um som que contrastava com as formas mais populares do hard rock, uma minoria delas (por exemplo o Alice in Chains, Mother Love Bone e Soundgarden) eram mais influenciados pelo hard rock das décadas anteriores. Todas as bandas do grunge tinham em comum, no entanto, a rejeição à atitude machista, modista e focada no rock de arena do hard rock naquela época.
Outras bandas começaram a fundir o hard rock e o metal com as influências mais ecléticas possíveis; estes grupos foram descritos posteriormente como metal alternativo, um desenvolvimento do rock alternativo. Algumas, como o Primus, Red Hot Chili Peppers, Rage Against the Machine, Living Colour e White Zombie, misturavam o funk com o hard rock e o metal. O Faith No More (juntamente com o Mr. Bungle, banda paralela do vocalista Mike Patton) fundiam diversos gêneros com o hard rock, desde o rap até o soul. As influências de glam metal do The Darkness ajudaram a empurrar a banda para os topos das paradas do início da década de 2000, e, no meio da década, bandas como Jet, Wolfmother, White Stripes, The Answer, The Glitterati, The Datsuns, e Towers of London popularizaram-se, após um revival do rock de garagem. A década também viu reuniões e turnês subsequentes de bandas como Rage Against the Machine, Stone Temple Pilots e Living Colour, além de Van Halen e Black Sabbath e até mesmo performances esporádicas do Led Zeppelin.
Algumas das bandas de hard rock das décadas de 70 e 80 conseguiram administrar carreiras altamente bem-sucedidas por todas as décadas seguintes, muitas vezes tendo de se reinventar constantemente, e explorar estilos musicais diferentes; entre elas estão Aerosmith, Deep Purple e Bon Jovi. O Aerosmith lançou dois álbuns que chegaram na 1ª posição, um que chegou à 2ª e um qu chegou na 5ª, além de oito singles no Top 40 (incluindo um no primeiro lugar) desde o lançamento de 1989, Pump. O Deep Purple, reforçado pela adição de um virtuoso da guitarra, Steve Morse, no meio da década de 90, continuou a lançar álbuns de estúdio ocasionais, e saiu em turnês bem-sucedidas. O Bon Jovi lançou cinco álbuns que conseguiram pelo menos o disco de platina, teve um álbum que chegou nas primeiras posições em 2007, e emplacou oito singles no Top 40 desde New Jersey, de 1988.
Enquanto o hard rock lançava suas primeiras raízes fora do país, o Brasil vivia a época da Bossa Nova e da Jovem Guarda; só no começo dos anos 80 a música passou a ter reflexos reais no país.
No início da década as rádios de rock brasileiras foram inundadas de fitas-demo, enviadas por bandas em busca de divulgação. Naquela época, a cena musical do país ainda vivia um momento bastante pop, iniciado pela rádio Fluminense FM, do Rio de Janeiro e por bandas como Ira!, Ultraje a Rigor, Titãs do Iê-Iê, Kid Abelha e os Abóboras Selvagens, Paralamas do Sucesso e outras, que faziam sucesso na mídia. Em 1985, a 97 FM, emissora situada em Santo André e uma das primeiras a dirigir sua programação ao público de rock, lançou o programa Reynação, que tocava tanto raridades do gênero quanto bandas novas. Com a criação desse espaço, o cenário passou a absorver mais grupos, que surgiam dia após dia, inspirados pela grandeza que seus ídolos alcançavam no exterior.
Enquanto isso, os músicos de hard rock continuaram fazendo seus LPs de forma independente, contando com a ajuda do selo Baratos Afins e outras pequenas gravadoras. Alguns conseguiram certo destaque, como o Golpe de Estado, que chegou a lançar alguns álbuns e a tocar bastante nas rádios; os shows hard-heavy realizados nos clubes, bares e becos da época eram sempre concorridos.[carece de fontes?]
No final dos anos 1980 e início dos anos 1990 surgem bandas como a Yahoo, Centúrias, Ave de Veludo, Sangue da Cidade, Salário Mínimo, A Chave do Sol, Platina, Anjos da Noite. Ao mesmo tempo, bandas e músicos veteranos que vinham dos anos 1960 e 1970 entraram na cena, como O Peso, Made in Brazil, Patrulha do Espaço (pós-Arnaldo Baptista), Harppia, Robertinho do Recife, Tutti-Frutti(pós-Rita Lee) e a Taffo banda do guitarrista Wander Taffo. Desta última participaram Andria Busic e Ivan Busic, que nos anos 1990 fizeram sucesso com o Dr. Sin, ao lado de Eduardo Ardanuy.